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COTIDIANO

Crianças índigo

Uma parte das crianças da nova geração já nasce com temperamentos e atitudes que muitas vezes podem causar estranheza dos adultos. Seja por andar antes do esperado, pelas lições de moral que dão nos mais velhos ou pelo olhar diante do mundo. Essas crianças surgem para mostrar novos caminhos e mudanças para humanidade, o que alguns chamam de uma Nova Era. Elas ignoram o medo e espírito de competição, além de ser bastante confiantes em si mesmas, e sentem-se como cidadãs do Universo.

Algumas delas são consideradas crianças índigo ou cristal e ensinam às pessoas ao seu redor maneiras de viver com harmonia, paz e amor. Elas são chamadas assim por terem a aura azul/violeta, como acreditam os videntes, que as veem como reencarnações de seres especiais, dotados de missão transformadora a desempenhar neste plano terreno. Mas, independente de crenças ou filosofias, o que precisa ser alertado é que poucos pais identificam essas habilidades nas crianças e trabalham com elas de forma diferenciada, deixando tais “dons” repreendidos.

Em entrevista ao jornal Diário da Manhã, o jornalista, escritor e estudioso no assunto, Emílio Vieira, afirma que nada é por acaso e que estava em uma livraria com a sua netinha nos braços quando viu um livro com título que chamava atenção para as crianças índigo. “No momento achei que seria uma obra poética, em relação aos encantos da infância, mas pela minha surpresa era um estudo científico sobre as crianças índigo”, conta.

Essa obra na livraria o convidou para enfrentar o que seria um enigma para ele e que continua sendo para muita gente. Emílio explica as crianças como criaturas iluminadas que estão chegando no terceiro milênio ao planeta tem uma missão inovadora. Também são contestadoras e que pensam e agem fora das normas convencionais, criticam e mostram-se bem familiarizadas com as novas tecnologias. E o olhar que elas trazem sobre o mundo é bem diferente: nos falam da solidariedade, do ser humano como parte de um todo que é o universo.

Leitura

A partir da leitura de “Criança índigo – Uma nova consciência planetária”, de Sylvie Simon, Emílio prosseguiu com os livros: “Aprenda a Educar uma criança índigo”, de Barbara Condron; “Educação no espírito”, de Walter Alves; “Educando crianças índigo”, de Egídio Vecchio; e para completar “Indigos – revelações e historias de uma nova geração”, de Lee Carroll e Jan Tober.

Emílio Vieira explica que com essa leitura sistemática e seletiva elaborou artigos que compõem as temáticas desenvolvidas. Assim, vai lançar o livro “A criança índigo e suas revelações” até o final do ano. “É para onde eu trago as revelações da minha netinha que eu descobri ser índigo a partir da leitura do primeiro livro”. A neta de Emílio, é a Maria Eduarda, 6, que para o avô, cada dia desperta mais sua aura iluminada.

Questionamentos

Certa vez, Maria Eduarda questinou o avô, Emílio Vieira, quando ele afirmou que um homem que estava na televisão era feio. Emílio contou que a resposta da sua neta foi surpreendente: “Que isso, vovô! Os homens são todos diferentes. Se fossem todos iguais, parecia que eram feitos na máquina. Só a máquina poderia fazer todo mundo igual”, conta a resposta da criança de apenas 4 anos de idade.

Para continuar o assunto, Emílio conta que questionou a neta perguntando se todos fossem iguais, se seriam bonitos. Ele ressalta que Maria Eduarda disse: “Bem, poderiam sair uns bonitos e outros feios, mas não todos iguais. Deus é quem faz as pessoas. Ele quem sabe o segredo”. O escritor explicou que a neta ainda completou falando que “você nunca é igual a você mesmo”.

De acordo com o Emílio, três das principais características de uma criança índigo são: individualidade que é forte e inconfundível, referências que as vezes trazem de vidas passadas já que são seres espiritualizados, e por final, a intuição.

Tipos de crianças

Em seu  livro, Sylvie Simon, cita a parapsicóloga americana Nancy Ann Tappe que com base em pesquisas e nas cores da aura enumerou quatros tipos diferentes de crianças índigo: o humanista que é muito sociável, comunicativo, versátil e até mais extrovertido; o conceitual  que é introvertido, mais centrado em si mesmo e com mais facilidade na tecnologia; o artista  que é o mais sensível de todos, intuitivo, criativo e capaz de desenvolver várias atividades ao mesmo tempo; e o interdimensional que reúne as habilidades gerais dos outros, geralmente são mais avançados em termos de individualidade, rebeldia, resistência e podendo ser até radicais.

