Samba do crioulo doido
Redação DM
Publicado em 5 de abril de 2018 às 00:08 | Atualizado há 7 anos
O saudoso Stanyslaw Ponte Preta diria que este período pré-eleitoral está mostrando o que será a campanha nos 45 dias reservados pela Lei Eleitoral para campanhas parece com o Samba do Crioulo Doido. A lei estipulou que campanha mesmo, só a partir de 16 de agosto mas, como ninguém fiscaliza nada, ela já está, abertamente nas ruas, com a cobertura jornalísticas e as redes sociais cobrindo os atos e desatinos dos pré candidatos, como se fossem o horário eleitoral gratuito. Pelo que se vê, os ataques, na campanha oficial serão da maior virulência, como aliás já está acontecendo com o presidente Michel Temer que apenas ameaçou ir para a reeleição, já começou a apanhar, inclusive com a prisão de alguns de seus amigos mais próximos, acusados de receberem propinas em seu nome. E novas denuncias contra ele podem estar para aparecer. O ex-presidente Lula, condenado a 12 anos de prisão, ao que tudo indica, pelas amizades e crédito que tem com alguns ministros do STF, não será preso poderá até ser candidato e já está em campanha aberta. O ainda governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pré- candidato do PSDB, que se desincompatibiliza no próximo sábado, será atingido por denúncias antes mesmo de deixar o cargo. O senador Álvaro Dias, candidato do Podemos, vê seu nome crescer e pode ser a grande surpresa de outubro mas também não escapará de denúncias. Ciro Gomes – que fala no Conexão Empresarial, do dia 16 de abril, para empresários e formadores de opinião – mira sua campanha na busca dos eleitores de Lula apostando, e torcendo, para que o petista não seja candidato. De quem se espewra maior radicação é do deputado Jair Bolsonaro que, segundo pesquisas, vai ocupando o espaço da direita radical. Para muitos chegou ao seu patamar. Pode até crescer mais, dependendo da participação de Lula na campanha. É sua oportunidade de polarizar. Se Lula for Ficha Suja, a tendência do capitão é perder espaço. Há ainda várias outras pré candidaturas já colocadas, mas de expressão menor, como a de Rodrigo Maia, pelo DEM e outra, ainda em gestação, com apelo para alterar o quadro, especialmente do centro: a do ministro Henrique Meirelles, que nesta semana deverá se filiar ao PMDB.Assim, diria que muita água ainda vai correr debaixo da ponte. Lamentavelmente carreando muita sujeira das denúncias, falsas e verdadeiras, que ainda virão.
(Paulo Cesar de Oliveira, diretor-geral da revista Viver Brasil e do jornal Tudo BH)