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Arte, o caminho do bem

A arte, o belo, a criação artística podem ser importantes instrumentos em um processo de cura. O caminho de um tratamento médico, respeitando a diferente complexidade de diversos processos terapêuticos, é sempre uma fase difícil. Mas nada como a arte para apaziguar os sentidos e auxiliar no reequilíbrio físico e psicológico. Por isso o Hospital Alberto Rassi, HGG, levou a arte para dentro de suas dependências com o intuito de trazer cor e leveza aos dias de seus pacientes e funcionários.

A psicóloga Soraya Rodrigues de Aragão explica em seu texto para a Obvious a importância da arte dentro de um processo terapêutico humanizado: “A linguagem artística apresenta uma semiologia própria, pois comunica mais além que a linguagem falada ou escrita, pois se trata da comunicação das emoções, do inconsciente, da ordem do indizível. Por este motivo, é utilizada com excelentes resultados nos processos terapêuticos, sendo instrumento de catarse, na expressão de sentimentos, pensamentos, idéias, fantasias, traumas e comportamentos emocionais mal elaborados, que impulsionam o indivíduo ao movimento de autoconhecimento, de cura e controle de alguma doença ou distúrbio”.

Arte no HGG, iniciativa inovadora do Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano (Idtech), que é uma organização social goiana que atua em projetos de inclusão e qualidade de vida. Este projeto de arte nasceu da ideia de promover a inclusão cultural de pacientes, seus familiares e colaboradores, há dois anos. Além disso, o projeto tem como objetivo a humanização do ambiente hospitalar, e também de usar a arte como terapia alternativa para usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) que fazem tratamento na unidade. De forma voluntária, os artistas expõem seus acervos nos corredores, o que torna o hospital mais alegre, colorido e interessante.

Cores e formas que fazem bem

Em três anos, as galerias do Hospital Alberto Rassi – HGG recebeu diversos estilos e técnicas artísticas. Seja naif, moderno, colagem, hiper-realista, aquarela, o projeto “Arte no HGG” nasceu da ideia de promover a inclusão cultural de pacientes, acompanhantes e colaboradores, e também de usar a arte como terapia alternativa para usuários do SUS que fazem tratamento no hospital. Foram 25 artistas plásticos que fizeram história na humanização da saúde, deixando a sua marca.

Curadora voluntária do “Arte no HGG”, a artista plástica Helena Vasconcelos afirma que o projeto não beneficia apenas pacientes, colaboradores e visitantes da unidade, mas também os próprios artistas. “Nestes primeiros anos, tivemos uma adesão maravilhosa da classe artística e isso é atribuído claramente a gestão transparente e idônea do Hospital Alberto Rassi. Hoje, a unidade hospitalar está, sem dúvida, inserida no calendário cultural do Estado e passou a ser um espaço de arte que oferece muita qualidade. Nós agradecemos a todos artistas que confiaram na iniciativa e cederam suas obras, e também aos colaboradores do hospital que tornam o Projeto realidade”, declarou.

De acordo com a primeira-dama Valéria Perillo, o HGG percebeu que agregar as artes era uma forma benéfica de socializar seu público, garantir um ambiente mais agradável e ainda atingir melhores níveis de adesão dos pacientes ao tratamento. “Além de colorir o HGG, o projeto promove a inclusão cultural. Cada vez mais, percebemos a necessidade de democratizar a arte, de leva-la para fora das galerias. E no caso de um público fragilizado, como ocorre nos hospitais, a arte pode interferir de forma ainda mais positiva no seu bem-estar. O Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano (Idtech), organização social gestora do HGG, está dando um grande exemplo de integração da arte com a saúde pública. Parabéns a todos que apoiaram esta iniciativa”.

O diretor geral do HGG e coordenador executivo do Idtech, José Cláudio Romero, explica que foram implantados diversos projetos de humanização na unidade, incluindo o Sarau, Riso e Dose de Letras, que inseriram respectivamente, a música, o teatro e a leitura no ambiente hospitalar. “Há três anos surgiu o projeto Arte no HGG e este só pode ser concretizado com o apoio incondicional dos artistas plásticos. Nós agradecemos a todos que acreditaram na iniciativa e estrelaram nossas exposições. Democratizar a arte, a levando para espaços públicos, é um gesto digno de muitos aplausos”.

Participam desta mostra comemorativa os artistas plásticos: Alessandra Telles (Amor Diário), Amaury Menezes (Flores), Américo Poteiro (Flor Estrelas), Alexandre Liah (Paisagem, Tributo a Braque), Argus Ridan (Cidades Fantásticas I e II), Chico Santos (CPP), Dilvan Borges (Piracema), Diomar Lustosa (Brasil), Helena Vasconcelos (Uma Casa no Lago e O Catira), Heliana de Almeida (Abstrato I e Abstrato II), Manoel Santos (Botos Brincando D’Bola), Neusa Del Monte (Liberdade, Colagem), Omar Souto (Menino Jesus), Rôber Côrtes (Oratório), Rossana Jardim (Cicloramas Bike Vermelha), Rucélia Ximenes (Pedacinhos de Rucélia), Sáida Cunha (Girassóis), Sandro Carvalho (Vila Felicidade), Santana (Abstração), Selvo Afonso (Negra), Tai Hsuan-Na (A Brisa do Retorno), Veramarina (Enquanto Um Trabalha, Outros Brincam), William Bonnardiny (Pistoleiro) e Waldomiro de Deus (A natureza por testemunha). Ao todo, 27 obras serão incorporadas ao patrimônio do HGG.

O que: Abertura da mostra comemorativa Artistas do bem

Quando: 14 de março, terça-feira

Horário: a partir das 19 horas

Onde: Hospital Alberto Rassi – HGG, situado à Avenida Anhanguera, nº 6.479, Setor Oeste

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