Cotidiano

Indústria de carro elétrico deve ser instalada em Goianésia

Redação DM

Publicado em 20 de abril de 2018 às 01:36 | Atualizado há 7 meses

  •  Gestor público diz que fontes limpas de energia constituem futuro da humanidade
  •  Petróleo não será mais alimento de energia das indústrias nem da área automobilística
  •  Veículo elétrico terá custo inferior a R$ 100 mil. Valor menor do que os convencionais

 

A estratégia, para o século 21, dos Estados Nacionais, deveria ser a de manter o ‘status quo’ e de não se cobrar pela água. É o que defende o pre­sidente da Saneago, Jalles Fon­toura. Um engenheiro civil, de 67 anos, graduado na Universidade Federal de Minas Gerais [UFMG]. A água é o século 21, resume. Ela ocupa 70% da superfície da Ter­ra, informa. Com um papel fun­damental no cotidiano, explica. É a origem da vida, pontua. Fun­damental para a existência da hu­manidade, dispara. A água nun­ca deverá ser comprada, observa o gestor público.

– O que se cobra, hoje, é o serviço para tratar a água e o esgoto.

Contemporâneo da moderni­dade, ele avalia ao Diário da Ma­nhã que a água e as fontes limpas de energia constituem o futuro. Do tempo presente, registra. É o cami­nho para não degradar o meio am­biente, hoje, já devastado, desaba­fa. Com um projeto de Economia e de Desenvolvimento sustentáveis, analisa. Analista do cenário históri­co, ele crê que s guerras do século 21 serão por disputas pela água. As tec­nologias para dessalinizá-la consti­tuem uma possibilidade, acredita. Uma perspectiva real, propõe. A água é o futuro, metralha.

– O desafio da criatividade hu­mana e da tecnologia é obter água farta e barata para poder servir às sociedades.

FIM DA ERA DO PETRÓLEO

Sem exercício de futurologia, o engenheiro frisa que a Era de He­gemonia dos Combustíveis Fós­seis, do petróleo, está no final. Nos seus estertores. Os últimos suspiros. Trocando em miúdos: o petróleo não será mais o alimento da ener­gia das indústrias nem do mun­do automobilístico. O seu uso será restrito, prevê. A água terá, porém, a sua importância aumentada, diag­nostica. Estratégica, aposta. Fun­damental, conceitua. As guerras convencionais ocorrerão, admite. A luta, porém, não será por territó­rios ou pela dominação de povos, insiste ele.

– A água será cada vez mais es­tratégica. Relevante.

É preciso compreender a emer­gência dos ‘Novos Tempos’, aponta. De crise e escassez, destaca. A água não é um produto infinito, expli­ca. É finito, garante. Uma deman­da básica para o funcionamento, sob normalidade, da sociedade do Século 21, alerta. A média de consu­mo, em Goiânia, Capital do Estado de Goiás, por dia, é de 130 litros por pessoa. O consumo, em Brasília, a Capital da República, é de 400 litros, por dia, por pessoa, informa ele. É, sim, a hora de o Brasil ingressar na ‘Era da Modernidade’, abandonar a utilização dos combustíveis fósseis.

– Para adotar as fontes de ener­gias limpas. As energias solar e eó­lica são opções reais. Factíveis. Para o tempo presente.

MUDANÇAS CLIMÁTICAS

A mudança do clima no mun­do ocorre, hoje, devido à ativi­dade predatória do ser humano, acusa. De bilhões de humanos predadores, fuzila. O aquecimen­to global possui, sim, razões liga­das também à natureza, destaca. A ação humana, porém, é devas­tadora, lamenta. Com olhar de Estadista, Jalles Fontoura, um vi­sionário, frisa que o carro elétri­co é uma necessidade do tempo presente. É factível, atira. Com a tecnologia atual, revela. Com energia limpa, coloca o dedo, mais uma vez, na ferida do mal­-estar da modernidade. “Já exis­te”, chuta de primeira.

