Política

Luis Cesar anuncia que disputa Senado

Redação DM

Publicado em 20 de maio de 2018 às 01:08 | Atualizado há 7 anos

  •  Pesquisador, graduado em História e Estudos Sociais, aponta semelhanças políticas entre 1964 e 2016 e entre 1974 e 1978 com 2018
  •  Parlamentar, caso seja eleito em 7 de outubro, irá propor, na Câmara Alta ou Revisora do Parlamento Nacional, um anteprojeto de Reforma Política
  •  Líder do PT é defensor das reformas Agrária e Urbana, ataca congelamento dos gastos públicos em Saúde, Educação, Segurança, Meio Ambiente, Cultura

 

Como Lázaro Barboza [MDB] em 1974, e Henrique Santillo [MDB], no ano de 1978, elei­tos para o Senado da República, pela oposição política à ditadura civil e militar instalada em primeiro de abril de 1964, após a deposição do presi­dente da República, João Belchior Marques Goulart, um nacional-es­tatista, em sua versão trabalhista, o deputado estadual no exercício do quarto mandato e ex-vereador de Goiânia, duas vezes, além de pre­sidente do PT em três mandatos, Luis Cesar Bueno e Freitas, 57 anos de idade, graduado em História e Estudos Sociais, pela Universidade Católica de Goiás, atual PUC-GO, foi indicado, por unanimidade, ontem, em fórum estadual do Partido dos Trabalhadores, o PT, para disputar o Senado, em 2018.

– Como uma plataforma re­publicana, democrática, popular e socialista.

IDENTIDADES

O pesquisador aponta seme­lhanças entre 1964 e 2016 e entre 1974 e 1978 com 2018. A deposição ilegal de um presidente da Repúbli­ca, como Jango e depois Dilma Vana Rousseff, a adoção de medidas libe­rais, que agravaram a crise econô­mica, assim como a implantação de um Estado de Exceção, explica. O primeiro ato é o impeachment, sem crime de responsabilidade, de Dilma Rousseff, frisa. O segundo, a aprovação, com a impressão digital do Executivo, pelo Congresso Na­cional, com o suporte dos gran­des conglomerados de comuni­cação, de reformas ultraliberais, de desmonte do Estado Nacional, heranças de Getúlio Vargas, Jusceli­no Kubistcheck, João Goulart, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rous­seff, explica. O terceiro seria a pri­são classificada como absurda de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2018.

– A minha pré-candidatura será a primeira opção para os ex­cluídos, os trabalhadores desem­pregados, as famílias vítimas da inflação e da alta do dólar e a se­gunda opção aos democratas.

O parlamentar, caso seja elei­to, irá propor, na Câmara Alta ou revisora do Parlamento Nacional, um anteprojeto de Reforma Polí­tica. Com financiamento público e exclusivo de campanhas eleito­rais, sem recursos privados, dispa­ra. Mais: o estabelecimento de re­gras mais rígidas para a Cláusula de Barreira, que trará a redução das le­gendas de aluguel, que se alimen­tam do Fundo Partidário e da tro­ca de tempo de televisão e rádio em coalizões, a fidelidade partidária, sem aberturas de janelas, denun­cia ele. Com o voto em lista, modelo alemão, com o eleitorado elegendo uma parte do Congresso Nacional e o Partido Político, outra, observa o líder petista, com 38 anos de vida orgânica. Na sigla fundada em 1980.

– Uma reforma tributária, para desonerar as classes médias, redu­zir a taxação sobre os mais pobres, incentivar a indústria nacional, o crescimento econômico sustentá­vel, a geração de empregos, renda e a distribuição equitativa de direitos.

REFORMAS

Luis Cesar Bueno e Freitas é de­fensor da Reforma Agrária. Não se trata de uma medida socialista, ra­dical, longe disso, insiste. É a demo­cratização da estrutura fundiária desigual do Brasil, aponta. Com a multiplicação do número de pro­prietários privados de terras, com subsídios para ele­var a produção, ocu­par a mão-de-obra no campo, levar alimentos a pre­ços mais baratos para a população das metrópoles e do interior do Bra­sil e de Goiás, diz. Como Guilher­me Boulos, o líder do Movimento dos Trabalhado­res Sem Teto [MTST], ele propõe uma reforma urba­na. Para reduzir odéficitdemora­dias, noPaís, sub­linha. “Com a ele­vação dos recursos criados pelas gestões do PT no Programa Minha Casa, Minha Vida, a juros baixos“.

– O congelamento dos gastos públicos nas áreas de Saúde, Educação, Seguran­ça Pública, Meio Ambiente, Cultu­ra, Habitação Popular constitui um crime executado por Michel Temer.

