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Obesidade em perspectiva: educação, prevenção e esperança

A obesidade tem se tonado um dos maiores desafios de saúde pública enfrentados no país, com números alarmantes e consequências graves a saúde

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Os números são preocupantes. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 2 bilhões de pessoas em todo o mundo estão acima do peso. Já no Brasil, o Ministério da Saúde aponta que a obesidade atinge 6,7 milhões de pessoas. O número de pessoas com obesidade mórbida ou índice de massa corporal (IMC) grau III, acima de 40kg/m2, atingiu 863.086 pessoas só no ano passado.

A prevenção é fundamental, pois a obesidade é uma situação complexa e de longo prazo, que é bem desafiadora. Um dos pontos que influencia bastante na construção de uma vida saudável é o incentivo à hábitos alimentares saudáveis, atividades físicas e a educação sobre os riscos da obesidade.

Nas últimas décadas a obesidade tem se tonado um dos maiores desafios de saúde pública enfrentados no país. Com os números alarmantes e consequências graves a saúde, a obesidade requer uma atenção mais afundo das autoridades e da sociedade em geral.

O nutricionista Jorge Alves, explica que, os principais fatores para o ganho de gordura corporal são "excesso de açúcares, gorduras e carboidratos na alimentação, fatores genéticos, fatores sociais, problemas de insônia e sedentarismo”. E de acordo com dados do Ministério da Saúde, mais de 30% da população adulta é considerada obesa, e esse número continua em continuo crescimento.

A falta de atividades físicas aumentam os riscos


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A falta de atividade física regular reduz a queima de calorias no corpo, o que pode levar ao acúmulo de gordura e, eventualmente, ao ganho de peso. O estilo de vida sedentário está frequentemente ligado a hábitos alimentares menos saudáveis, aumentando no ganho de gordura corporal.

Além destes problemas, o profissional Jorge Alves, ressalta que, cada caso de obesidade deve ser tratado de forma individualizada. “O mais indicado em todos os casos é o acompanhamento nutricional para a melhora no padrão alimentar, a prática de atividades físicas, acompanhamento médico e psicoterapia, essas são as bases do tratamento da obesidade”, destaca.

A jovem Pollyana Cicatelli, passou por um grande processo para o emagrecimento. Ela disse que já passou por várias dietas ao longo de sua juventude, entrou na academia, tomou medicamentos e nada de perder peso. Um endocrinologista chegou a indicar à ela a cirurgia bariátrica. A grande motivação para ela fazer o procedimento cirúrgico foi a filha, para poder estar junto com ela no dia a dia.

"A maior dificuldade de todo esse processo, eu acredito que foi os sete primeiros dias após a cirurgia. Porque você vem de uma vida inteira comendo muita besteira e do nada você se vez na situação de poder tomar apenas líquido coado, por sete dias. Foi os sete dias mais difícil da minha vida, e que mais perdi peso. A obesidade é uma doença crônica que está mais ligada a mente do que na própria dificuldade de perder peso", destaca Pollyana.

Já Luiz Cláudio, enfatiza que o começo do seu processo de emagrecimento não foi fácil, decidiu fazer sua jornada de emagrecimento sem promessas vazias e difíceis de cumprir. Logo que começou já sentiu seu corpo fadigando e apresentando os primeiros problemas, começando pela pressão alta.

"As principais dificuldades que enfrentei foram: lidar com pessoas que não acreditavam na possibilidade do meu emagrecimento, dar o primeiro passo rumo às práticas que revelariam um Luiz Cláudio que há muito tempo não existia, e enfrentar os medos e ansiedad es. Estava com 179 quilos e pensava: 'Preciso emagrecer'. Se fossem 100 gramas ou 70 quilos, isso não era minha preocupação. O importante era fazer o que fosse necessário, pois sabia que o resultado viria" ressaltou Cláudio.

Juliana Saran, diz que foi uma criança obesa e que a obesidade percorreu com ela pela adolescência e vida adulta, decidindo pela bariátrica. Ela relata que começou a ver o ganho de peso como um problema de saúde quando começou no ensino superior. Um dos principais desafios no processo segundo Juliana, foi a distorção de imagem, abandonar os velhos vícios e pensar na obesidade como uma doença.

"O acompanhamento com profissionais, seja na área da saúde nutricional, física e mental, ajuda no processo de emagrecimento. Hoje em dia posso levar em consideração que minha alimentação é muito mais regrada e mais balanceada. Não é aquela loucura do pode ou não pode comer, eu consigo encaixar uma refeição ou outra fazendo trocas inteligentes" menciona Juliana.

Segundo os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país mais sedentário da América Latina e ocupa a quinta posição no Ranking mundial. O IBGE divulgou que 47% dos brasileiros são sedentários, entre os jovens o número é maior, chegando a 84%.

Dieta e plano alimentar


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Essas são as dúvidas mais frequentes para a pessoa que está na fase do emagrecimento, qual dieta adotar para o bom êxito no emagrecimento saudável. “A dieta tem um fator primordial no tratamento da obesidade, pois em muitos casos a obesidade está relacionada a péssimos hábitos alimentares, alimentação em excesso e compulsões alimentares, muito calóricos e de baixo valor nutritivo”, evidencia o nutricionista, Dr. Jorge Alves.

Um plano alimentar bem elaborado é um grande auxilio na redução do peso, pois não conta apenas com calorias a menos, mas também com alimentos mais nutritivos para o bom funcionamento do organismo. É importante evidenciar a obesidade pelo viés científico sólido e evitar assim a perpetuação de estereótipos prejudiciais. Cada pessoa é única e seu trajeto com a obesidade pode ser diferente.

"Dos mitos mais comuns da perda de peso, é comer menos pra emagrecer, este é o principal e mais prejudicial. Pessoas sem instrução adequada reduzem de forma abrupta a quantidade de alimentos, o que pode realmente influenciar a perda de peso. Mas quando reduzimos nutrientes também reduzimos nutrientes, vitaminas, minerais, que são essenciais para a manutenção da vida", destaca Jorge Alves.

É importante ressaltar que o emagrecimento deve ser feito de forma progressiva, sem perdas de peso abruptas, para um bom desenvolvimento saudável da perca de peso corporal.

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