Política

Caiado: “Não podemos admitir que demonizem a figura do político”

Redação DM

Publicado em 6 de junho de 2018 às 02:14 | Atualizado há 7 meses

O senador Ronaldo Caiado (Democratas) recebeu, na última segunda-feira, a Me­dalha do Mérito Legislativo Norberto Teixeira durante cerimônia na Câma­ra Municipal de Aparecida de Goiâ­nia. A comenda homenageia per­sonalidades que prestaram serviços relevantes à cidade e foi proposta pelo vereador Manoel Nascimento (De­mocratas), com aprovação unânime dos legisladores aparecidenses.

De acordo com o presidente da Câmara de Aparecida, Vilmar Maria­no (MDB), a iniciativa de Nascimen­to é oportuna e demonstra a gratidão de Aparecida de Goiânia com o sena­dor. “Ronaldo Caiado tem uma folha de serviços prestados em Goiás e em Aparecida de Goiânia ao longo de trintaanosnavidapública. Aemenda dele, de R$ 7 milhões, foi para Apare­cida e quero deixar o agradecimento do povo de Aparecida por esse gesto nobre. Satisfação nossa de receber o senhor aqui para te oferecer a maior honraria desta Casa”, pontuou.

Autor da proposta da medalha, Manoel Nascimento destacou o ca­rinho de Ronaldo Caiado para com Aparecida de Goiânia e sua conduta ilibada e íntegra, reconhecida tanto em Goiás quanto no cenário nacio­nal. “Conheço o Caiado há 20 anos e não sei de nada que possa desabo­nar a conduta de Caiado. Ao longo de seus mandatos de deputado e se­nador, Ronaldo Caiado fez muito por nossa cidade e, recentemente, uma emenda dele permitiu o asfaltamen­to de vários bairros de Aparecida. Te­nho certeza, até mesmo convicção, que Ronaldo Caiado fará um gover­no para todos os goianos caso seja eleito governador em outubro, des­de o mais humilde aos empresários, todos já cansados da alta carga de im­postos deste atual governo”, afirmou.

Nascimento também denun­ciou que Aparecida de Goiânia, em­bora seja a segunda economia de Goiás e uma das maiores gerado­res do Imposto de Circulação so­bre Mercadorias e Serviços (ICMS), não está recebendo a devida aten­ção do governo de Goiás e isso pode ser constatado pela queda de re­passes da ordem de R$ 30 milhões.

“Aparecida espera muito do se­nhor, senador. Hoje não recebe­mos de volta os investimentos que o povo clama, não temos participa­ção no primeiro escalão do governo e nem representatividade política para defender os nossos interesses. Tenho certeza que, eleito, o senhor terá outro olhar para com Apareci­da, reconhecendo a importância desta cidade, gerando novas opor­tunidades e fazendo investimentos necessários”, finalizou, reforçando a confiança na capacidade de Ronal­do Caiado promover o crescimento e desenvolvimento justo daqui e de todo o Estado de Goiás.

AGRADECIMENTO

Ronaldo Caiado agradeceu os vereadores de Aparecida pela con­cessão da medalha e lembrou do passado da cidade, outrora conside­rada cidade-dormitório de Goiânia, mas que hoje tem um polo indus­trial de referência. “Quando qui­seram rotular a cidade como um mero dormitório de quem trabalha­va em Goiânia, a população se in­surgiu contra isso. Vemos hoje uma Aparecida preparada para ser um polo de educação, saúde, indústria e qualificação da vida das pessoas. Foram vocês que construíram. Me sinto honrado e receber dos colegas vereadores essa honraria”, declarou.

O parlamentar aproveitou a  oportunidade para fazer um ato de desagravo aos políticos que, segun­do ele, estão sendo demonizados pela opinião pública. “Tenho or­gulho de dizer que sou político, se­nador representando Goiás. Não podemos admitir hora nenhuma que demonizem a figura do políti­co. Não existe democracia sem os poderes Legislativo, Executivo e Ju­diciário. São eles que sustentam os pilares democráticos”, frisou.

Segundo Ronaldo Caiado, há uma necessidade de pessoas com­promissadas participarem ativa­mente da política. “O desencanto do povo com os políticos é porque o mandato, ao invés de ser voltado para o povo, vira balcão de negó­cios para se enriquecer. Mas é preci­so fazer política quem tem espírito público”, asseverou, conclamando que pessoas com caráter a ingres­sem na vida pública.

O parlamentar também elogiou o trabalho dos vereadores, que ele acredita ser importante em virtu­de da proximidade dos legisladores com a população. “A carreira de um político deve ser iniciada no Legislati­vo. O legislador é quem escuta o sen­timento da sociedade, que sabe os detalhes e os problemas do cidadão e tem o diagnóstico do que a socieda­de precisa e, feito isso, ele pode apre­sentar propostas condizentes com a realidade, que atendam o sentimen­to da população”, esclareceu.

Questionado como toma deci­sões, Ronaldo Caiado explicou que são todas de acordo com sua cons­ciência. “Ninguém vai dormir bem se contrariou tudo que pensa por in­teresses outros. Quando você defen­de o que acredita, tem um brilho nos olhos. Político tem de falar mais com os olhos que com a boca. Olhando no olho das pessoas e poder chegar aqui olhando no olho dos apareci­denses e agradecendo pelos votos recebidos”, sublinhou.

CARGA TRIBUTÁRIA

O senador democrata voltou a criticar a alta carga tributária prati­cada em Goiás e no Brasil, que con­some mais de um terço do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Para ele, não há reciprocidade em be­nefícios ao cidadão, cada vez mais forçados a pagar impostos diante de máquinas públicas vorazes por verbas, mas incapazes de oferecer serviços públicos decentes, espe­cialmente nas áreas da saúde, edu­cação e segurança pública.

“A sociedade pediu um rumo nas ruas e os governos precisam ser compatíveis com o clamor da população. Precisamos de um es­tado eficiente, que não estimule a fábrica das multas, das taxas. Cada vez mais o cidadão se sente asfi­xiado com tantos tributos. É a água mais cara do Brasil, são as taxas que não terminam para emplacar o car­ro. Temos as alíquotas de combus­tíveis mais caras do país. É algo que desanima o cidadão”, criticou.

Caiado também destacou a im­portância na educação no desenvol­vimento dos cidadãos. “Se cheguei a médico é porque tive uma boa edu­cação. Todo pai sonha que seu filho tenha uma profissão. É fazer com que o dinheiro público seja gasto de ma­neira correta. Temos de saber como é difícil cidadão se sustentar e ter fi­lho em boa escola. É responsabilida­de do Estado. É poder ter condições de ter um programa social para pes­soas carentes. Dar a elas expectati­va de futuro, estendendo a mão às pessoas mais carentes”, completou.

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