Cotidiano

Estudantes pedem mais segurança

Redação DM

Publicado em 6 de junho de 2018 às 01:42 | Atualizado há 7 anos

A morte de um jovem de 19 anos baleado dentro do Câmpus Samambaia, da Universidade Federal de Goiás (UFG), no Setor Itatiaia, em Goiâ­nia, ontem, provocou uma discus­são nas redes sociais sobre a segu­rança dentro da instituição.

O crime aconteceu por volta de 9h30, próximo ao Diretório Cen­tral dos Estudantes (DCE). Segun­do a UFG, a vítima identificada como Luís Carlos Pereira Castro não estudava na universidade. A principal suspeita da Polícia Civil é que o crime esteja relacionado com a venda de drogas.

Contudo, para a estudante de Educação Física da UFG Lorena Ca­março Santos, um crime dentro da universidade em que as vítimas se­jam alunos, servidores, professores ou a comunidade da região a res­ponsabilidade é também da insti­tuição. Em um comentário nas re­des sociais, ela argumentou que “é necessário ter o mínimo de segu­rança dentro do câmpus para to­dos que circulam por ele”.

Já a jovem Bruna Isec, estudante de doutorado da UFG, disse em sua rede social que já foi assaltada den­tro do Câmpus Samambaia no Ins­tituto de Química. “Eu acho bizarro não termos nenhum tipo de segu­rança aqui dentro. Somos reféns desse tipo de situação”, pontuou.

Em nota, a UFG disse que as­sim que ficou sabendo da ocor­rência, acionou as equipes de segurança para isolar o local e re­passou todas as informações para a Polícia Militar. “A vítima não era estudante da UFG e os indícios são de execução, já que não hou­ve troca de tiros”, afirmou.

A PM confirmou que não hou­ve tiroteio no local. A vítima tinha antecedentes criminais por roubo qualificado, tráfico de drogas, re­ceptação e violação de domicílio. Os criminosos, que também não foram identificados até o momen­to, fugiram em um carro.

MANIFESTAÇÃO

Está previsto para hoje, a par­tir das 9 horas, um ato pela segu­rança do câmpus organizado pelo Diretório Central dos Estudantes. Segundo o diretório, diante da fra­gilidade da segurança haverá de­bate sobre a situação da universi­dade e os caminhos para prevenir que outros crimes não ocorram.

SEGUNDO CASO

Este é o segundo caso de assas­sinato de jovens dentro da UFG no período de oito meses. Ano passado, no mês de setembro, um tiroteio matou o estudante de Ciências Ambientais Ariel Ben Hur Costa Vaz, de 32 anos, e dei­xou outro jovem ferido, dentro do Câmpus Samambaia da UFG. O crime aconteceu durante uma Calourada Unificada, e teria cor­rido após um esbarrão na saída do banheiro do evento.

REUNIÃO COM A PM

O reitor da UFG, Edward Ma­dureira, e a vice-reitora, Sandra­mara Matias Chaves, receberam na manhã de ontem o coronel Ri­cardo Alves Mendes, comandante do policiamento de Goiânia, para discutir as atividades de segurança e projetos de prevenção na UFG. A reunião ocorreu minutos após o homicídio do jovem Luís Car­los Pereira Castro.

Durante o encontro, a reitoria e a PM reafirmam a parceria ins­titucional que busca garantir a se­gurança dentro da universidade. Entre as ações que já vêm sendo planejadas, há implantação de ba­ses móveis de policiamento, segu­rança e troca de informações

 

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