A prisão de Luiz Inácio Lula da Silva fere a Constituição Federal pro­mulgada em 5 de outubro de 1988, por Ulysses Guimarães, afirma. A Carta Magna exige o respeito à pre­sunção de inocência até o trânsito em julgado, pontua. Eleição sem Lula é fraude, frisa. A estratégia do PT é atrair para uma aliança po­lítica e eleitoral, tática e estratégi­ca, PC do B [Partido Comunista do Brasil, legenda fundada em feve­reiro de 1962, racha do PCB]; PDT, criado em 1980, pelo engenhei­ro Leonel de Moura Brizola; Psol, fundado em 2004; PCR – Unidade Pelo Socialismo; PCO, o aguerrido Partido da Causa Operária, presi­dido nacionalmente pelo jornalis­ta gauche, escritor, tradutor, editor de livros e jornais, Rui Costa Pimen­ta, que denuncia o golpe de 2016.

– Avice, asegundavagaaoSenado da República e as quatro suplências serão oferecidas aos partidos aliados.

PROJEÇÃO

PT & aliados querem eleger até seis deputados estaduais, informa ao jornal Diário da Manhã. Integram a lista dos postulantes ao Palácio Al­fredo Nasser, a sede da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás: Ma­theus Ferreira, estu­dante da Universidade Federal de Goiás [UFG] vítima de brutal vio­lência da Polícia Militar [GO] em manifestação no ano de 2017 con­tra as reformas ultraliberais de Mi­chel Temer; Adriana Accorsi; Mau­ro Rubem de Menezes, presidente da Central Única dos Trabalhado­res, seção de Goiás [CUT-GO]; Didi Viana, ex-vice-prefeito de Luziânia; Arquidones Bittes, ex-vereador de Trindade, a Capital da Fé; Lucimar Bittes, ex-prefeita de Valparaíso, na Região do Entorno do Distrito Fe­deral; vereadora Kedma Brito, de Cidade Ocidental; Paulo Alves, ve­reador de Iporá; Professor Silvano, vereador de Valparaíso.

– Para deputado federal, a chapa possui Rubens Otoni Gomide, atual membro da Câmara Federal; José do Carmo Siqueira, advogado; Ar­quivaldo Bittes, ex-vice-prefeito do município de Trindade; Catarino Silva, ex-prefeito de Trombas; Ge­raldo Nunes, ex-presidente da Câ­mara de Vereadores, de Itumbiara.

HORÁRIO DE VERÃO

O deputado estadual Luis Cesar Bueno e Freitas, no Senado, irá pro­por o fim do Horário de Verão. É ne­cessário e fundamental renovar a re­presentação do Estado de Goiás, na Casa de Leis, recomenda. Os atuais senadores de Goiás não prestam contas à população dos 246 muni­cípios, denuncia. Em tom de indig­nação. Aos 57 anos de idade, o pro­fessor de História avalia que o centro do espectro político da Nação não se consolidou, em 2018. Nem com Mi­chel Temer, que não ultrapassa 1% dasintençõesdevotos, muitomenos com o apresentador da Rede Globo de Televisão Luciano Huck, sequer com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, alvo de escânda­los de corrupção não investigados pelo Ministério Público Federal e o Superior Tribunal de Justiça, além de poupado pelos grandes conglo­merados de comunicação social, disparaopré-candidatoda estrela vermelha, no dia 7 de outubro.

– Vale lembrar: a investidadeJoaquim Barbosa não durou uma semana.

CENTRO NÃO DECOLA

Analista do cenário políti­co, ele obser­va que o cen­tro não decola e que a extrema-di­reita, com o deputado federal Jair Bolsonaro, acusado de misoginia, sexismo, racismo, ho­mofobia, xenofobia, de defender a tortu­ra e Carlos Alberto Brilhante Us­tra, chefe do DOI-CODI, em São Paulo, denominada de ‘A Casa da Vovó’, centro clandestino de tortu­ras a opositores políticos à ditadura civil e militar, apontado como tortu­rador no Relatório Final da Comis­são Nacional da Verdade, criada por Dilma Vana Rousseff e que encer­rou os trabalhos em 10 de dezem­bro de 2014, cresce nas pesquisas de opinião pública. Uma ameaça à democracia, no Brasil, metralha. Com um eleitorado fundamenta­lista, como seitas fechadas, vocifera. De outro lado, a esperança para 40% dos eleitores, hoje, é o PT, com Luiz Inácio Lula da Silva, discursa ele.

– Dois campos distintos. Dois pro­jetos em disputa. O PT faz a opção pela democracia, os mais pobres, os excluídos, as classes médias e pela indústria nacional.

 



Uma reforma urbana. Para reduzir o déficit de moradias”

Reforma Tributária para desonerar as classes médias, reduzir a taxação sobre os mais pobres e incentivar a indústria nacional”

 

 

Cronologia

 

Cronologia

1980 Fundação do PT

1984 Derrota das Diretas Nova República

1988 Nova Carta Magna

1992 Impeachment Lula é eleito

2006 Lula reeleito

2010 Dilma é eleita

2014 Dilma reeleita

2016 Golpe no Brasil

2018 Lula é preso

Fonte: Arquivos de Renato Dias

 


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