Para compreender melhor como ajudar na educação de Maria Eduarda, o escritor Emílio Vieira buscou algumas receitas e conselhos do escritor Egidio Vecchio. Ele explica que a partir do momento em que os pais notam a diferença, com comportamento de rebeldia, resistência a não obedecer às ordens e com aparentes contestações, devem ficar atentos para observar se essa criança é índigo.

Emílio completa dizendo que os pais devem pesquisar mais sobre o assunto, analisar as dúvidas para saber se a criança é o não, índigo. Pois, muitas vezes essas crianças são confundidas como perfil dos portadores de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. Para ele, não há dúvida, os índigos são criaturas enigmáticas que se apresentam ao mundo contemporâneo a nos desafiar, como a antiga esfinge egípcia: decifra-me ou devoro-te.

Como agir para educá-las?

Emílio Vieira explica que as crianças índigo geralmente são rebeldes e hiperativas. Assim, de acordo com o estudioso, acabam vitimizadas pela incompreensão e ignorância dos pais que as submetem a tratamento indevidos com psicotrópicos, para se tornarem mais tranquilas.

Ele relata que Egídio Vecchio acredita que há maneiras de disciplinar crianças índigos para que cresçam saudáveis e integradas a família e a sociedade. Segundo Egídio, a escola não educa, quem educa são os pais. A escola orienta, informa, reforça os valores humanos assimilados no seio da família.

O escritor alerta para o que o autor Egídio preconiza como uma pedagogia de valores que “levam as crianças à sabedoria, às atividades que irão prepará-las para serem úteis a si mesmas e à comunidade, do ponto de vista social e tecnológico”. E enfatiza que, enquanto as pedagogias do passado partiam de uma escala de valores preestabelecidos de imporem ao indivíduo, a pedagogia atual deve partir do mundo interior do indivíduo para conduzi-lo ao enfrentamento do mundo exterior.

Emílio explica que de acordo com Egídio, o valor primordial que deve ser cultivado na educação do índigo é a justiça como equilíbrio das relações humanas, dando a cada um o que naturalmente lhe corresponde. Acrescenta que são três planos na escala de valores construtivos: a intenção, foco em valores superiores; a co-criação, de um mundo humano que cresce até Deus; e a ascensão, um estado de consciência superior.

Cabe ao educador investir na consciência dessa criança a fim de excluir sentimentos negativos para ela tais como medo, culpa e sofrimento. Repassando também sentimentos positivos, como inocência, coragem e alegria de viver.

Além de que o educando será iniciado no conhecimento do deve-ser. De acordo com Egídio Vecchio, a inteligência emocional do índigo vai guiá-lo na utilização de conhecimentos de sua própria lógica para ser feliz consigo mesmo e na relação com os outros.

A essa junção de níveis psicossomático, cognitivo e espiritual, deu-se o nome de paidosofia (do grego paidos: criança e sophia: sabedoria). Nesse sentido, educar é promover a conexão dos fatos por meio da inteligência emocional.

Teoria da evolução

Emílio reforça que de acordo com Egídio Vieira, essas crianças possuem um DNA privilegiado que transmite informações para o cérebro que gera comportamentos que lhe servem como retorno, enriquecendo seu próprio DNA. Em estudo de Egídio, ele cita pesquisadores que já observaram a presença de nova cadeia do DNA, reafirmando a potencialidade das crianças índigos como `filhos do futuro`.

“Suas células são diferentes; código genético é diferente; a psique é diferente porque sua biologia também é diferente, a frequência vibracional é diferente. Os índigos são algo mais do que simples criaturas superdotadas”, explica Egídio Vecchio.

Numa escala evolutiva, profetiza Egídio, assim como os pré-índigos do passado geraram os índigos atuais, estes gerarão os pró-índigos como modelos do futuro, que além de trazerem grande avanço tecnológico e a nova era de paz para a humanidade, trarão o benefício da longevidade, prologando a existência do ser humano para mais de 150 anos.

A Nova Era

Emílio explica que é de se admitir que o perfil das crianças índigo e cristal enquadra-se perfeitamente na previsão de Allan Kardec em A Genêse (1886), na parte em quando prenuncia a nova geração do futuro, formada de espíritos evoluídos que viriam para regeneração do mundo. Para o autor é possível extrair que essa nova geração do futuro é dotada de inteligência precoce, voltada ao progresso moral e ao bem coletivo e que aos poucos influenciam os espíritos retardatários a se renovarem.

