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Suspeita de crueldade

A denúncia de que mais de 110 cavalos, usados pela Indústria Química do Estado de Goiás (Iquego) na produção do plasma hiperimune, estavam em condição de maus-tratos gerou polêmica nas redes sociais e imprensa.

Conforme denúncia veiculada pela TV Record, os animais estavam acomodados em uma fazenda localizada em Senador Canedo.

A denúncia foi realizada por um funcionário terceirizado que prestava serviços para o laboratório, disse a TV Record.

A fazenda está localizada na Vargem Bonita, em Senador Canedo, e tem uma área aproximada de 100 hectares. onde havia 130 cavalos das raças manga-larga, árabe, quarto de milha e misto. No local, os animais eram inoculados com doses de veneno, vindas do Butantan, de espécies de jararaca e de cascavel.

Do sangue animal (cavalo), a equipe separava o plasma hiperimune, que era enviado ao Instituto Butantan para a fabricação do soro antiofídico.

Informações divulgadas pela Iquego dão conta de que todos os cavalos e éguas da fazenda eram estéreis e recebiam até seis inoculações anuais.

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Após esses procedimentos, os animais seriam tratados para recuperar a saúde física. No entanto, as fotos publicadas pelo funcionário da fazenda revelam os cavalos supostamente debilitados, caídos no chão e até mortos.

Os problemas de abandono e descaso com os animais teriam começado após o Instituto Butantan interromper o contrato com a Iquego para produção do plasma hiperimune.

Com isso, os animais teriam sido leiloados e outra parte doados. Porém, estes ainda permaneciam na fazenda. Motivo: o laboratório aguardava antes uma guia da Agrodefesa para retirá-los da fazenda.

Todavia, o DM apurou que  as imagens dos cavalos deitados e dos cavalos mortos são de controle interno da empresa. Segundo esta fonte, os animais morreram em épocas distintas. Eles já teriam completados seu ciclo de vida (de 10 a 15 anos). A fonte afirma ainda não saber porque o funcionário fez a denúncia e que talvez seja porque com o fim do projeto todas as pessoas envolvidas ali, foram desligadas do laboratório.

Em nota de esclarecimento, a Indústria Química do Estado de Goiás (Iquego) não reconhece a situação de maus-tratos, assegurando que todos os animais que estavam na propriedade receberam, durante toda sua permanência no local, cuidados de alimentação, exames e vacinas conforme orientações técnicas de profissionais capacitados para o trato animal. “Os cavalos, que foram leiloados meses atrás, já foram enviados a seus respectivos compradores e, portanto, não há mais interesse nesta abordagem” diz a nota.

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