Saúde

Novembro Azul luta para quebrar tabu

Redação DM

Publicado em 17 de novembro de 2021 às 18:29 | Atualizado há 4 anos


Durante todo o mês de novembro ocorre a Campanha Novembro Azul, cujo objetivo é orientar a população masculina para a importância da prevenção e da detecção precoce de câncer de próstata. A ação surgiu em 2003, na Austrália, a partir de uma brincadeira de dois amigos, que cogitaram se ficariam bem de bigode longos, como aqueles de época. Desde então, o projeto foi se espalhando cada vez mais e, hoje, cerca de 20 países já aderiram ao tema.

Depois do câncer de pele não melanoma, o câncer de próstata é o tumor mais frequente no homem. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), são esperados mais de 65 mil novos casos para 2021, porém, muitos podem nem ter sido diagnosticados. Por isso a importância da prevenção e exames com a frequência correta.

Segundo a coordenadora do curso de enfermagem da Estácio, Jaqueline Rodrigues, a campanha é uma excelente ferramenta para orientar a população. “O Novembro Azul ajuda a trazer visibilidade para a discussão deste tema. Assim como as outras campanhas, que são trabalhadas durante o ano. Junto com a divulgação, este é um momento que os profissionais da área da saúde voltam as atenções para o câncer de próstata”, revela a profissional.

Jaqueline explica a importância do projeto que nasceu como uma brincadeira para levar leveza e quebrar o tabu em torno do exame de próstata. “A ação surgiu exatamente para desmistificar todo o preconceito com o exame do toque retal. Além disso, a população masculina é a que tem o índice mais baixo de preocupação com a saúde. Fatores que agravam ainda mais o impacto do câncer”, analisa.

Para a enfermeira, a sacada para virar a chave do preconceito está na educação. “É importante ter ferramentas que causem impactos nas pessoas, como redes sociais, séries, novelas e outros, falando sobre o assunto. Essa é uma das principais maneiras de educar, orientar e informar de maneira correta a população”, orienta a coordenadora.

“Muitas pessoas propagam a Fake News de que o exame de toque retal pode causar impotência sexual, o que não é verdade. O exame é uma maneira rápida e prática de detectar o tumor e não causa efeitos na vida sexual masculina. Mas com a evolução do câncer o paciente pode desenvolver diversos traumas, inclusive a impotência sexual”, desmistifica Jaqueline.

Além disso, a especialista reforça que o ambiente familiar pode ser uma referência positiva para a prática de exames. “O indivíduo pode se sentir mais seguro para compartilhar e receber informações com a família e amigos. Por isso, é fundamental receber o apoio de pessoas próximas. Além de experiência de gerações passadas”, indica.

Uma pesquisa realizada pelo Inca, em 2021, informa que pessoas que realizam exames periódicos têm de 80% a 90% de chance de cura e quando a descoberta vem tarde as chances caem para 30%.

Adotar hábitos de vida saudáveis ajuda a prevenir várias doenças, inclusive o câncer. Sobre essa questão Jaqueline destaca alguns desses hábitos: “Alimentação equilibrada, prática regular de exercícios físicos, controle do peso corporal, são fatores que podem contribuir para a prevenção da doença”, finaliza.

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