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Inteligência Artificial avança e chega a áreas inimagináveis

Imagem: Reprodução

Nas últimas décadas observamos um avanço incrível nas tecnologias que está sendo apontado como a Quarta Revolução Industrial. Passo antes nunca visto na história humana e que assusta a muitos devido à rapidez como vem sendo processada.

Mas apesar de avançar nitidamente mais rápido nos últimos tempos, a Inteligência Artificial ou AI foi citada pela primeira vez em 1956, quando o cientista da computação John McCarty participou ao lado de Oliver Selfridge, Marvin Minsky e Trenchard More de um seminário da Dartmouth College, em New Hampshire. Já naquela época era um tema bastante controverso, com cientistas analisando até que ponto o avanço poderia ser benéfico para os seres humanos.

Anos mais tarde Gordon Moore previu que não havia como conter a evolução. Em 1965 o Ph.D em química e física disse que a capacidade de processamento dos computadores dobraria a cada 18 meses. Tal previsão se tornou fato e ele chegou a revisar sua Lei de Moore, afirmando mais tarde que os transistores de um chip dobrariam a cada dois anos. Esta lei vem sendo utilizada desde então para calcular os progressos tecnológicos, incluindo a IA.

A inteligência artificial é uma tecnologia que permite uma máquina ou sistema reproduzir a capacidade humana em realizar alguma tarefa. E para que isto aconteça é necessário que haja uma programação prévia, com informações inseridas em um banco de dados e que permitam tomadas de decisões independentes. A tecnologia vem sendo usada como auxiliar em atividades específicas, mas ainda precisa da mão humana para programa-la. 

Em 2017, o Libratus conseguiu vencer 4 campeões de poker. Imagem: Reprodução

Nas últimas décadas surgiram exemplos claros de como isso seria possível. Uma delas foi em 1997, quando o supercomputador Deep Blue venceu o campeão de xadrez Garry Kasparov. Criado pela IBM, o Deep Blue foi programado especificamente para jogar xadrez, e para isso foram inseridos em seu sistema mais de 200 milhões de posições por segundo.

Outro sistema programado para vencer foi o Libratus, um robô criado para aprender qualquer tipo de jogo. Ele foi criado na Universidade de Carnegie Mellon, em Pittsburgh (EUA), pelo professor Tuomas Sandholm e seu aluno Noam Brown. E o poker foi escolhido para testar a capacidade do robô. Para sua missão, ele recebeu em seu sistema cerca de 120 mil mãos do jogo e em 2017 foi capaz de vencer quatro campeões da modalidade: Dong Kim, MacAulay, Jimmy Chou e Jason Les.

Tal situação foi inusitada, já que um ser humano demora muito mais tempo para memorizar as regras de Texas Hold’em ou qualquer outra modalidade do jogo, enquanto que uma máquina pode ser previamente controlada para receber as informações no momento da atualização. O fato é que o Libratus possuía a capacidade de mapear as ações, inclusive dos oponentes, e isto levou seus criadores a propor aplicar o sistema dele em outras áreas como medicina e segurança, dentre outras.

Neste mesmo ano outro evento chamou a atenção do mundo inteiro, quando a simpática robô Sophia recebeu a cidadania da Arábia Saudita. Criada pela Hanson Robotics, Sophia é capaz de reproduzir 62 expressões faciais e manter um ritmo de conversação, sendo capaz também de processar dados visuais como o rosto das pessoas e captar suas emoções.

Sophia é claramente um robô, mas já vislumbramos um enorme avanço com ela. E vendo os exemplos acima podemos nos perguntar: em termos práticos, até onde a IA está sendo inserida em nosso cotidiano e como ela pode influenciar nossas vidas?

A resposta à primeira questão é que está inserida em várias áreas e vem sendo aplicada até mesmo onde não sabemos ainda. No controle do trânsito por exemplo.

A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) divulgou que a inteligência artificial será utilizada no controle de tráfego de Salvador. Com os softwares instalados será possível monitorar e controlar o tráfego e semáforo e identificar as placas de carros. Com esses dados acredita-se que identificar as ocorrências e realizar as ações necessárias será uma atividade mais ágil. Mas não é somente no controle de trânsito que a IA está presente. Também está nos bancos.

A Nasdaq utilizará a IA para identificar fraudes. Imagem: Reprodução

A Nasdaq anunciou um software que irá ajudar os bancos a identificar fraudes e lavagem de dinheiro. Com ele os bancos poderão controlar e filtrar os alertas e se ater àqueles que são de fato reais. Isso significa uma diminuição dos gastos de mão-de-obra e agilidade, já que a atividade é feita manualmente. Mas a startup não é a única que está migrando para um sistema automatizado.

A tecnologia vem ajudando também em áreas de vendas. A Volanty, por exemplo, empresa de vendas de carros usados, está usando os algoritmos para identificar os modelos de carros e dar um preço justo a eles antes de fechar negócio. Dessa maneira espera simplificar todo o processo burocrático.

A burocracia também acabava atrasando muitas empresas de recrutamento, que também aos poucos vêm utilizando a tecnologia na seleção de profissionais. As análises de currículos e entrevistas vão sendo pouco a pouco substituídas por um sistema mais inteligente que realiza desde a triagem dos perfis até a análise comportamental e de competências. Com isso, há uma diminuição dos custos operacionais.

Até o tradicional ramo do Direito está de olho na aplicabilidade de novas tecnologias que possam simplificar os processos. A IA ajudaria na parte burocrática como pesquisas, revisões e armazenamento de informações. A partir daí, o sistema simularia o raciocínio de um advogado ou outro profissional do ramo, sendo capaz de tomar decisões. Nesta área a Inteligência Artificial caminha a passos lentos, já que enfrenta fortes discordâncias no meio.

Fizemos duas perguntas acima, e a segunda era “Como a inteligência artificial pode afetar nossas vidas”. A resposta não é tão fácil e rápida de ser dada, haja visto que estamos cercados de sistemas que captam nossos gostos, divulgam informações sobre nossos hábitos e chegam a controlar nossos ambientes.

O que sabemos é que é um caminho sem volta e que somente o tempo dirá o quanto esses avanços virão para auxiliar ou tomar o lugar dos humanos em vários aspectos. Tendemos a ser otimistas, e acreditar que com a automação de vários serviços, possamos enfim nos concentrar em atividades que denotem uma carga mais cognitiva como criação e inovação.

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