Pedagogia de Walford

Escola Ensino Vivo, a exemplo das Escolas Waldorf espalhadas pelo Mundo, adota um currículo comum com método de ensino que busca estimular o entusiasmo pelo aprendizado e desenvolvimento saudável. Essa pedagogia atua no desenvolvimento físico, anímico e espiritual do aluno, incentivando o querer (agir) por meio da atividade corpórea das crianças. O sentir é estimulado na abordagem artística em atividades artesanais. O pensar é cultivado paulatinamente, desde a imaginação incentivada por meio de contos, lendas e mitos.

Uma das características marcantes da Pedagogia Waldorf em relação a outros métodos de ensino é o fato de não se exigir ou cultivar precocemente no aluno o pensar abstrato (intelectual). Procura-se desenvolver nos jovens as qualidades necessárias para que eles saibam lidar e principalmente florescer neste mundo de constantes e velozes mudanças, com criatividade, flexibilidade, responsabilidade e capacidade de questionamento.

“Eles fazem tapeçaria, bordam, costuram, além de produzir pães. Eles vivenciam o processo”, explica a diretora Carmem Oliveira. “Eu vejo que são crianças mais amorosas, se respeitam, se conhecem e sabem de sua capacidade e seus limites. Elas criam, brincam e tem uma personalidade própria”, completa.

Entrevista com crianças

A equipe aproveitou a visita Escola Ensino Vivo,

para conversar com algumas crianças a respeito de questões como amor, meio ambiente e política.

Humberto, 8: “Amor são várias coisas, tipo abraçar, beijar na bochecha, aprender andar e ajudar os irmãos”. Sobre política: “Quero que os governantes abaixem os preços e fazer com que os sinaleiros abrem mais rápidos e fechem mais devagar”.

Ana Luiza, 9: “Todo mundo tem que parar de jogar coisas no lixo porque isso está causando o calor”.

Bruna, 5: “Nós temos que respeitar para melhorar o mundo!”

Davi, 9: “O que devemos fazer para cuidar melhor do nosso planeta? Eu sei a resposta pra isso, temos que parar de comer carne. E tem que melhorar porque os políticos falam as coisas e não cumprem. Eles esquecem, têm memória de peixe. Eu ando na rua e vejo um monte de gente fumando, eu pergunto para minha mãe porquê não proíbe a maconha no pais? Um dia minha mãe mostrou um vídeo como eles fazem a carne e é muito ruim. Aí virei vegano por conta disso, agora só como bolo e essas coisas, por um bom motivo”.

O escritor Emílio Vieira lista dez mandamentos educacionais para as crianças índigo:

Crianças autônomas
Assessoria


Em nome da proteção, da comodidade e até do privilégio, muitos pais inibem os filhos de resolver coisas que poderiam fazer sozinhos. É comum deparar-se com crianças bem estimuladas - fazem inglês, aula de dança, aula de música - mas que não sabem amarrar o cadarço do sapato, escovar os dentes ou arrumar a própria cama sozinhos. Também não conseguem fazer tarefas escolares porque se acostumaram a receber respostas prontas da família.

Entretanto, a autonomia deve ser estimulada desde que as crianças bem pequenas e, em todos os ambientes em que convive, seja como cooperadoras nas tarefas, seja como participantes ativas nas conversas da família ou em suas atividades intelectuais. Um estudo realizado na Universidade de Montreal com 78 mães e filhos mostrou que, quando elas dão autonomia às crianças, há um impacto positivo na função executiva, ou seja, em um dos pilares do desenvolvimento cognitivo.

Tal função engloba a memória de trabalho, raciocínio, capacidade de resolução de problemas e flexibilidade de tarefas, além da capacidade de planejamento e execução de atividades. Para chegar ao resultado, as famílias em questão foram visitadas em duas ocasiões: quando a criança tinha 15 meses e depois, ao completar 3 anos.

Durante a primeira visita, foi pedido à mãe que ajudasse o filho a completar uma tarefa com um nível de dificuldade consideravelmente alto. Essa atividade durava cerca de 10 minutos e foi gravada em vídeo para que os pesquisadores pudessem analisar o tipo de suporte materno. Ou seja, se ela o encorajava, se era flexível, se incentivava e respeitava o ritmo da criança. Quando as crianças completaram 3 anos, os cientistas, por meio de uma série de jogos adaptados, avaliaram a força da memória de trabalho e da capacidade de pensar sobre vários conceitos simultaneamente. Aquelas que obtiveram melhores pontuações tinham mães que ofereciam um suporte consistente ao desenvolvimento de sua autonomia.

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