A obesidade infantil atingiu níveis alarmantes, alerta a Organização Mundial de Saúde (OMS). Dados revelam que 41 milhões de crianças com até 5 anos de idade, tem obesidade ou estão com sobrepeso.
Todas as informações foram analisadas de 1990 a 2014. Já em 1990 o número era de 31 milhões, o que significa que houve um aumento superior a 32%.
O relatório aponta que Ásia e África juntos correspondem a 73% desse total. Como recomendação, a Comissão criada para acabar com a obesidade infantil, quer que os governos implementem programas que promovam o consumo de alimentos saudáveis e, ao mesmo tempo, diminuam o consumo de alimentos pouco saudáveis e bebidas com alto teor de açúcar.
Uma das propostas feitas também foi a criação de impostos sobre bebidas que tem muito açúcar em sua composição e a proibição do marketing de alimentos que não são considerados saudáveis.
Outras propostas feitas pela Organização são: Incentivo a atividade física, guia sobre cuidados durante o pré-natal, criação de serviçoes familiares para controle de peso de crianças e adolescentes já obesos.
No café da manhã, suco de caixinha. No almoço, lasanha congelada. De lanche, um salgadinho e, para o jantar, macarrão instantâneo. O que era para ser apenas uma alternativa conveniente e esporádica acabou se tornando rotina nas mesas de famílias pelo mundo todo – e a praticidade agora cobra seu preço. Enquanto a expectativa de vida aumentou entre as últimas gerações, as crianças de hoje em dia provavelmente viverão menos do que seus pais. E muito da culpa será, justamente, das comidas industrializadas e fast-foods.
O alerta é da coordenadora do departamento de obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia, doutora Zuleika Halpern, que classifica como epidemia os atuais números da obesidade no Brasil. De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em parceria com o Ministério da Saúde, uma em cada três crianças de cinco a nove anos está acima do peso recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
A cidade de Nova York preparou uma série de manobras para barrar o consumo tão elevado de refrigerantes, e que tem atingido a saúde dos Americanos drasticamente, e triplicado o gasto com saúde pública. As atitudes já previstas são: limitar o tamanho dos refrigerantes vendidos em restaurantes, cinemas, ginásios de esportes e outros locais públicos de lazer. Agora a marca Coca-Cola mudará os temas, para não perder mercado, pois esse fato vem tirando o sono dos responsáveis pelo marketing da “fórmula mais desejada do mundo”.
Acusada de colaborar e muito para a obesidade de adultos e crianças, a Coca-Cola anunciou uma série de medidas globais para tentar melhorar sua imagem. Uma delas é deixar de fazer propagandas direcionadas aos menores de 12 anos, e lançar produtos “zero e diet”, chás e sucos com informações sobre calorias. “Nosso foco é tornar a empresa parte de uma solução para as grandes questões de saúde do século 21. Queremos que a companhia ajude o mundo a se tornar mais saudável”, diz Marco Simões, vice-presidente de comunicação e sustentabilidade da Coca-Cola no Brasil.
Portanto os comerciais que encantavam as crianças chegam ao fim. Mas não subestimem a capacidade de marketing da marca, com certeza algo está sendo pensado pra não deixar esse público menor de 12 anos fora dos seus ousados planos. O adulto viciado em refrigerantes é reflexo de uma infância desregrada.
Os pais precisam entrar nessa luta e ajudar ao combate da obesidade infantil e doenças ligadas ao ganho de peso que vem assolando os menores. Sendo mais rígidos em relação ao consumo de refrigerantes. “Estamos comprometidos em unir as pessoas contra a obesidade, afirmou em um comunicado Stuart Kronauge, encarregado de refrigerantes do grupo na América do Norte. Temos um papel importante nesta luta.”
Segundo especialistas: quem toma um copo de refrigerante por dia possui ainda 83% de chances a mais de desenvolver a diabetes tipo 2, devido alta concentração de açúcar que a bebida contém que leva o organismo a fabricar uma maior quantidade de insulina, e com o passar do tempo torna-se resistente á esta substância. Mas quando o refrigerante é consumido com moderação, sendo integrante de uma alimentação equilibrada não há motivo para pânico. O refrigerante só faz mal quando é consumido em excesso, ou seja, mais de uma vez por semana. Lembrando que o refrigerante não traz nenhum beneficio ao corpo.
Essa obesidade nas crianças não só faz com que elas fiquem doentes, mas também que tenham chance de morrer prematuramente de infarto, câncer e diabetes. Elas estão ficando hipertensas, com aumento de colesterol e triglicérides, fatores que, de acordo com estudos muito bem estabelecidos, contribuem para o aumento de morte dessas crianças no futuro.
