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POLÍTICA

A importância da saúde em tempos de crise

Lincoln Tejota

Nesta terça-feira, 7 de abril, comemora-se o Dia Mundial da Saúde, data instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Nesse ano, especialmente, é um dia que exige reflexão. Durante “a maior crise sanitária mundial de nossa época”, como definiu a OMS, a saúde nunca foi tão mencionada como nos últimos meses. Estamos diante de uma pandemia que ameaça a saúde e a economia mundial e que paralisou países de todos os continentes.

Para além das dificuldades enfrentadas, como a incapacidade de qualquer sistema de saúde no mundo para atender a grande quantidade de infectados por coronavírus, o período também nos proporciona lições, como a necessidade de decisões rápidas e enérgicas e da união de esforços para o combate ao vírus.

Nosso estado foi um dos primeiros a perceber a gravidade da situação e a tomar medidas de prevenção. O Governo de Goiás tem tido uma ação combativa a fim de minimizar os impactos da Covid-19 para os cidadãos – tanto na saúde, quanto na economia. Tranquiliza saber que temos o governador Ronaldo Caiado à frente da situação, reunindo competência científica, sensibilidade humana, responsabilidade de estadista e procurando equilibrar as necessidades do povo, mas sem se deixar abater por pressões ou achismos. Ao seu lado, o secretário Ismael Alexandrino, também tem feito um trabalho excelente e minucioso.
O Sistema Único de Saúde (SUS) deu respostas à população e sua importância ficou evidente. O sistema tripartite, que reúne o trabalho de União, estados e municípios, organizado de maneira hierárquica, precisa ser cada vez mais valorizado e fortalecido. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, tem atuado de forma brilhante à frente da pasta, sobretudo nas ações de enfrentamento ao coronavírus e na defesa das medidas de isolamento social. Os números de infectados no Brasil mostram como esse trabalho tem sido bem-sucedido.

Outra lição é que o direito à saúde e ao atendimento digno é direito fundamental: não é humano nem ético apelar para o darwinismo social, ao “viva quem puder”. São necessários investimentos permanentes desde a base até os atendimentos de alta complexidade e urgência. Crescer e aprimorar o atendimento oferecido aos cidadãos é o objetivo do SUS. Em Goiás, temos buscado atender a esses anseios e ampliar o acesso à saúde. Além da preparação de sete hospitais de campanha, com mais de 800 leitos, exclusivamente voltados para assistência aos infectados por Covid-19, – um deles já em funcionamento na capital – vários outros gargalos estão sendo trabalhados desde o início da gestão.

Uma das principais metas é a regionalização da saúde, pondo fim ao sofrimento da “ambulancioterapia”, em que as pessoas precisam percorrer centenas de quilômetros em busca de atendimento médico. Essa proposta tem sido efetivada por meio das policlínicas, que funcionarão em pontos estratégicos do Estado. A primeira delas, a Policlínica de Posse, já está em funcionamento desde o início de março. Outras seis estão em fase de construção.

Retomamos ainda as obras do Hospital Regional de Uruaçu, que atenderá mais de 60 municípios da região e contribuirá para desafogar o Hospital Materno-Infantil, unidade que estava na iminência de ser fechada quando assumimos a gestão estadual. Faltavam insumos básicos, mas a situação foi contornada. Em tempo recorde, conseguimos verbas para criar 55 leitos hospitalares infantis no HugoI.

A saúde sempre foi uma área que tive como prioritária, enquanto parlamentar, tive a honra de presidir a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa em meu último mandato. Por meio dessa experiência, pude conhecer de perto os desafios e o trabalho combativo de milhares de profissionais da saúde, que contribuem para que o SUS seja um dos maiores sistemas de saúde pública do mundo, atuando diariamente para prestar um serviço de qualidade e referência. O trabalho e a dedicação dessas pessoas são essenciais para salvar vidas e, nesse momento, é fundamental para enfrentarmos dificuldades tão grandes.

Por isso, quero agradecer a todos os profissionais de saúde, desde aqueles que atuam na gestão até a assistência. A diferença de um serviço ótimo e ruim não depende somente da estrutura física, mas de pessoas. São esses trabalhadores que se empenham para amenizar a dor do outro e os principais responsáveis por oferecer uma experiência mais humana e gratificante nessa jornada de necessidade em saúde. A maior manifestação de respeito a eles hoje é obedecermos suas orientações e ficar em casa.

Sabemos que o momento inspira cuidados, mas temos avançado bastante. Para os cristãos, a Páscoa que se avizinha carrega uma mensagem de esperança e um apelo à superação. Juntos, com fé, trabalho e cooperação vamos construir uma nova saúde e um novo modelo de convivência.

Lincoln Tejota é vice-governador de Goiás

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