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Casos de autismo em crianças são mais comuns do que câncer, diabetes e aids juntos

Setenta milhões de pessoas no mundo, 2 milhões no Brasil, e outro dado que ainda impressiona: a ocorrência do autismo em crianças é mais comum do que a soma dos casos infantis de câncer, diabetes e aids juntos. “Por isso, o diagnóstico precoce tem feito tanta diferença”, avaliam as neuropsicólogas Raquel Magalhães e Glauce Conti, que learam para Goiânia um curso inédito de aprimoramento em ABA, sigla que vem do inglês e sintetiza o nome da terapia científica com maior sucesso no tratamento de pessoas com autismo. Neste fim de semana foi realizado o segundo módulo do curso, no Edifício Prospére, no Setor Marista.

Professora convidada, a mestre em Psicologia Experimental pela Universidade de São Paulo (USP) Luana Zeolla discorreu sobre avaliação comportamental e também sobre o Programa de Ensino Individualizado (PEI), uma espécie de currículo que os terapeutas elaboram detalhando pontos fortes e fracos dos pacientes, além das metas que precisam ser alcançadas. Ontem, na abertura, o neuropediatra goiano Hélio van der Linden Júnior falou sobre “Autismo na Família – Uma Jornada de Desafios, Descobertas e Sentimentos”.

O curso foi destinado a profissionais das áreas da Saúde e Educação, além de pais de crianças dentro do espectro autista. As aulas começaram no final de julho e seguem até março de 2016, sempre com encontros presenciais mensais. Apesar de todas as vagas já terem sido preenchidas, interessados podem mandar e-mail para [email protected], pois uma segunda turma será montada, com início das aulas previsto para fevereiro do ano que vem. São professores do curso também os psicólogos Ana Luiza Roncati, Marina Lemos e Robson Faggiani, e palestrantes os pediatras Fábio Pessoa e Lívio Chaves.

SINAIS – O autismo é um transtorno global do desenvolvimento, e não uma doença, caracterizado por alterações significativas de comunicação, interação social e de comportamento. Nem sempre ele está associado à deficiência mental; algumas crianças têm inteligência normal e até acima da média, como retratado no clássico “Rain Man”, filme estrelado por Dustin Hoffman e Tom Cruise na década de 1980. Antes dos três anos de vida já podem ser observados alguns sinais, como alterações no sono, aversão ao contato físico, dificuldade de olhar nos olhos, não responder quando chamado pelo nome, não imitar o gesto dos pais (como bater palmas, acenar ao se despedir), dificuldade de interação com crianças, entre outros. Se desconfiados, os pais devem relatar suas dúvidas ao pediatra.

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