Lotação do Materno Infantil teria causado a morte das duas crianças
Redação DM
Publicado em 20 de março de 2017 às 12:44 | Atualizado há 6 meses
Uma das hipóteses para a proliferação da bactéria Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase (KPC) no Hospital Materno Infantil (HMI) seria a superlotação da unidade.
A informação é de Sara Gardênia, diretora técnica do HMI.
Considerada uma superbactéria, a KPC já é de conhecimento de profissionais que atuam em unidades hospitalares.
Transmitido em ambiente hospitalar, o microrganismo foi identificado pela primeira vez nos Estados Unidos, em 2000.
O microbio sofreu mutação genética e conquistou resistência a inúmeros antibióticos, o que dificulta seu combate.
Geralmente, a KPC contamina a pessoa quando ela entra em contato com secreções do paciente infectado. Daí que ambientes lotados costumam ser ideais para sua proliferação.
A KPC é encontrada em frutas, fezes, água, solo, vegetais, cereais, etc – por isso a necessidade de se evitar os ambientes hospitalares.
O micróbio causa pneumonia, infecções sanguíneas, no trato urinário, em feridas cirúrgicas, enfermidades que podem evoluir para um quadro de infecção generalizada que levam à morte.
O caso do Materno Infantil provocou o isolamento da Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal (Ucin).
As crianças que morreram estavam exatamente na Ucin.
Sara disse em entrevista ao site G1 que a unidade chegou a ter 35 crianças quando o máximo permitido chega a 22 bebês.
O HMI investiga ainda a situação de quatro bebês, suspeitos de serem vítimas da mesma bactéria.