Além dos problemas físicos, que incluem também alterações hormonais e, posteriormente, sexuais, a obesidade infantil é responsável por distúrbios alimentares e depressão, podendo levar, inclusive, ao suicídio na adolescência.
As crianças ficam absolutamente isoladas socialmente, são discriminadas. Ninguém as chama para a turma, para jogar bola, para brincar, e ainda viram motivo de chacota, recebendo apelidos horrorosos. Há crianças obesas que chegam ao ponto de não querer mais nem ir para a escola.
Embora os pequenos tenham um certo poder de decisão sobre o que consomem ou não, quem acaba dando a palavra final são os pais – e é aqui que mora o perigo. Se não houver firmeza e a família toda se deixar levar pelos desejos das crianças, com certeza a despensa vai ter muito mais guloseimas do que alimentos saudáveis.
Os pais são totalmente responsáveis pela saúde dos filhos, especialmente no que diz respeito ao peso e controle da obesidade.
Sem o envolvimento deles, a criança não conseguirá modificar seus hábitos sozinha, ainda mais quando há tamanha oferta de doces e salgadinhos em locais como farmácias, padarias e bancas de jornal, sempre em prateleiras estrategicamente dispostas na altura das crianças.
A criança consome o que os adultos oferecem, ela se senta à mesa e vai comer o que tem. Até os seis meses de idade, nós não toleramos o sal. Além disso, há um estudo que comprova que nosso gosto pelo sal na fase adulta é intimamente ligado à quantidade de exposição que tivemos a alimentos processados enquanto crianças.
A coca cola é a primeira marca a repensar suas atitudes de marketing. No Brasil, atualmente, 23% do portfólio da empresa é de bebidas de baixa e sem caloria. Até o final de 2016, a meta é que todos os pontos de venda no mundo que tiverem produtos da Coca-Cola ofereçam ao menos uma opção com cerca de 100 calorias ou menos.
Considero os Fast food como outro culpado nessa história, não só o refrigerante é o vilão e está arrasando isoladamente com a saúde das crianças, os Fast Foods também tem sua grande parcela de culpa em relação á obesidade infantil.
É fácil notar pelo comércio, grandes empresas que comercializam lanches rápidos oferecendo brinquedos de brindes ás crianças que comprarem seus produtos. Brinquedos de todos os tipos, desde ursos de pelúcia á coleções de miniaturas de carros ou personagens da literatura infantil.
Então há uma enorme luta pela frente para combatermos, essa batalha tem que ser travada 24 horas por dia. O perigo não está somente nas ruas, dentro de casa também há perigos reais, afinal, Pais obesos, filhos obesos.
Curiosidades – Criada em 1886, em Atlanta, EUA, pelo farmacêutico John Pemberton, a Coca-Cola começou a ser vendida por US$ 0,05 o copo. As duas primeiras fábricas da Coca-Cola na Europa foram criadas em Paris e Bordeaux, na França, em 1919. A imagem do Papai Noel, conhecida hoje (homem idoso com barba grande, branca e com roupa vermelha), surgiu em uma propaganda da Coca-Cola de 1931.
Em 1985, a empresa reformulou o sabor do refrigerante pela primeira vez em 99 anos. Embora em testes com consumidores a nova bebida, chamada de “New Coke”, tenha feito sucesso, o público rejeitou a mudança. Esse é considerado um dos piores fracassos do marketing mundial, como atesta o site da empresa. Em 1988, a Coca-Cola foi considerada a marca mais importante do mundo pelo instituto de pesquisa Landor Image Power. Em 1997, a Coca-Cola já vendia mais de 1 bilhão de unidades todos os dias. Em 2011, estima se que são vendidas 1,7 bilhão de unidades de Coca-Cola todos os dias. O consumo de Coca-Cola por segundo é de 19.400 unidades.
Cuba, Mianmar e Coreia do Norte são os únicos países em que o refrigerante não é comercializado.
Em volume total, EUA, México, China e Brasil são os países que mais consomem os produtos da marca Coca-Cola. Se toda a Coca-Cola já produzida fosse distribuída para todos os habitantes do mundo, haveria 1.104 garrafas por pessoa. O Brasil é o 12º maior consumidor do refrigerante per capita, com 229 copos por habitante. Segundo a empresa, a meta é eliminar todas as formas de propaganda de produtos para crianças com menos de 12 anos.
Quando o calor chega pra valer nada melhor que uma Coca-Cola “trincando de gelada”...ou não?
(André Junior, membro UBE - União Brasileira de Escritores - Goiás - [email protected])