Economia

Previsão aponta que o Brasil deve sair do ranking das 10 maiores economias do mundo

Redação DM

Publicado em 9 de novembro de 2020 às 19:42 | Atualizado há 5 anos

Os efeitos da pandemia do novo coronavírus deve deixar mais um saldo negativo para economia brasileira: ela pode deixar de constar entre as dez maiores do mundo este ano, sendo superada por Coréia do Sul, Rússia e Canadá.

Os dados são de um levantamento dos pesquisadores do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), Marcel Balassiano e Cláudio Considera, a partir de projeções feitas em outubro pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

Segundo as projeções feitas em outubro pelo FMI para este ano, com a crise da Covid-19 e seus embates na economia mundial, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil passaria de US$ 1,8 trilhão no ano passado para US$ 1,4 trilhão até o fim deste ano, o que ocasionaria à economia brasileira ser ultrapassada por sul- coreanos, russos e canadenses.

A crise econômica causada pela pandemia, deve levar na maior parte do mundo uma forte retração da atividade econômica, este ano. No Brasil, as consequências da Covid-19 se acrescentam ao desempenho do real, que foi uma das moedas que mais se desvalorizaram este ano. Do começo do ano até o fim do mês passado, o câmbio se desvalorizou 40% em relação ao patamar em que o dólar estava no fim de 2019.

Para economistas, considerando a métrica do dólar, a economia brasileira passaria de nona maior do mundo ano passado, para a 12ª maior este ano. E essa queda é apenas mais um capítulo de um movimento de perdas que ocorreu nas últimas crises. Eles lembram que, em 2016, o país era a sétima maior economia do mundo, posição que ocupou até 2014.

Com a recessão de 2015 e 2016, o Brasil perdeu duas posições nesse ranking, passando para oitavo lugar em 2017 e para o nono, nos dois últimos anos.

Segundo Balassiano, a mudança de posição, do nono para o 12° lugar no ranking se explica, principalmente, pela variação cambial, que por conseguinte é um reflexo do aumento do risco Brasil, sobretudo por causa dos problemas fiscais que o país enfrenta .

“Isso deve acontecer, quando se considera o dólar corrente, muito mais pela forte desvalorização do real frente ao dólar, do que pela via do dólar por poder de compra, a mudança não é tão brusca”, justificou Balassiano.

Ele ainda considera que o FMI projeta queda de 5,8% no PIB brasileiro este ano, retração que poderia ser maior se medidas de estímulo, como o auxílio emergencial repassado aos brasileiros mais vulneráveis, não tivessem sido adotadas. “A queda do ranking das maiores economias, portanto, reflete os riscos locais do Brasil.

Para o site Terra, quando se considera o dólar em paridade por poder de compra (PPC), o Brasil ocupava a sétima posição no começo da década e assim permaneceu, até 2016, até chegar ao décimo lugar em 2019. Pelas projeções do FMI, o país voltaria para a oitava posição este ano.


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