Lula tem 50% das intenções de voto no segundo turno; Bolsonaro, 43%
Redação
Publicado em 18 de outubro de 2022 às 14:21 | Atualizado há 3 anos
O ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) tem 50% das intenções de voto
no segundo turno na disputa pelo
Planalto, aponta pesquisa Ipec (ex-Ibope) divulgada nesta segunda-feira, 17. O
presidente e candidato à reeleição, Jair
Bolsonaro (PL), aparece com 43%.
De acordo com o levantamento,
brancos e nulos representam 5%, e indecisos, 2%. Nos votos válidos, o petista
tem 54%, e o presidente, 46%.
O petista oscilou um
ponto porcentual para baixo enquanto o presidente oscilou um ponto para cima em
comparação ao levantamento anterior, do dia 10 de outubro.
Bolsonaro preserva a
liderança no índice de rejeição. 46% dos entrevistas dizem que não votam no
chefe do Executivo de jeito nenhum ante 41% que afirmam o mesmo para Lula. 39%
dos brasileiros dizem que mandatário faz um governo ruim ou péssimo e 37%
afirmam que o incumbente faz uma administração ótima ou boa. 23% consideram a
gestão regular.
Contratada pela Globo, a
pesquisa divulgada nesta segunda-feira foi realizada entre 15 e 17 de outubro e
entrevistou 3.008 eleitores presencialmente em 184 municípios. O levantamento
está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número
BR-02707/2022. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para
menos, com nível de confiança de 95%.
Primeiro turno
No primeiro turno, Lula obteve 57,2
milhões de votos válidos, ou 48,43% do contabilizado pela Justiça Eleitoral.
Bolsonaro, candidato à reeleição, recebeu 51 milhões de votos, ou 43,20% do
total.
Após a eleição do dia 2
de outubro, o ministro da Justiça, Anderson Torres, pediu à Polícia Federal
para que investigue os institutos de pesquisa. Na quinta-feira, 6, o senador
Marcos do Val (Podemos-ES) apresentou pedido de criação de uma Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os institutos de pesquisa de
intenção de voto.
Nesta quinta-feira, 14, o
presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Alexandre Cordeiro,
determinou a abertura de um inquérito para investigar as empresas Datafolha,
Ipec e Ipespe, sob o argumento de haver indícios de que os institutos de
pesquisa atuaram “na forma de cartel” para “manipular” as eleições, cometendo o
mesmo erro sobre o resultado da votação do último dia 2 para escolher quem vai
comandar o País nos próximos quatro anos, a partir de 2023.
O presidente do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, suspendeu as
investigações abertas. Moraes pediu para a Corregedoria-Geral Eleitoral e a
Procuradoria-Geral Eleitoral investigarem se houve abuso de autoridade e de
poder para favorecer candidatura do presidente Jair Bolsonaro.
O Ipec se posicionou após
o resultado do primeiro turno. “As pesquisas eleitorais medem a intenção de
voto no momento que são feitas”, disse o Ipec, em nota. “Quando feitas
continuamente ao longo do processo eleitoral são capazes de apontar tendências,
mas não são prognósticos capazes de prever o número exato de votos que cada
candidato terá”, informou a nota.