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Estudantes da UFG mantêm o protesto

Saulo Humberto Da editoria de Cidades 

Melhoras nas estruturas físicas das atuais casas universitárias e criação de novas unidades, alteração valor da bolsa alimentação e aumento do número de bolsa permanência são algumas das reivindicações de estudantes da Universidade Federal de Goiás (UFG), ligados ao Movimento de Casa de Estudantes de Goiás (MCE-GO). Eles invadiram a Reitoria da universidade e até a manhã de ontem permaneceram no local.

Coordenador de uma das Casas de Estudantes, Rodrigo Shayath informou que essa ocupação não foi realizada de repente e, sim, com planejamento. Segundo ele, a discussão sobre assistência estudantil na UFG vem sendo realizada há oito meses, informalmente e, recentemente, foi decidido sobre a ocupação. “O caráter da ocupação é pacífico e não vai ter depredação”, explica.

Solicitações

Rodrigo informa que o grupo solicita o aumento do valor da bolsa alimentação de R$ 200 para R$ 600. “Desde que foi criada, o valor dela não sofreu nenhuma alteração. Tem o aumento da inflação, dos produtos que a gente encontra no mercado em geral, o aumento do salário mínimo e a bolsa está estagnada, desde que foi criada”, alega.

O coordenador afirma que esse aumento não é alto, devido ao fato de eles também estarem solicitando a quebra do vínculo com o Restaurante Universitário (RU). Ele explica que a alimentação dos estudantes é subsidiada e possui o valor de R$ 14,80, por dia, para duas refeições diárias, mais R$ 3 diários depositados na conta para o café da manhã, totalizando aproximadamente R$ 530 mensais.

Outra solicitação é a obrigatoriedade de bolsa permanência para todos os que moram na Casa do Estudante (CE). A justificativa é que algumas pessoas na casa têm bolsa permanência, outras não. “Acontece que há uma reprodução da desigualdade social que a gente encontra aí fora da universidade, e ela se repete aqui dentro da casa. Nós queremos acabar com isso. A gente quer alinhar e todo mundo receber um só valor”, diz Rodrigo Shayath.

O representante dos estudantes cita uma proposta considerada essencial pelo grupo, adiantando que o movimento não iria sair da Reitoria sem algum documento formalizando a ideia: trata-se da criação de novas moradias em Goiânia e nos campus do interior. O coordenador afirma que, em Goiânia, existem quatro casas, sendo que a casas 01 e 03 ficam em um espaço só, do lado do Restaurante Universitário, no Campus II. A casa 04, menor e só com 11 moradores, fica no Setor Sul, e a Casa 05 está localizada no Campus Samambaia. No total, elas abrigam 340 moradores.

Shayath diz que a estrutura das casas é precária e cita como exemplo a existência de uma máquina de lavar para 150 pessoas, além de dois corredores sem bebedouros. Há, ainda, os problemas como porta quebrada e luzes queimadas Ele afirma, também que não foi colocado ar-condicionado e nem insulfim na guarita dos vigilantes, representando um risco para os guardas.

Acordo

O grupo de estudantes realizaram a invasão da Reitoria na última segunda-feira, às 13h30, e até na manhã de ontem ainda se encontram no local, alegando que ficariam ali até alcançarem os objetivos.

Rodrigo diz que na segunda-feira o pró-reitor da Pró-Reitoria de Assuntos da Comunidade (Procom), Elson Ferreira de Morais, esteve no local e conversou rapidamente com os estudantes. Ontem, ele voltou acompanhado do reitor Orlando Afonso Valle do Amaral, quando aconteceu uma conversa, porém, sem acordo. O Diário da Manhã tentou contato com um representante da Universidade Federal de Goiás (UFG) e não teve sucesso.

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