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Mc Rapunzel e DJ Dhalsim, receberão o Prêmio Unegro Hip Hop, diz Ivo Mamona

Diário da Manhã

Publicado em 24 de abril de 2018 às 01:33 | Atualizado há 5 meses

Bela, cult, radical, undergrou­nd. É a MC Rapunzel. A ar­tista, uma celebridade nos poços da desigualdade social nas periferias da Região Metropolita­na da Capital, será homenagea­da dia 27 de abril, próxima sexta­-feira, pela Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, com o Prêmio Unegro Hip Hop. A organização é do inventivo e hard da periferia Ivo Mamona.

– Um comunista evangélico no mundo do rap.

Animada, Mc Rapunzel conta que sonha, desde criança, com o ‘rap. Na adolescência tentou montar uma banda, um grupo, mas não deu certo. A artista ado­tou novos rumos. Ela sublinha que iniciou a sua participação no movimento rap local. Com o tem­po, deu o que classifica como os seus “primeiros passos”. É a pri­meira rapper de Senador Canedo.

– Hoje em dia tem mais “mi­nas” como representantes do movimento…

A rapper pontua que integra, há exatos três anos, o Wu Tang Thug. MC Rapunzel teria sido resgatada por Mc Vdz e Mc Will. A artista ale­ga ter enfrentado dificuldades em sua vida privada. Ela chegou a ad­mitir até em desistir da carreira. De tudo, desabafa. Os dois surgiram, recorda-se. Aqui estou, comemora. Reconhecida e respeitada no mer­cado musical, metralha.

– Só tenho a agradecer a Deus por ter me dado a oportunidade de ser a menina dos seus olhos.

O rap é tudo pra mim, explica. As minhas referências sempre fo­ram Dina Di e Lauren, fuzila. Fã de­mais, resume. Conheci a Lauren, a minha mana de fé, comemora. O que me deu mais força de vonta­de para a longa caminhada, frisa. Mc Rapunzel canta e sobe aos pal­cos para mostrar a realidade sofrida das ruas da periferia e dos lares que sofrem o preconceito.

– Além da desigualdade. Resis­tência!

DJ DHALSIM

O DJ Dhalsim será um dos ho­menageados no dia 27 de abril, sex­ta-feira, com o Prêmio Unegro Hip Hop. O artista iniciou a sua carreira no universo underground do rap, no ano de 1990 é o que informa o ativista social, cantor e compositor Ivo Mamona, organizador da sole­nidade no Palácio Alfredo Nasser.

À época, DJ Dhalsim era b. boy. Ano: em 1993. Na estrada, rumou para Brasília, a Capital da Repúbli­ca. Cidade onde explodiu o rock na­cional na década de 1980 do século 20. Em tempo: ele relata ter conhe­cido Álibi, Câmbio Negro, Código Penal, Cirurgia Moral. A partir daí, comecei a me interessar pela disco­tecagem, confidencia o artista “pop da periferia”.

– Veio a oportunidade com o grupo Soldados Suburbanos. O DJ Berimbau me passou a arte dos DJs. Depois, ingressei no Trilokos. Por dois anos. Que acabou…

Fechamos a banca C.A.R.T.E.L, registra. Com o Mc Sangue B, aponta. Assim como o Mc Lippe C. O primeiro CD saiu do forno. Sucessos de crítica e de público. Bombou, conta. O grupo logo aca­bou, lamenta ele. DJ Dhalsim sub­linha que tocou sozinho por tem­pos e tempos. Hoje é integrante do Bang Monstro. Cultuado no cir­cuito dos bolsões periféricos da música.

– Shows que participei: Racio­nais Mc’s, Realidade Cruel, Cons­ciência ex atual, Consciência hu­mana. Aqui é rap goiano!

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