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O prefeito de Senador Canedo, Fernando Pellozo (PSD), começou a sofrer as primeiras retaliações de vereadores do município insatisfeitos com a distribuição de cargos aos parlamentares no primeiro bimestre da sua gestão. Em sessão que durou menos de uma hora, na manhã desta quarta-feira (24/02), os vereadores reprovaram, em plenário, os dois primeiros projetos da atual gestão.
Uma das propostas do Executivo, derrubada por 11 votos de parlamentares insatisfeitos, se refere à revogação de uma lei, aprovada no final da gestão passada, que obriga o Instituto de Assistência à Saúde do Servidor Público de Senador Canedo (Iamesc) a custear o tratamento dentro ou fora do país de doenças degenerativas. A lei atual abre brecha para que aumente ainda mais o rombo nas contas do instituto que é responsável pelo plano de saúde dos servidores e dependentes do município.
Os vereadores não pouparam outro projeto apresentado pelo prefeito no início dessa legislatura. Por 9 votos a 2, os parlamentares derrubaram a proposta do Executivo que revoga a Lei 2235 de 12 de agosto de 2019, que dispõe sobre o nome dos serviços municipais rápidos, denominado atualmente de Ligeirinho.
A decisão de derrubar os dois primeiros projetos da gestão Pellozo ajudam a confirmar a insatisfação dos parlamentares com a distribuição de cargos no início da atual gestão. Na sessão de terça-feira (23/02), os vereadores apontaram a metralhadora para o secretário Extraordinário, Lucas Rodovalho, responsável pelas nomeações de cargos comissionados na prefeitura.
Segundo um dos integrantes da legislatura atual, na gestão anterior alguns vereadores tinham cota de cargos que ultrapassavam mais de R$ 500 mil. “A prefeitura deveria expor mais essa situação. Acho que deveriam apresentar os números que a auditoria contratada tem levantado sobre a situação financeira deixada para a atual administração”, cobra.
