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O aumento da expectativa de vida e envelhecimento da população brasileira fez com que o atendimento em domicílio ganhasse cada vez mais força no país, tanto que em 2020 foram registradas 830 empresas deste segmento no Brasil, segundo o censo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e o Núcleo Nacional de Empresas de Serviço de Atenção Domiciliar (Nead). Com equipamentos odontológicos móveis, toda a segurança, conforto e comodidade, o atendimento em domicílio tem se tornado uma opção para pacientes com restrições de locomoção, deficiências física/mentais, doenças degenerativas, sequelas neurológicas, pacientes em cuidados paliativos ou com qualquer outra limitação que os impeça de irem ao consultório odontológico.
"A maioria dos meus pacientes possuem grandes restrições físicas e motoras; por isso, é necessário um atendimento mais personalizado. A maioria é de idosos ou com doenças graves que passaram a cuidar da saúde bucal quando as famílias entenderam a necessidade de tratar os problemas existentes, mas também evitar que a boca se torne uma via de infecção/inflamação devido à falta de cuidados diários. Com a opção de tratamento em domicílio (home care), temos feito um trabalho intenso de conscientização sobre a importância de priorizar também a saúde bucal", explica a sócia-fundadora da Odonto em Casa, Dra. Maria Letícia Rassi Guimarães.
Em domicílio
É possível realizar quase todos os procedimentos na casa dos pacientes - desde a prevenção até o tratamento de quadros infecciosos que possam ter como porta de entrada a cavidade bucal. "Infelizmente, a saúde bucal é muitas vezes deixada de lado, mas atualmente, percebemos um movimento de outros profissionais da saúde que estão reforçando a importância deste cuidado básico. Hoje, somos muito indicados por médicos geriatras, fisioterapeutas e fonoaudiólogos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e cuidadores de idosos, além dos dentistas", destaca a dentista especialista em Odontogeriatria e Mestre em Gerontologia Biomédica, da Odonto em Casa.
Curativo x Preventivo
O tratamento bucal destes pacientes, infelizmente, ainda é mais curativo do que preventivo. Segundo a dentista especialista em Odontogeriatria, é fundamental que, após o cuidado dos dentes, cuidadores e familiares saibam como manter a higienização de forma adequada no dia-a-dia, respeitando as limitações do paciente e usando manobras adequadas para não colocá-los em risco, principalmente em casos que o paciente já não responde a comandos como abrir a boca ou cuspir.
"A adequação do meio bucal traz mais saúde para o paciente, mas é um trabalho contínuo. Não adianta fazer todo o cuidado hoje e não manter. Por isso, também tenho realizado treinamento de muitos cuidadores e familiares para que possam ter uma rotina em relação à higiene bucal, levando em consideração idade, doenças e/ou outros fatores. Desta forma, passamos do tratamento apenas curativo para o preventivo, evitando lesões e/ou infecções. E, mais do que isso, ensinando quem está junto, a perceber sinais de possíveis problemas bucais que possam impactar na saúde geral", explica Dra. Maria Letícia Rassi Guimarães.
