Plantonista amigo versus jacobinos
Redação DM
Publicado em 26 de agosto de 2018 às 01:30 | Atualizado há 7 anos
A busca dos mequetrefes aloprados para salvar o ex-presidente lula e a perseguição dos “jacobins de toga” colocou a sociedade brasileira au niveau de uma espera bufa.
A bufonaria do PT fazendo troça da justiça e a recente manobra da justiça, típica da ditadura, esgarçou o véu de uma justiça enviesada e errática. Lula está preso porque recebeu vantagens indevidas no exercício do cargo e isso é crime comum. Foi condenado em duas instâncias e estará fora da disputa eleitoral por causa da Lei da Ficha Limpa. A proximidade das eleições agita partidos e pré-candidatos, mas, de forma estranha, eleva a tensão na Corte, porque o Lula dependa da Justiça para disputar o pleito. O imbróglio decorreu do pedido de habeas corpus concedido em benefícios do ex-presidente Lula, atendido pelo desembargador Rogério Favreto analisando que, mantido preso, o paciente sofreria um dano irreparável, uma vez que permaneceria impedido de participar de debates políticos.
O País vive hoje um verdadeiro surrealismo institucional. O juiz Sérgio Mora, surfista da situação, interrompeu suas férias alegando ter sido citado no despacho de Fabreto, decidiu suspender a decisão de um juiz hierarquicamente superior considerando o pedido um acinte e a qualquer resquício de bom senso. De acordo com o plantonista amigo, mais de uma centena de juristas, protocolaram uma reclamação contra Moro no Conselho Nacional de Justiça, alegando que ele não tinha poderes nem competência para atuar no caso. Os fatos jurídicos são esses, o resto é discursos eleitoral e muita luta pelo poder. O estranho é tudo isso ter influenciado movimentos de Juízes do Supremo Tribunal Federal. A mais elevada Corte do País precisa se manter distante de qualquer disputa, inclusive, é claro, as político-eleitorais, em que há preferências pessoais e ideológicas.
(Edvaldo Nepomuceno, escritor)