Opinião

Entre gírias, chistes e novas palavras

Diário da Manhã

Publicado em 3 de fevereiro de 2022 às 15:18 | Atualizado há 3 anos

Não é de hoje que nosso vocabulário vem passando por transformações com novas siglas, símbolos e uma série de chistes que chegam e não querem mais sair do nosso cotidiano. E lentamente, ou não, vamos incorporando-as no dialeto ‘tão rico e eclético’.Alguns chamam de modismos ou gírias temporárias, outros por sua vez esforçam-se para não aderirem à nova onda. Isso vem acontecendo desde muito tempo e até onde pesquisei não há registro de data inicial e muito menos final. Não importa, o que sabemos é que a língua está sempre se modificando: com palavras novas, das mais diversas origens, são incorporadas ao idioma e logo absorvidas pelos falantes, que passam a utilizá-las no seu processo diário de comunicação.E nesse embalo somos levados quase que diariamente a aprendê-las e saber quais maneiras de nos comunicar utilizando-as. Segundo o site Pravaler a internet é atualmente a grande ferramenta impulsionadora deste modismo. “É justamente por essa alta demanda de uso que ela acabou se tornando berço de novas expressões e comportamentos entre a galera mais jovem”. Nos exemplos têm: contatinho (contatos que alguém tem para relações casuais); crush (namorado (a)); ranço (raiva); e por aí vai.Mas e antigamente, como a gíria era propagada? De acordo com o professor doutor e pesquisador da USP, Dino Fioravante Preti, em seu artigo Dicionários de Gíria, após uma rápida introdução sobre o aparecimento da gíria em vários países, apresentam-se alguns subsídios para a sua história, no Brasil, e acrescenta: “Como manifestação tipicamente oral, porém, não deixa documentos suficientes para datar o seu exato aparecimento, embora sua existência possa ser vislumbrada em muitos povos.”Sendo assim, o que nos resta é matar a curiosidade relembrando ou até mesmo aprendendo algumas gírias do século passado: bafafá (confusão ou bagunça); barbeiro (motorista ruim); broto (mulher jovem e atraente); pode crer! (acredite!); xuxu beleza! (tudo bem!); supimpa! (legal!); pão! (bonito!); dançou! (perdeu algo!); entre tantas outras.Uma coisa é certa, depois de todas essas informações devemos nos adequar e atualizar nosso vocabulário nessa época de tecnologia avançada e comunicação instantânea, pois cada vez mais precisaremos entender que a nossa linguagem é mutante, para que não fiquemos de fora das rodinhas de bate-papo com amigos e familiares jovens e antenados, ou seja, devemos ficar sempre ‘ligados’ na evolução linguística dentro de nossa área de conforto, #Partiu.

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