Cotidiano

Clima seco traz prejuízos para produtores de hortaliças e frutas

Redação DM

Publicado em 18 de junho de 2021 às 13:08 | Atualizado há 4 anos

Os preços das hortaliças e frutas tropicais sofrem alterações na Ceasa-Goiânia, e outras similares no País, com advento do clima seco e apresentação rara de chuvas. É o que mostra o 6º Boletim Prohort divulgado, ontem (17), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que traz a média dos valores praticados em maio na comercialização das cinco principais hortaliças.

Outro importante Estado produtor que elevou os envios da hortaliça foi Goiás. As condições climáticas, principalmente o tempo seco, vêm favorecendo a produtividade e, em consequência, a oferta desse produto.

Em todos os mercados analisados os preços tiveram diminuição, ficando em 15,11% na Ceasa – Goiânia. Goiás, estado produtor importante, também elevou seus envios aos mercados, enquanto nos demais estados produtores as ofertas mantiveram-se praticamente nos mesmos patamares das de abril.

Deve-se alertar que o desestímulo ao produtor, decorrente de preços abaixo dos custos de produção, promovendo sua descapitalização pode influenciar na área plantada da próxima safra, o que pressionaria os preços para cima. Em maio, destacam-se os municípios de Piedade/SP, São Gotardo/MG e Cristalina/GO com 5.462 toneladas, 4.166 toneladas 1.899 toneladas, respectivamente, de cenoura enviada aos mercados atacadistas analisados.

Frutas
Acompanhando o cenário de queda, banana e mamão também ficaram mais baratos no atacado em maio. Para a primeira fruta, a Companhia verificou um aumento da oferta resultando em queda nos preços em quase todos os entrepostos atacadistas.

No caso do mamão, a variedade papaia chegou a registrar maior disponibilidade de produto no mercado. A oferta do mamão formosa se situou em menores patamares. Contudo, em decorrência da menor procura, os preços também tenderam a permanecer baixos. Outra fruta de destaque é a laranja. Apesar de não ter registrado comportamento uniforme, os preços ficaram mais baixos em sua maioria.

Melancia
Os preços da melancia sofreram quedas, entre outros Estados, em Goiás (12%). Em relação à oferta ocorreu alta Ceasa – Goiânia (24,24%). Em maio teve como pontos fundamentais a queda dos preços recebidos pelos produtores, sejam os paulistas em fim de safrinha ou aqueles da região de Uruana/ Ceres, em que a produção terá seu pico entre meados de junho e final de julho.

A queda dos preços recebidos pelos produtores – principalmente de Uruana, que será a principal região produtora a suprir a demanda nacional até meados de setembro – cresceu no decorrer do mês, à medida que o frio se intensificava, mesmo com as melancias oferecidas tendo um padrão graúdo aliado à alta qualidade, extraídas em 61 lavouras com boa produtividade.

Aliás, a melancia represen ta um importante segmento do agronegócio brasileiro, pois é a terceira fruta mais produzida no País, com produção de 2.240.796 toneladas em uma área colhida de 101.975 hectares.

As principais microrregiões que abasteceram as Ceasas foram Uruana, com 4,57 mil toneladas; Porto Seguro, com 1,07 mil toneladas; Marília, Araraquara, Presidente Prudente, Marília, Araraquara, Assis, Ourinhos e Bauru, em São Paulo, com mais de 11 mil toneladas; Itaparica e Petrolina, em Pernambuco, com 2,63 mil toneladas.

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