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Câncer de Mama, Outubro Rosa e a importância da mamografia

Desde o início da década de 1990, o mês de outubro é dedicado internacionalmente ao movimento de conscientização para o controle do câncer de mama, o Outubro Rosa. A campanha tem o objetivo de compartilhar informações e proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento.

A incidência do câncer de mama aumenta com a idade, sendo cada vez mais comum em mulheres à medida que envelhecem. Por isso, as recomendações oficiais de triagem não incluem mulheres com menos de 40 anos, a menos que estejam em alto risco, por exemplo, pela história familiar.

Nos Estados Unidos, devido à instituição de programas de rastreamento por mamografia e tratamento precoce, as taxas de mortalidade por câncer de mama caíram a cada ano, entre 1989 e 2010, para mulheres em todas as faixas etárias, mas depois disso, a tendência parou para aquelas com menos de 40 anos, com taxas de 3 para cada 100.000 neste grupo, e de 30 e 80 para cada 100.000 na faixa de 40-69 e acima de 70 anos, respectivamente.

Embora a maioria das mortes devido ao câncer de mama ocorra em mulheres acima dos 40, taxas de mortalidade na faixa inferior não estão mais diminuindo. A preocupação atual é que, se nada for feito, ela venha a aumentar nessas mulheres com o passar dos anos. E este panorama pode estar relacionado às recomendações vigentes para o rastreamento mamográfico.

Publicação veiculada em fevereiro deste ano no periódico científico Radiology, aponta que, desde 2010, as taxas de mortalidade pela doença continuaram a diminuir significativamente em mulheres de 40 a 79 anos, mas em contrapartida apresenta um aumento de 2,8% e 0,3% ao ano em mulheres de 20 a 29 anos e 30 a 39 anos respectivamente.

Foram analisados os dados do National Center for Health Statistics (NCHS) com informações sobre a doença de 1969 a 2017 e mostraram também que as taxas de incidência de câncer de mama em estágio avançado, ou seja, com metástases à distância, aumentaram em mais de 4% ao ano após o ano de 2000 em mulheres de 20 a 39 anos.

Nossa esperança é que descobertas como esta promovam mais pesquisas sobre o câncer de mama em mulheres mais jovens, para que possamos entender o que está por trás desse rápido aumento da doença em estágio avançado. O autor do artigo e seus colegas especulam que o contraste entre a tendência ascendente em mulheres com menos de 40 anos e a tendência descendente em mulheres mais velhas evidencia a importância da mamografia e demonstra os benefícios do rastreamento regular.

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