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Novas metas contra aftosa serão definidas hoje

Dezoito países são representados em Pirenópolis, a 120 km de Goiânia, durante a Cosalfa-44, que é a Comissão Sul-Americana de Luta Contra a Febre Aftosa. Evento, com duração de dois dias, começou quinta-feira. Serão divulgados hoje planos de trabalho objetivando a retirada da vacinação contra a febre aftosa em várias regiões da América do Sul, principalmente o Brasil que luta por este status há anos.

Já se sabe que essa suspensão da vacina não vai ocorrer de imediato. É preciso que etapas sejam cumpridas. Até lá, as campanhas de imunização serão preservadas. O que está definido oficialmente é que a vacina não será mais a tríplice ou seja, não combaterá mais  o vírus tipo “C” da doença. Ela será bivalente inclusive com redução do volume a ser aplicado. Cairá de 5 para 2 ml.

Goiás, que está há 22 anos sem foco de febre aftosa, busca o status de área livre da doença sem vacinação. Como faz fronteira com 5 Estados, Minas Gerais, Bahia, Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, a possibilidade é de que esse bloco tenha o mesmo privilégio, no que concordam vários pecuaristas. Isso porque é preciso que o trânsito de animais seja contínuo e seguro ou seja, Goiás vendendo e comprado animais de vizinhos.

Um grupo imenso de trabalho está concentrado em Pirenópolis ouvindo técnicos de todos os países presentes pertencentes a órgãos públicos e entidades privadas. São passadas a todos informações oficiais sobre as condições sanitárias atuais de cada países que se faz representar. Em cima desses dados, são feitos novos planejamentos de trabalho todos ligados ao combate à febre aftosa. A partir daí é que se oficializa se uma determinada área pode estar ou não em condições de receber o status de livre da aftosa com ou sem vacinação.

Todas essas metas serão divulgadas nesta sexta-feira e os participantes opinam no sentido de que a próxima Cosalfa, - a de número 45,- cujo local ainda não foi decidido, terá muita coisa a ser mostrada a partir do novo plano de trabalho.

Posição  do Ministério 

O Ministério da Agricultura levou para a mesa de discussão suas reivindicações. Diretor do Departamento de Saúde Animal, Guilherme Marques explicou que o Brasil não pode viver para sempre realizando campanhas de vacinação e que “ essa iniciativa não pode se transformar numa  espécie de muleta para que o País atinja metas de alta qualidade sanitária de seu rebanho na busca de mercados cada vez mais competitivos.” Porém, concorda também que a retirada tem que ser gradual em áreas que apresentem sólida segurança sanitária do rebanho bovino e bubalino.

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