Medicamentos para UTIs em Goiás tiveram alta de 2.200% em um ano
Redação DM
Publicado em 30 de março de 2021 às 09:56 | Atualizado há 4 anos
Os insumos para as Unidades de Terapia Intensiva (UTI) em Goiás para o tratamento da Covid-19 registraram um aumento de 2.200%. Segundo a publicação do jornal O Popular medicamentos usados para anestesia apresentaram uma variação de mais de 100% em um ano. O aumento do preço e a possibilidade da falta de medicamento preocupam as unidades de saúde tanto da rede particular como da rede pública.
A Farmacêutica, Ana Valéria Miranda afirmou que o setor encontrou aumentos que estão foram da curva. De acordo com um levantamento feito pela Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), a pesquisa foi feita em plataformas de compras dos hospitais, com a análise dos principais insumos usados nas UTIs para tratamento da Covid-19 e a menor variação foi encontrada no propofol de 10 ml, que teve um aumento de 123%.
Segundo a publicação outro insumo usado para sedar o paciente, o ventania de 10 ml apresentou um aumento de 2.212,39% no preço no período de um ano. Vale lembrar que o índice pode ser comparado com os preços de janeiro de 2020 com os de 2021.
Fechamento de fronteiras, alta do dólar são apontados como responsáveis pelo aumento dos preços dos medicamentos para UTIs
Ana Valéria afirma que há dois grandes fabricantes de insumos no mundo, que são a China e a Índia, e indica que o Brasil não é autossuficiente e que o fato de fechar fronteiras, uma das consequências é o aumento do frente e dos valores da medicação para compra. Segundo a farmacêutica a demanda alta, a alta do dólar e a taxa de câmbio são outros fatores que contribuíram e contribuem para o aumento do preço dos insumos.
A Secretaria de Estado da Saúdes (SES-GO) informou que não tem respaldo para falar sobre os aumentos nas unidades que tratam Covid-19, uma vez que elas são geridas por Organizações Sociais (Ops). No entanto, a SES afirmou que monitora os estoques de medicamentos usados para entubação dos pacientes nas unidades estaduais, conforme as informações que recebe das unidades.
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