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Piscar ininterruptamente pode ser sinal de blefaroespasmo

Contrações involuntárias do músculo que fecha os olhos podem ser tratadas, principalmente, com toxina botulínica, que, inicialmente, foi descoberta por um oftalmologista para tratar blefaroespasmo. Psicoterapia, acupuntura e fitoterapia também são opções de tratamento

O ato de piscar faz parte da rotina de qualquer pessoa, e é necessário, pois a lágrima limpa e lubrifica a córnea – normalmente, as pessoas piscam até 25 vezes por minuto – porém o abrir e o fechar ininterruptos podem ser sinal de blefaroespasmo, contração involuntária orbicular das pálpebras e, por vezes, de alguns músculos próximos, na área superior da face.

“As discinesias craniofaciais são um grupo de doenças caracterizadas por movimentos involuntários da face – língua, palato, faringe, cordas vocais e pescoço – e, dentre elas, está o espasmo palpebral isolado, que refere-se ao blefaroespasmo essencial ou benigno, uma alteração bilateral idiopática caracterizada por repetidas contrações involuntárias do músculo orbicular do olho, ou seja, o músculo que fecha os olhos”, explica o oftalmologista dr. Roberto Limongi.

Sintomas

De acordo com o oftalmologista, o principal e mais grave sintoma é a ‘cegueira funcional’, ocasionada pela contração involuntária do músculo orbicular do olho. “O quadro clínico se instala de maneira insidiosa e, normalmente, o diagnóstico é feito retrospectivamente, com a progressão dos sintomas e a interferência das atividades diárias. Esses sintomas são exacerbados por condições ambientais como luz solar, brilho, estímulo optocinético, estresse e relações interpessoais”, explica dr. Limongi.

Tratamentos

Segundo o médico, existem várias modalidades de tratamento para blefaroespasmo essencial: “Há desde terapias alternativas, como psicoterapia, acupuntura e fitoterapia, a medicamentos incluindo benzodiazepínicos, anticolinérgicos e serotoninérgicos. Porém o único tratamento considerado eficaz, atualmente, é a aplicação de toxina botulínica (botox). Aliás, o botox foi descoberto, inicialmente, por um oftalmologista para cuidar de blefaroespasmo, e, até hoje, é o melhor tratamento”.

Ainda de acordo com o médico, a toxina botulínica tem sido considerada ‘a droga de eleição’ para as distonias faciais, mas é possível realizar cirurgia. “A toxina botulínica age bloqueando a liberação de acetilcolina na junção neuromuscular e nas sinapses colinérgicas periféricas, causando paralisia muscular. Os casos que não melhoram com a aplicação de toxina botulínica podem ser submetidos à cirurgia – miectomia do orbicular”, finaliza dr. Roberto Limongi.

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