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Deputado Galeno Paranhos ganhou, mas, não levou

Redação

Publicado em 10 de junho de 2018 às 02:31 | Atualizado há 7 anos

Dissidente do PSD, Gale­no Paranhos disputou a eleição de 3 de outubro de 1954, ao governo de Goiás, enca­beçando a oposição ao candidato oficial José Ludovico de Almeida (Juca Ludovico), apoiado pelo governador Pedro Ludovico. O candidato a vice-governador na chapa de Galeno era o Dr. Ruy Brasil Cavalcanti, médico e em­presário rural. Galeno obtivera oficialmente nesta eleição 105. 412, contra os 106.540, atribuídos a Juca Ludovico.

Historicamente os dois com­panheiros de chapa tinham muito em comum. Galeno era filho da cidade de Catalão. Ruy era nascido em Santa Cruz de Goiás, cidades situadas na re­gião sudeste do Estado. Os dois tinham a experiência de manda­tos eletivos de deputados e eram defensores do agronegócio.

Mais tarde, Galeno foi presi­dente da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura–SGPA e Ruy, por sua vez, presidente da Federação da Agricultura do Es­tado de Goiás – FAEG.

O slogan da campanha de Ga­leno e Ruy foi:

A lua lá no céu é cor de prata/ o Galeno é candidato/ tem a mes­ma cor também/ Com a UDN não há quem possa/ viva eu, viva você que a vitória já é nossa.

Dez anos após a coligação de Galeno entrar com recursos contestando o suposto resultado fraudulento da eleição que colo­cou Juca Ludovico como manda­tário maior do governo de Goiás, o Tribunal Superior Eleitoral deu o moroso – jurássico – ganho de causa a Galeno e Ruy. Durante esse tempo havia passado pelo Palácio das Esmeraldas o pró­prio Juca Ludovico, José Felicia­no e estava em curso o mandato de Mauro Borges Teixeira.

A última e derradeira coinci­dência entre Galeno e Ruy: os dois faleceram respectivamente em maio e setembro de 1969.

A FIEG – Federação das In­dústrias do Estado de Goiás, mui­to deve a sua existência ao depu­tado Paulo Galeno. Além de ter cedido a sua residência, então, localizada na rua 4, 38, centro, Goiânia para receber a chegada do SESI e do SENAI em solo goia­no foi na ampla garagem de sua casa que se deu o ato de funda­ção da FIEG, ocorrido na tarde de 17 de dezembro de 1950.

Outro importante feito de Gale­no para a existência da FIEG, foi a sua interferência como parlamen­tar ao conseguir para a entidade a doação do terreno onde foi cons­truído, o edifício Palácio das Indús­trias, antiga sede da instituição, no encontro das avenidas Anhangue­ra e Tocantins, centro de Goiânia.

Homenageado pela FIEG, anos mais tarde, a biblioteca do Palácio das Indústrias rece­beu a justa denominação de Galeno Paranhos.

Acredito que possa existir certa lógica–longe de afrontar o memo­rial da galeria de ex-governadores de Goiás – para nela colocar a foto de Galeno Paranhos, como o úni­co governador eleito da história de Goiás e que não tomou posse

 


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