Cotidiano

Famílias de baixa renda podem ficar sem luz

Redação DM

Publicado em 1 de outubro de 2021 às 17:48 | Atualizado há 4 anos


A partir desta sexta-feira, 1, famílias de baixa renda podem ter a energia cortada, o motivo é que nesta data termina o período de suspensão estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), para que as distribuidoras não interrompessem o fornecimento para estaa famílias.

As luzes serão apagadas para aqueles que não pagarem a conta de energia. A suspensão do corte foi suspensa pela Aneel para cerca de 12 milhões de famílias devido à pandemia de Covid-19, que deixou muitos brasileiros desempregados por conta do encerramento de muitas atividades. A decisão foi tomada em março de 2021.

A medida foi prorrogada por mais 90 dias em junho, quando o relator do processo, Hélvio Guerra, afirmou que “é importante reconhecer que a pandemia afeta de forma mais intensa a parcela mais vulnerável da população, para a qual a fatura de energia representa proporção mais significativa do orçamento familiar, e com isso a resolução traz medidas protetivas que permitem suportar esse período da pandemia com a manutenção de um serviço que é essencial”.

A medida era uma garantia de preservação de fornecimento aos consumidores mais vulneráveis, uniformizando o tratamento a ser empregado pelas distribuidoras de energia elétrica, já que os governos de cada estado têm emitido decretos para tratar assuntos que dizem respeito ao fornecimento de energia, até mesmo de questões relacionadas à suspensão.

“O nosso objetivo é atenuar o sofrimento da população mais vulnerável, contexto em que se insere a dita prorrogação da proibição de corte no fornecimento por inadimplência para a classe Baixa Renda. Essas medidas têm sido adotadas com seriedade e responsabilidade por esta Agência e, em conjunto com outras adotadas no ano passado, têm permitido resguardar os consumidores de energia elétrica mais carentes sem que haja um comprometimento das concessionárias prestadoras do serviço de distribuição”, afirmou o diretor-geral da Aneel, André Pepitone, em junho.

Bandeira vermelha 2 entra em vigência até 2022

O prazo termina em um momento de crise hídrica, o que levou a Aneel a cobrar a bandeira vermelha 2 dos consumidores, a mais cara de todas. Agora, o valor será elevado para R$ 14,20 a cada 100 kW/h utilizado, o mesmo vale para as famílias de baixa renda. A alta será válida até abril de 2022.

A falta de chuvas ocasionou a crise nos reservatórios, o que fez com que o governo acionasse as termelétricas, o que é muito mais caro para a produção de energia e também mais poluente.

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