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CORONAVÍRUS

Vacina chinesa pode ser liberada para uso emergencial caso tenha 50% de eficácia em análise preliminar

Nesta sexta-feira (25) Dimas covas, diretor do Instituto Butantan, anunciou que o governo de São Paulo vai pedir para a Anvisa a liberação de uso emergencial da CoronaVac caso a vacina demonstre pelo menos 50% de eficácia na análise preliminar. A vacina que foi desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o instituto, já está em testes entre profissionais de saúde brasileiros. A meta da pesquisa é envolver 13 mil voluntários, sendo que até o momento 5 mil pessoas já participaram.

A eficácia de 50% é um valor mínimo a ser obtido em uma análise interina que deve ocorrer até novembro. Essa análise compara quantos voluntários tiveram coronavírus entre aqueles que tomaram a vacina e aqueles que tomaram placebo.

O estudo está na fase 3, em que os volutários são divididos em dois grupos iguais, assim metade dos participantes tomam a vacina e a outra metade, um placebo, porém nenhum dos participante sabe a qual grupo pertencem. Como explica Dimas Covas, para que a análise interina da CoronaVac seja feita, é necessário que pelo menos 61 casos de Covid-19 ocorram entre os 13 mil voluntários, sejam eles membros do grupo que tomou vacina ou do chamado grupo de controle.

Após isso o estudo deve passar pela ánalise primária, que é uma segunda análise feita quando o número de casos confirmados de Covid-19 entre os 13 mil voluntários chega a 154 casos.

"Caso ainda persista alguma dúvida nós vamos para a análise primária que é quando nós atingimos 154 casos e aí seguramente o objetivo é demonstrar uma eficácia de no mínimo 50%. Com esses dados, com essa eficácia demonstrada, seja com 61 ou com 164, os dados são oferecidos a Anvisa que vai analisar todo o dossiê", explicou Dimas Covas.

As análises preliminares com testes feitos em profissionais da saúde do Brasil podem acelerar esse processo tendo em vista que esse grupo é naturalmente mais exposto ao coronavírus e, por isso, demora menos tempo até que os casos confirmados comecem a aparecer entre os voluntário.

A cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Soumya Swaminathan, afirmou na última segunda-feira (21) que uma vacina contra a Covid-19 com 50% de eficácia seria capaz de ajudar a conter a pandemia. Porém ela alerta que "uma vacina com menos de 30% talvez não seja muito eficaz". "Não alcançaremos o nível de imunidade pretendido", explicou.

A meta de eficácia de uma vacina faz parte da do protocolo de cada imunização. Apesar de costumarem ser secretos, foram divulgados pelas empresas americanas Moderna e Pfizer e também pela britânica AstraZeneca, alguns protocolos de vacinas contra a Covid-19 em desenvolvimento.

As informações sobre a CoronaVac foram reveladas pelo diretor do Butantan, Dimas Covas, em coletivas de imprensa, já que a Chinesa Sinovac não publicou todo o protocolo,

Quanto aos efeitos colateriais, João Doria, governador de São paulo, afirmou que 94,7% dos mais de 50 mil pessoas que tomaram a vacina da china não apresentam efeito adverso à Coronavac. O dado foi divulgado em entrevista coletiva nesta quarta-feira (23).

Mas, segundo o Instituto Butantan, os dados ainda não foram publicados em revistas científicas. Para especialistas, a falta de divulgação dos detalhes levados em consideração para os resultados dificulta qualquer análise dos números por outros cientistas.

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