– É economicamente viável. Uma solução, no curto prazo, para o transporte de pessoas. Para subs­tituir os veículos à combustão, de energias fósseis, de petróleo.

O município de Goianésia po­derá ter, em curto prazo, uma in­dústria de carros elétricos, avisa. A possibilidade de instalação de uma unidade para fabricar carros elétri­cos tornou-se possível com a con­cessão de incentivo fiscal de R$ 100 milhões do Governo do Estado de Goiás, conta ao Diário da Manhã. Como motivação para o capital de­senvolver o parque automotivo, sus­tenta. A empresa utilizará tecnologia da China. De última geração. Não poluente. Jalles Fontoura aguar­da investimentos do capital nacio­nal. Para a empresa funcionar.

– O carro elétrico deverá ter um custo inferior a R$ 100 mil. Um va­lor menor do que os carros conven­cionais, hoje, no mercado nacional.

VOLUME DE CHUVAS

O volume de chuvas que caiu Goiânia, de outubro de 2017 a abril de 2018, atingiu a média histórica de precipitação pluviométrica para a região, anuncia. O que é promis­sor, comemora. Com a possibi­lidade de chuvas para o final do mês de abril e até para maio, o de­nominado período de seca será jogado mais para frente, diz. O que possibilitaria o abastecimen­to dos lençóis e dos reservatórios, na Capital e Região Metropolita­na, explica o cardeal tucano.

– A Saneago fez iniciativas e pro­jetos. Como a integração entre os rios João leite e Meia Ponte.

A estratégia da empresa é dimi­nuir a perspectiva de crise hídrica, anuncia. A perspectiva é boa, diz. A operação é para evitar falhas de abastecimento, como as que ocorre­ram em 2017, dispara. Jalles Fontou­ra revela que os reservatórios e ma­nanciais estariam abastecidos. Hoje, os rios estão cheios, garante. Existe água nos rios João leite e Meia Pon­te, frisa. Um cenário animador, sor­ri. Com boas perspectivas, pontua o pesquisador de fontes de energia limpas e um defensor radical de me­didas drásticas. Para impedir a cap­tação irregular. No Estado.

SEM PRIVATIZAÇÃO

– O rumor de suposta privati­zação da Saneago, alardeado pelo Stiueg [Sindicato dos Trabalhado­res das Indústrias Urbanitárias do Estado de Goiás], não possui o me­nor fundamento.

O modelo que a Saneago opera é o mais adequado para a população, para o Estado de Goiás e também para os seus funcionários, indica. Não existe o menor risco de priva­tização da Saneago, insiste. O atua modelo de negócios será mantido, exercido, revela. Em 91% dos muni­cípios dos 246 existentes em Goiás, que atinge 5,5 milhões de pessoas, contabiliza o auxiliar do inquilino da Casa Verde, José Eliton, um tucano de alta plumagem, filho do ex-go­vernador do Estado Otávio Lage de Siqueira. “Repito: não há o menor fundamento”.

– Leio, hoje, ‘Homo Deus – Uma Breve História do Amanhã’, de au­toria de Yuval Noah Harari, edito­ria Companhia das Letras, e ‘O Fan­tasma de Manhattan’, de Frederick Forsyth, editora Record

 



  Não existe o menor risco de privatização da Saneago”

Jalles Fontoura

 

As energias solar e eólica são opções reais. Factíveis. Para o tempo presente”

Jalles Fontoura

 

 

PERFIL

Nome: Jalles Fontoura

Idade: 67 anos

Formação: Engenharia Civil

Pai: Otávio Lage, ex-governador de Goiás

Partido: PSDB

Cargo: Presidente da Saneago

Pós-31 de dezembro de 2018: Volto à iniciativa privada

Time: Goianésia e simpatia pelo Vila Nova Futebol Clube

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