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OPINIÃO

Era do Espírito

Vivemos a era do Espírito. A própria Física Moderna caminha a passos largos para comprovar esta afirmativa, demonstrando que tudo se descansa na imponderabilidade.

Não mais o materialismo histórico, mas, sim, o espiritualismo tradicional!

Se pretendemos o concreto, busquemo-lo no abstrato!

A matéria, “luz coagulada” (linguagem espiritista) ou “luz capturada gravitacionalmente” (terminologia científica), tem existência temporária, contingencial, retornando, sempre, à condição original de energia, ou fluido cósmico universal, na expressão de “O Livro dos Espíritos” .

“O materialismo morreu de asfixia por falta de matéria” , afirmou Albert Einstein (1879 – 1955).

Tudo é metafísica no Universo. Noutras palavras, tudo se resume em luz, de que é feito o Universo – luz –, a mais sutil e poderosa de todas as concepções, que, por sua vez, advém do fluído cósmico – matéria originária, se assim nos podemos expressar, que, a seu turno, tem origem na Inteligência Suprema.

2 – Não temos outra alternativa, pois, senão concordar com os físicos quânticos, quando dizem:

“Por detrás do véu ilusório da matéria, que encobre os sentidos físicos, subjaz a realidade imponderável do mundo subatômico ou quântico (do latim “quantum”, que significa quantidade diminuta e descontínua), em que tudo é energia e consciência – Espírito, em última instância” .

E continua:

O átomo, elemento básico de construção dos corpos “físicos”, constitui-se, segundo entendimento atual, de um núcleo insignificante de “matéria densa” – permitamo-nos assim nos exprimir –, envolto por um campo gigantesco formado de elétrons que, juntamente a este seu centro gravitacional “compacto” (o núcleo atômico), aparecem incessantemente, num piscar insondável para dentro e para fora da existência!... Pura Metafísica no próprio cerne da matéria!...

Imaginemos uma esfera do tamanho aproximado de um estádio de futebol (como o Maracanã) e visualizemo-la no âmago central da Terra, em meio a sua massa pastosa, e teremos uma noção de proporções mais clarificada: o núcleo atômico se restringiria às dimensões do minúsculo (em relação ao globo terreno) estádio “esférico”, enquanto que todo o resto do planeta representaria a vacuidade de sua eletrosfera, o universo lacunoso, mas prenhe de possibilidades infinitas, consubstanciadas no balé imprescrutável dos elétrons em atividade frenética e intermitente, à velocidade infinitesimal

Comecemos por entender, portanto, que a “matéria”, em seus alicerces primordiais, é muito mais abstrata do que poderíamos supor, ou difusa, ou paradoxal, ou, a rigor, quase inexistente. O “vazio”, como verificamos na analogia acima, compõe quase que a totalidade (99,97%) de estrutura fundamental de um corpo físico – afirmação esta lastreada nos próprios parâmetros de avaliação que a Ciência terrena já alcançou, nos dias correntes.

E, para mais clareza do assunto, assim encerra:

Adentrando mais fundo um pouco o território das descobertas científicas relacionadas ao domínio do infinitamente pequeno, asseveram os estudiosos, com fulcro em evidências laboratoriais, que as “partículas” subatômicas (“partículas de matéria”) existem antes como “ondas de possibilidades”, e que somente se revelam “corporificadas”, digamos assim, quando um agente observador lhes dirige a atenção.”

Noutras palavras, o autor quer dizer que, de fato, a matéria inexiste do ponto de vista absoluto e só existe em função do observador, ser inteligente, que lhe concede realidade relativa e apenas circunstancial.

3 – Sempre se soube disso, desde as civilizações mais recuadas da história humana, desde os semitas (hebreus), egípcios, hindus, caldeus, gregos, etc., que através dos plenipontenciários, ou luminares, que receberam, no transcurso dos milênios (enviados por Nosso Mestre Jesus), deixaram rastros indeléveis na cultura de todos os povos da Terra.

No entanto, quedamo-nos insensíveis durante tantos séculos, cultivando o materialismos desenfreado, alijando-nos da seiva fértil da espiritualização, que sempre jorrou, farta e generosa, em todas as épocas, em nosso favor.

Todavia, chegados os tempos da colheita, não nos cabe outra escolha senão aderir à verdade dos fatos históricos, em deferência ao nosso destino de almas imortais, bem dizê-la e aceitá-la, como norma de sentir, agir e proceder.

(Weimar Muniz de Oliveira, magistrado aposentado, presidente da Associação Brasileira dos Magistrados Espíritas (ABRAME) e do Lar de Jesus, Diretor da Federação Espírita do Estado de Goiás (FEEGO) e membro do Conselho Superior da Federação Espírita Brasileira (FEB) - [email protected] / [email protected])

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