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Evolui bem o quadro pós operatório das siamesas Laís e Laura

Cirurgião falou sobre o estado de saúde das siamesas baianas 10 dias após a cirurgia realizada no Hospital Materno InfantilEstado de saúde das gêmeas siamesas Laura e Laís evolui bem ao completar 10 dias após a cirurgia em que elas foram separadas. A cirurgia, entre as mais complexas das 20 separações desse tipo já realizadas pelo cirurgião Zacharias Calil, durou cerca de 17 horas no último dia 26, no Hospital Materno Infantil. A pequena Laura deixou a UTI na última quinta-feira, 04/02, mas Laís segue na unidade e inspira maiores cuidados. Até a data de hoje ainda não havia sido divulgada informação sobre o estado de saúde de ambas a pedido da mãe delas, Viviane Silva.

Com 1 ano e 5 meses de idade, Laura e Laís nasceram no norte da Bahia de uma família que mora em Piraí do Norte. Poucos dias após o nascimento, elas foram trazidas aos cuidados de Zacharias Calil, com apoio do Governo do Estado de Goiás e Ministério da Saúde. Na ocasião, foram realizados todos os exames necessários para se chegar ao real estado da ligação corporal entre as duas, tendo retornado pra Bahia mediante liberação médica. Em novembro do ano passado, elas retornaram a Goiânia a fim de dar início à preparação para a cirurgia, no mesmo mês foi realizado o procedimento de colocação de expansores de pele em ambas, a fim de garantir o fechamento das cicatrizes provocadas no ato cirúrgico.

Além de estar reagindo bem, Laura se encontra cheia de energia após deixar a UTI., conforme observa o cirurgião. Dr. Zacharias, a mãe Viviane e a tia Nina Silva ficaram emocionados no momento em que ela foi levada para um quarto de isolamento ao lado da UTI. Num momento de semi lucidez, Laís chorou ao perceber que a irmã a deixava sozinha. “Foi muito emocionante”, comenta o médico. Laura se encontra com as funções fisiológicas normais e cicatrização evoluindo, apesar da preocupação com os enxertos. Já Laís inspira cuidados especiais, apresentando uma instabilidade cardíaca, ela que tinha grande dependência do organismo da irmã e, por isso, sentiu maior efeito da separação. Embora sob maiores cuidados, Laís já conseguiu reduzir bastante a dependência dos aparelhos mesmo continuando intubada.

Segundo o cirurgião Zacharias Calil, o pós-operatório é muito complexo. “Talvez seja mais complexo do que a própria operação, pois as mudanças que as pacientes apresentam ocorrem muito rápido”, observa ele. Dr Calil afirma que “é algo muito sério, se não tiver uma equipe bem entrosada, o sucesso da cirurgia às vezes não é tão rápido”. Os médicos e enfermeiros estão de prontidão para o caso de ocorrer qualquer alteração no quadro clinico das irmãs, e ainda que não tem previsão de alta.

A equipe responsável pelas gêmeas, durante (foram 38) e pós cirurgia contou com 70 profissionais da saúde e o hospital Materno Infantil forneceu todos os materiais necessários para o procedimento, de forma rápida e eficaz. “Nós não tivemos dificuldades para executar a cirurgia, usamos tudo o que países de primeiro mundo tem. O Hospital nos deu apoio total, foi excepcional em relação a isso, inclusive na compra de equipamentos e materiais.” Concluindo, Dr Calil afirma: “Foi um trabalho em equipe.”

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