Cotidiano

Goiás ainda não alcançou a meta de imunização

Redação DM

Publicado em 28 de agosto de 2018 às 00:24 | Atualizado há 7 anos

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Polio­mielite e o Sarampo en­cerra-se nesta sexta-feira, dia 31 de agosto, e Goiás ainda não alcançou a meta de imunizar no mínimo 95% das crianças menores de um ano e menores de cinco anos, segundo a Secretaria Estadual de Saúde.

Os últimos registros do Ministé­rio da Saúde (MS), relativos à ma­nhã de ontem, demonstraram que no estado foram administradas 261.816 doses contra a poliomieli­te, doença conhecida como para­lisia infantil, o que indica uma co­bertura vacinal de 71,80%. Já contra o sarampo (tríplice viral) foram apli­cadas 257.800 doses, o que repre­senta apenas 70,70% de cobertura.

A campanha pretende imuni­zar cerca de 346.364 crianças em Goiás. Mas conforme os registros do MS, dos 246 municípios goia­nos, somente 47 conseguiram atin­gir a meta para poliomielite e 44 al­cançaram a meta para o sarampo.

Apesar de Goiás não ter ne­nhum caso confirmado das doen­ças, existe um surto de sarampo em Roraima e Amazonas. Até o dia 14 de agosto, foram confirmados 910 casos de sarampo no Amazo­nas e 5.630 permanecem em in­vestigação. Já em Roraima, foram 296 casos confirmados e 101 con­tinuam em investigação. O vírus que circula no País é o mesmo da Venezuela, que enfrenta um sur­to da doença desde 2017.

Para o presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), Leonardo Maria­no Reis, o cumprimento do calen­dário de vacinação, com a aplicação das doses nos períodos indicados é uma das principais medidas de promoção da saúde e fundamen­tal para proteger não só as crianças, mas adultos vacinados, também. “O objetivo da campanha é garantir o controle e a erradicação de doenças que podem levar à morte. Por isso, é muito importante que as pessoas fiquem atentas ao calendário e que participem de campanhas de vaci­nação como essa contra o sarampo e a poliomielite”, salientou.

A professora-doutora chefe do departamento de pediatria da Fa­culdade de Medicina da Universi­dade Federal de Goiás (UFG), Lus­maia Damaceno diz que a baixa cobertura vacinal em Goiás e no Brasil é extremamente preocupan­te. “Caso o vírus chegue até nós ele se espalhará rapidamente devido à pouca adesão à campanha. Se hou­ver um único registro sequer a pos­sibilidade para que outros apare­çam em série é real”, alerta.

DIA D

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás em parceria com as Secre­tarias Municipais de Saúde, realiza no próximo sábado, 1º de setem­bro, o segundo Dia D da Vacinação contra a Poliomielite e o Sarampo. A ação, que acontece simultanea­mente em todo o País, visa oferecer mais uma possibilidade para os pais ou responsáveis levarem as crianças ainda não vacinadas às unidades de saúde em horário alternativo.

 

SAIBA MAIS…

Sarampo

 

que é?

É uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, grave, transmissível e extremamente contagiosa. As complicações infecciosas contribuem para a gravidade do sarampo, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade. A doença pode causar sérias complicações como pneumonia, encefalite (inflamação no cérebro), cegueira e até evoluir para óbito.

Quais os sintomas?

  • Febre alta, acima de 38,5°C;
  • Dor de cabeça;
  • Manchas vermelhas, que surgem primeiro no rosto e atrás das orelhas, e, em seguida, se espalham pelo corpo
  • Tosse;
  • Coriza;
  • Conjuntivite;
  • Manchas brancas que aparecem na mucosa bucal conhecida como sinal de koplik, que antecede de 1 a 2 dias antes do aparecimento das manchas vermelhas

Como se transmite o sarampo?

Ocorre de forma direta, por meio de secreções expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. Por isso, a elevada contagiosidade da doença. A transmissão pode ocorrer de quatro a seis dias antes do aparecimento do exantema até quatro dias após o aparecimento do exantema. O período de maior transmissibilidade ocorre dois dias antes e dois dias após o início do exantema. O vírus vacinal não é transmissível.

 

Poliomielite

 

O que é?

Doença infecto-contagiosa de origem viral, caracterizada por quadro de paralisia flácida de início súbito, principalmente nos membros inferiores.

Quais os sintomas?

Instalação repentina de paralisia, principalmente dos membros inferiores, acompanhada de febre, com flacidez muscular, diminuição ou abolição de reflexos profundos na área paralisada, sensibilidade conservada, e persistência de sequela após 60 dias do início da doença.

Como se transmite?

Contato direto pessoa a pessoa, pelas vias fecal-oral ou oral-oral, esta última através de gotículas de muco da orofaringe (ao falar, tossir ou espirrar).

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