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OPINIÃO

Maçonaria, Piauí e Cajuína

Na minha caminhada maçônica que faço como missão, já estive no estado do Piauí por seis vezes. A primeira há cerca de 11 anos em período do saudoso Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil – Piauí Antônio Odeon Batista. Posteriormente na administração dos oito anos do Grão-Mestre Francisco José de Sousa, por outras vezes. Agora, nos dias 22 e 23 de janeiro, retornei e senti o novo dirigente José Antônio Dias, jovem dotado de entusiasmo e excelentes planos, no exercício do cargo maior de Grão-Mestre Estadual.

Com o ex-Grão-Mestre Geral, Laelso Rodrigues, fomos à cidade de Campo Maior, onde fui distinguido por homenagens. Instituímos em Teresina em seminário muito concorrido, o Programa Maçonaria a Favor da Vida.

Com Francisco José, na sede do poder Judiciário piauiense e presenças das maiores autoridades, marcamos a representação do GOB em um importante convênio com o poder Judiciário. Com ele visitamos as Lojas “Raul Serrano”, “Acácia Altoense” e “Conselheiro Saraiva”. Incentivamos e apoiamos uma administração correta e transformadora, sendo hoje Francisco José de Sousa, a representação fraterna da maçonaria piauiense. Com os irmãos piauienses nos integramos a um trabalho referencial junto às Fraternidades Femininas e juventude da APJ, Filhas de Jó e Ordem DeMolay.

Agora, neste retorno de início de caminhada de 2016, toda a família maçônica piauiense se reuniu no 8° Encontro Estadual, em uma organizada solenidade que superou 750 participantes, lotando e tomando todos os espaços do confortável clube da Associação Atlética Banco do Brasil. Programação de conteúdo e presença social, que me permitiu atendendo ao convite do Grão-Mestre José Antônio Dias, proferir uma palestra dinâmica e participativa. Registro aqui o meu agradecimento por estar presente, sobretudo, pelo carinho das mulheres da maçonaria piauiense, que nós chamamos de cunhadas, representadas pela presidente e vice-presidente da Fraternidade Feminina Estadual, Silmara Dias e Jonelma Holanda.

Registro, alem dos 750 presentes, o comparecimento dos maçons Noé Holanda, Marcelo Bonfim, Luciano Machado , Paulo Roberto, enfim, o corpo diretivo estadual, todos os delegados de ritos, juntamente com uma bancada federal que hoje alcança 42 deputados, sendo a maior do norte/nordeste, coordenada por Odmilson Alves. Sou muito agradecido ao artista plástico, comunicador de primeira, excelente fotógrafo Francisco Carvalho, de quem me tornei amigo, e guardo o belo quadro que fui presenteado.

No dia seguinte ao evento de 22 de janeiro, o presidente da Assembleia Federal, Múcio Bonifácio e os ex-presidentes Arquiariano Bites Leão e Ademir Cândido, se reuniram e debateram com parte dos representantes do legislativo federal, enfocando o projeto IRMANAR, que é uma iniciativa que vai às bases e está buscando atingir os assuntos mais importantes, via Assembleia Federal.

Retornei, mais uma vez certo de que o Grande Oriente do Brasil – Piauí, constrói sua história em contato com os anseios sociais da população, praticando continuadamente uma caminhada transformadora, que em oito anos de Francisco José, permite e incentiva ao Grão-Mestre atual José Antônio Dias, avançar e fazê-la crescer no conceito e nos compromissos, especialmente neste momento difícil para o nosso país.

O Piauí é o estado que tem o menor litoral do Brasil, 66 km, mas de uma beleza incomparável no denominado o Delta do Parnaíba, considerado uma das mais belas paisagens do mundo, em momento que o mar recebe as águas de longas distâncias do histórico e importante Rio Parnaíba. Neste local estão as cidades de Luis Correia, Cajueiro da Praia, Ilha Grande e Parnaíba. Piauí tem nome originário de um peixe, que em tupi significa “rio das piabas”.

Devo reafirmar a grandeza do Grande Oriente do Brasil – Piauí, da importância do estado, do encantamento do Delta, mas acima de tudo, sendo o líquido mais saboroso do mundo, após a água, um refresco, um suco, denominado “cajuína”.

O que é a cajuína?

É uma bebida típica do Piauí, sem álcool, preparada a partir do suco de caju, apresentando uma cor amarelo-âmbar, resultante da caramelização dos açúcares naturais da fruta. Preparada de maneira artesanal e industrializada é patrimônio cultural do estado do Piauí.

O seu processo de fabricação é em síntese, a extração do suco de caju, adição de gelatina para retirada da substância na fruta que causa a sensação de “travamento” na garganta, adição de tanino e clarificação.

A cajuína é um líquido universalizado para todos os gostos, tanto é que no mais modesto barzinho, no mais luxuoso hotel e nas mais sofisticadas e grandes festas, a cajuína é indispensável. Na comemoração maçônica realizada na AABB foi servido o tradicional churrasco de bode com cajuína à vontade para os presentes. Ela é, alem do sabor até indescritível, uma substância amada, que tem as cores do Piauí.

A Coca-Cola lançou uma bebida em que seu nome levava a palavra “cajuína”. Por pressão popular mudou o nome da bebida, uma vez que o nome “cajuína” é patrimônio cultural do estado. Até o cantor Caetano Veloso, cantou sobre a cajuína. “A cajuína cristalina em Teresina.”

Indo ao Piauí não deixe de experimentar a “cajuína” e se for ao Delta do Parnaíba, aí é o paraíso, sabor com uma das visões mais bonitas do mundo! Em breve voltarei.

Viva o Grande Oriente do Brasil! Viva o Piauí! Viva a cajuína!

(Barbosa Nunes, advogado, ex-radialista, membro da AGI, delegado de polícia aposentado, professor e maçom do Grande Oriente do Brasil - [email protected])

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