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COTIDIANO

A rebelião dos professores

 Beto Silva,Da editoria de Cidades

Um clima de guerra se instalou, ontem, em Curitiba. Durante manifestação no Centro Cívico, os professores da rede estadual, que estão em greve contra o projeto de mudanças na Paraná previdência, entraram em confronto contras as forças de segurança. Desde o início do atual mandato, o governo do Paraná enfrenta um caos administrativo, cuja gota d’água ocorreu ontem: por volta das 15h, os policiais militares abusaram do exercício do direito e fizeram como a Guarda Municipal de Goiânia, em ato também de professores na semana passada, e deixaram inúmeros feridos.

O governo, sob a gestão de Beto Richa (PSDB), colou 2 mil policiais para reprimir os professores. As imagens do protesto de ontem correram os sites de notícia nacional e internacional: policiais usaram bombas de gás lacrimogênio, balas de borracha e jatos de água contra os paredistas.

Conforme o movimento, 110 pessoas ficaram feridas com o confronto e oito acabaram em estado grave. Durante o caos, o prefeito Gustavo Fruet (PDT) teve que abrir o prédio da Prefeitura de Curitiba para receber e acolher os feridos da batalha do Centro Cívico.

O prefeito Gustavo Fruet (PDT) disse que até o momento houve 34 pessoas encaminhadas ao hospital e mais de 100 atendimentos. O prédio da prefeitura está aberto para o acolhimento de feridos na a ação da polícia contra os manifestantes no Centro Cívico. As ambulâncias não foram suficientes e equipes da Guarda Municipal foram acionadas para ajudar no deslocamento dos manifestantes feridos.  Fruet disse para a imprensa que a ação do governo do Estado tem um grau violência desnecessário: “Há dias, a prefeitura vem alertando da desproporcionalidade da força.”

DIREITOS

Conforme os manifestantes, a votação em segundo turno de um projeto de lei que promove mudanças no custeio do regime próprio da Previdência Social dos servidores estaduais terminou em tumulto na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).

No caso do Paraná, os professores são contra a votação do projeto, que reduz direitos dos trabalhadores. De imediato, o projeto de lei enviado pelo governo muda a fonte de pagamento de mais de 30 mil beneficiários para o Fundo Previdenciário. A ideia é fazer com que o governo deixe de pagar sozinho as aposentadorias. Com a nova lei, a conta passaria a ser dividida apenas com os próprios servidores.

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