Cotidiano

Kajuru mostra sobriedade na sabatina a Marconi

Diário da Manhã

Publicado em 21 de abril de 2018 às 01:43 | Atualizado há 7 anos

O vereador Jorge Kajuru (PRP), participou da oitiva ao ex-governador Marconi Pe­rillo (PSDB), que foi realiza­da, ontem, pela CEI da Saúde, que está instalada na Câmara Municipal de Goiânia. Mesmo com um quadro de gripe, que levou à sua internação, Kaju­ru pediu e deixou o hospital e compareceu à sessão. O ex­-governador Marconi Perillo e o secretário estadual de Saú­de, Leonardo Vilela, que foram convidados pelo vereador Pau­lo Daher (DEM), por meio de requerimento aprovado por unanimidade na comissão

Na sua fala, o vereador fez cinco questionamentos ao ex­-governador. Ele perguntou so­bre nota emitida por auditores do TCE (Tribunal de Contas do Estado), no qual o documento dizia que o governo fez “peda­ladas fiscais” com o orçamento da Saúde. Kajuru inqueriu o ex­-governador sobre denúncias de que as Organizações Sociais (OS) que gerem os serviços de saúde no Estado, estariam fa­zendo seleção de pacientes e também do por que unidades geridas pelas OS operavam de portas fechadas. Kajuru tam­bém quis saber por qual motivo o advogado João Paulo Brezins­ki, que já participou de ações como advogado do ex-gover­nador, é contratado por algu­mas dessas OSs, perfazendo al­tos vencimentos. Na mesma linha perguntou a Perillo por que a filha do promotor apo­sentado, Tito Sousa do Amaral, atual secretário da Controlado­ria Geral do Estado, recebe R$ 33 mil de uma OS, sendo con­tratada como pessoa jurídica. “Por que as OSs não publicam o nome dos seus contratados e valores em seus sites”, finalizou.

ELOGIOS

Além das perguntas, Jorge Kajuru também teceu elogios ao secretário de Saúde, Leo­nardo Vilela, e ao ex-governa­dor Marconi Perillo, sobre a decisão de construir o Hospi­tal do Diabético. Kajuru tam­bém ressaltou a disposição do ex-governador em participar da oitiva na CEI, na condição de convidado, embora a Câ­mara Municipal pudesse tê­-lo feito por convocação. “Em nenhun momento o ex-gover­nador Marconi Perillo, se posi­cionou contrário a estar aqui presente”, registra.

Marconi Perillo respon­deu que cumpria com prazer o que considerava dever cívico de comparecer à CEI da Saúde. Ele elogiou os trabalhos desen­volvidos pela comissão e fez referência ao trato respeitoso que teve de todos na comis­são e também do vereador Jor­ge Kajuru. “Agradeço a opor­tunidade de estar aqui, venho como convidado, e como lem­brou o vereador Jorge Kajuru, viria se fosse convocado. Agra­deço a CEI e a Câmara por te­rem convertido a convocação em convite. Agradeço ao pre­sidente da Câmara, vereador Andrey Azeredo que me rece­beu há pouco e agradeço a to­dos internautas, todos teles­pectadores da TV Câmara e para mim é uma honra vir aqui na Câmara e contribuir com esta comissão”, disse.

SAÚDE PUBLICA

De acordo com o ex-gover­nador um dos maiores pro­blemas da saúde publica no País é a tabela do SUS (Sistema Único de Saúde), do Minis­tério da Saúde, que remune­ra mal os médicos e procedi­mentos. Como exemplo, disse que o SUS paga R$ 10,00 por consultas, R$ 500,00 por um mês de internação em UTI (Unidade de Tratamento In­tensivo), enquanto que na rede privada este tipo de in­ternação custa R$ 1.500,00. Marconi afirma que duran­te os seus último oito anos de governo, investiu na regionali­zação da saúde, com reformas e ampliação de leitos e servi­ços no Hugo, Hugol, HDT, e na construção dos hospitais re­gionais de Uruaçu, Águas Lin­das e a retomada para o Esta­do de hospitais regionais que foram municipalizados em gestões anteriores, como em Trindade, São Luis de Montes Belos, Rio Verde e Porangatu.

O ex-governador diz que não são verdeiras as conclusões do relatório disponibilizado ao ve­reador por técnicos do TCE, sa­lientando que as contas de suas gestões estavam aprovadas até o ano de 2016 pelo próprio tri­bunal de contas e também pela Assembleia Legislativa. Marco­ni considera que as OSs estão fazendo um bom trabalho no atendimento à população e res­salta que em 2011 eram atendi­dos 1.2446.652 de usuários, nú­mero que em 2017 passou para 3.081 milhões atendidos nas ur­gências e nos ambulatórios.

Sobre os altos salários pa­gos ao advogado João Bre­zinski e a filha do ex-secretá­rio, disse desconhecer ambos os casos, e acredita que as OSs tenham condições técnicas e jurídicas para justificar tais contratações, e que as mes­mas eram de caráter privado e de responsabilidade de con­tratados e contratantes.

Ex-presidente da Câmara Municipal, o vereador Ansel­mo Pereira (PSDB), elogiou a sobriedade do vereador Jorge Kajuru na oitiva da CEI da Saú­de. Destacou o fato de que mes­mo doente, com febre, com­pareceu como sempre faz à sessão. “O vereador Kajuru é as­síduo nos trabalhos no plenário e também nas comissões e nas CEI´s desta casa. Temos que ressaltar a sua disposição e es­pírito público em participar dos trabalhos de hoje (ontem) na CEI e a forma sobria e ponde­rada com a qual fez seus ques­tionamentos, provando que na democracia o respeito uns aos outros deve ser regra de todo homem público”, resume.

 

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