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Teresópolis terá seu terceiro prefeito em menos de um ano

RIO - A crise política que se arrasta em Teresópolis ganhou mais um capítulo, desta vez com um personagem bem conhecido, que protagonizou uma reviravolta digna de último capítulo de novela. Na noite de terça-feira, o ministro Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu uma liminar para que Mário Tricano, candidato mais votado na eleição municipal de 2012, assuma a prefeitura. Ele não havia tomado posse porque estava inelegível, e, agora, a cidade serrana ganha seu terceiro prefeito em menos de um ano. Tricano iniciará seu quarto mandato.

Para entender a volta de Tricano à prefeitura é preciso olhar para trás. Ele foi condenado pela Justiça Eleitoral em 2008, por abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicação. Ele foi punido com um afastamento, por três anos, de qualquer processo eleitoral, de acordo com a Lei das Inegibilidades, de 1990. No entanto, em 2010, foi sancionada a Lei da Ficha Limpa, que torna o político "ficha suja" inelegível por oito anos. Baseado nela, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgou Tricano novamente e o impediu de participar de qualquer processo político até 2016.

Tricano, porém, apresentou um recurso para concorrer à prefeitura em 2012, e venceu a eleição no primeiro turno. Pouco depois da divulgação do resultado, teve a candidatura impugnada pelo TSE.

Em sua decisão, Lewandowski determinou que "os votos obtidos pelo candidato Mario de Oliveira Tricano sejam considerados válidos, em respeito à manifestação da soberania popular no pleito de 2012". Agora, o caso será apreciado pelo plenário do STF.

Depois de dois afastamentos, Arlei Rosa (PMDB) - segundo colocado na eleição de 2012 - teve seu mandato cassado pela Câmara Municipal em outubro, por má administração dos recursos públicos. Em seu lugar, assumiu o vice Márcio Catão (PSD), que dará lugar a Tricano.

A prefeitura de Teresópolis informou ontem que Tricano só tomará posse depois que receber uma notificação da liminar concedida pelo STF.

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