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Coração em alerta

A importância de ter um coração saudável é imprescindível para ter uma vida mais tranquila. Mas, qual o cuidado se deve ter? No Brasil, as doenças cardiovasculares são líderes de mortalidade, representando cerca de 30% dos óbitos. Somente no começo desse ano, já foram registrados mais de 20 mil mortes, de acordo com o cardiômetro que demonstra por ano, mês e dia, o número de óbitos por doenças cardiovasculares no país.

De acordo com informações da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), as doenças do coração matam duas vezes mais que todos os tipos de câncer, com 2,3 vezes mais que todos os acidentes e mortes decorrentes por violência, 3 vezes mais que doenças respiratórias e 6,5 vezes mais que as infecções, incluindo a Aids. Entre 2004 a 2013 mais de três milhões de pessoas vieram a óbito por doenças cardiovasculares, uma morte a cada quarenta segundos.

Em entrevista ao Diário da Manhã, o cardiologista Douglas Valiati Bridi também alerta que o Brasil está entre os dez países no mundo com maior mortalidade por doenças cardíacas. É com esses dados alarmantes que o médico reforça que a população deve conscientizar da necessidade da prevenção, tanto para as pessoas que ainda não apresentam doenças cardiovasculares como para a necessidade do acompanhamento regular daqueles que já as possuem.

O cardiologista relata que a incidência por problemas cardiovasculares está cada vez mais presente em adultos, entre 35 e 45 anos, apresentando inclusive o infarto agudo do miocárdio. “Neste caso alguns fatores como tabagismo, diabetes, hipertensão, obesidade e sedentarismo aceleram o desenvolvimento de placas de gordura nas artérias do coração”, afirma Douglas. E completa que esses fatores que predispõe maior risco do infarto agudo do miocárdio.

Outro alerta do cardiologista é a importância dos jovens em cultivar hábitos saudáveis desde cedo, já que desde a adolescência tem o início do processo de formação das placas de gordura nas artérias.

“Acredito que a prevenção e o acompanhamento regular com seu cardiologista de confiança podem minimizar e prevenir grande parte das doenças cardiovasculares que tanto matam e deixam sequelas muitas vezes irreversíveis em todo mundo”, conclui Douglas.

A realidade em nosso país é a má aderência ao tratamento prescrito pelo médico, o que acaba precipitando quadros mais graves que poderiam certamente ter sido evitados”, explica Douglas Bridi. Para a Sociedade Brasileira de Cardiologia é preciso rever essa situação com ações que mostrem a população a importância da medicação, o risco do infarto e do derrame, e isso é possível com trabalho conjunto com as autoridades da saúde pública para facilitar a disponibilidade da medicação.

Pressão arterial

O cardiologista Douglas conta que no caso da hipertensão arterial alguns estudos mostram que pouco mais de 15% dos pacientes fazem uso das medicações prescritas pelo médico de forma correta. “As medicações para hipertensão e diabetes devem ser usadas de maneira contínua e regularmente, não se pode suspender tais medicações sem o conhecimento do médico, já que tais doenças são crônicas e geralmente, salvo raríssimos casos podem ser controladas, mas não curadas”, afirma. “Nunca suspenda sua medicação sem o conhecimento de seu médico, tal atitude pode trazer consequências sérias a sua saúde”.

De acordo com o cardiologista Douglas Bridi, a hipertensão arterial sistêmica é também um dos fatores de risco associados ao infarto agudo do miocárdio. E também por essa razão, as pessoas devem ter o controle da pressão arterial. Segundo Douglas, atualmente o país possui um arsenal generoso de medicações para controle da pressão arterial e com os mais variados preços, alguns disponíveis gratuitamente.

O médico reforça da importância em fazer consultas de rotina com um cardiologista para o controle da pressão arterial. Além de seguir as orientações medicamentosas e não medicamentosas, como  exercício físico regular, dieta com restrição de sódio para o controle da pressão, além das orientação de um cardiologista que saberá graduar a necessidade para cada paciente.

Sintomas do infarto

Questionado sobre os principais sintomas que podem levar ao infarto do miocárdio, o cardiologista Douglas Biri aponta que os típicos são: dor forte no peito, tipo um aperto que pode irradiar para o antebraço esquerdo, pescoço, queixo ou até mesmo para as costas. Esses sintomas vêm acompanhado de náuseas, vômitos, palidez e sudorese.

“É importante relatarmos que esses são os sintomas mais comuns, mas que algumas pessoas podem apresentar infarto com sintomas mais sutis como: falta de ar, dor e queimação no estômago”, afirma. A orientação é que apresentando esse fatores, é necessário procurar atendimento médico.

Sintomas do derrame

O cardiologista Douglas Biri explica que o acidente vascular cerebral, conhecido como derrame, em geral os principais sintomas são: dificuldade de movimentar uma das metades do corpo, dificuldade súbita na fala, crises convulsivas, desvio da rima labial (boca torta), o que geralmente surgem subitamente.

Cardiômetro

Com o Cardiômetro, a população pode ver de maneira fácil quantas vidas foram perdidas pelas doenças cardiovasculares. O Cardiômetro pode ser acessado, através do site www.cardiometro.com.br.

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