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OPINIÃO

Três aspectos

Segundo opiniões de analistas políticos estrangeiros e até mesmo de brasileiros, aliadas a testemunhos de cidadãos que viajaram recentemente a países democráticos do primeiro mundo e interagiram com as respectivas populações de lá, três aspectos relacionados à atual situação do Brasil causam enorme perplexidade. O primeiro, talvez causado pela falta de lastro educacional do eleitor, é a incrível vocação do povo daqui no sentido de reconduzir ao poder políticos que ostensivamente o espoliaram no passado e continuam a fazê-lo presentemente. O segundo é o enorme volume de corrupção que envolve os maiores empresários do país e altos funcionários da sua principal estatal, com desdobramentos que atingem figuras do governo e do seu principal partido de apoio, gerando consequências no campo econômico e político cuja avaliação está difícil de prognosticar. O terceiro, decorrente do segundo e reforçado pelas últimas pesquisas dando conta da inédita reprovação de seu governo, é a relutância da Presidente Dilma em não apresentar sua renúncia, tentando passar à população sua capacidade romântica de resistência, curtida, segundo ela própria, durante a ditadura, sem compreender que os tempos são outros e que sua permanência no poder está desgastando o pouco prestígio de que o país ainda desfruta entre a comunidade internacional.

(Paulo Roberto Gotaç, via e-mail)


Regra vale para todos

Paulo Panossian

Com a bandeira do PT completamente suja no Lava Jato, a prisão de 2 presidentes das maiores empresas do País, como Odebrecht e Andrade Gutierrez, nesta 14ª etapa das investigações do Petrolão, sugestivamente chamada de Operação Erga Omnes, que em latim quer dizer, “regra vale para todos”, representa uma guinada auspiciosa para recuperação da ética perdida no País, nesta era petista. Em meio às informações da Polícia Federal de que somente essas empresas pagaram de propina ao PT e aliados algo como R$ 710 milhões, de promissor mesmo é que o Lula, pelo seu nada republicano relacionamento com a direção principalmente da Odebrecht, entra definitivamente no foco destas investigações. E o ex-presidente, mais conhecido pelos empreiteiros de “Brahma”, até pelo seu alto consumo de bebidas etílicas, já se mostra preocupado! Inclusive já afirmou “eu e a Dilma estamos no volume morto”... E já admite que será o próximo alvo do implacável juiz Sergio Moro. Ou seja, o Lula prova que está com a consciência pesada... Por que, hein?!... E certamente vai perder mais ainda seu sono, porque o fundador da Odebrecht, Emílio Odebrecht, pai de Marcelo Odebrecht, preso nesta 14ª etapa, dias atrás disse que se seu filho (citado) for preso, podem construir mais três celas, “pra mim, Lula e Dilma”. Emílio parece concordar com a Polícia federal, de que a “regra vale para todos”...

(Paulo Panossian, via e-mail)


Risco de “cartão vermelho”

Conforme noticiado amplamente pelos jornais, o Tribunal de Contas da União (TCU) deu um prazo de 30 dias para a presidente Dilma Rousseff, explicar as irregularidades na prestação de contas do governo relativa a 2014.   Segue a minha sugestão à presidente Dilma: revisar e apresentar  nova prestação de contas  ao TCU dentro de 30 dias, pois se for rejeitada pelo tribunal, e enviada ao Congresso do jeito que está, os parlamentares poderão dar “cartão vermelho” a V. Exa .

(Edgard  Gobbi, via e-mail)


É justo receber o necessário

As modificações na aposentadoria significam que o modelo da seguridade social não vai bem. É justo que todos recebam um mínimo para viver. O algo mais não pode vir de todos. Previdências particulares talvez sejam a saída para quem tem renda superior ao salário mínimo. Muitos contribuintes podem pagar a garantia de um salário mínimo. Mas existe a corrupção e os desvios que destroem o princípio universal onde todos devem ter o mínimo para sobreviver. Os políticos não querem tomar medidas impopulares. Mas salários de faraós não podem ser pagos pelos contribuintes. Justiça é que todos recebam o necessário!

(Paulo Roberto Girão Lessa, via e-mail)


Nó em pingo d’água

Silvio Natal

Cada vez que me proponho a ler uma entrevista concedida por Marco Aurélio Garcia, já me preparo psicologicamente para consumir abobrinhas a granel. Desta feita não foi diferente:  o Assessor Especial da Presidência acaba de repudiar a visita dos Senadores brasileiros à Venezuela sob o argumento de que tal visita (aliás, acordada com as autoridades de Caracas) seria “interferência em assunto interno de outro país”. Curioso que, quando Brasília meteu o bedelho em Honduras no caso do impeachment de Manuel Zelaya, ou quando vergastou o afastamento de Fernando Lugo do Paraguay – até mesmo suspendendo o país guarani do Mercosul – nosso “assessor” não viu, ali, qualquer interferência externa. Quer dizer, para Marco Aurélio, nada disso importa e, tampouco, caracteriza interferência externa o fato de Lula ter apoiado – até mesmo com mensagem televisiva –  a candidatura de Nicolas Maduro nas eleições venezuelanas.  Mas a ida de uma comitiva oficial do Senado a Caracas com a missão de checar o adimplemento do país-membro do Mercosul à sua cláusula democrática, isto não pode ! Ué...! Não pode por quê ? É incrível como essa turminha escarlate tenta dar nó em pingo d’água para justificar o injustificável.

(Silvio Natal, via e-mail)

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