Atraso de salário pode gerar paralisação
Redação DM
Publicado em 1 de março de 2018 às 00:37 | Atualizado há 7 anos
Durante a Assembleia Geral, realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), ontem (28), na Câmara de Vereadores, para debater com a categoria as dificuldades em negociar com o Paço temas relevantes para a classe, servidores não descartam paralisação dos serviços.
Os servidores da rede municipal de ensino de Goiânia decidiram, por unanimidade, realizar no próximo dia 16 de março (sexta-feira), às 9h, na Câmara de Vereadores, uma nova assembleia da categoria, com paralisação de toda a rede. A medida é um dos encaminhamentos realizados durante a Assembleia Geral.
Na pauta de discussões está o atraso no pagamento do piso salarial dos professores, a data-base dos administrativos de 2018, os quais afirmam que ambos deveriam ter sido pagos em janeiro. A categoria exige ainda a diferença da data-base referente ao ano de 2017 e a concessão de benefícios como progressões e titularidades.
E, não menos importante, pedem também a convocação dos aprovados no último concurso da educação. De acordo com a presidente do Sintego, Bia de Lima, a Secretaria Municipal de Educação de Goiânia (SME) quer pagar o piso para os professores por 40h e não por 30. “Isto é um absurdo. Querem impor reajustes, como o da previdência, às custas do trabalhador. Até o momento não informaram qual será o percentual da data-base deste ano dos administrativos. Todas estas questões precisam ser solucionadas e o Sintego não permitirá que os trabalhadores sejam prejudicados, nem que para isto tenhamos que partir para medidas mais extremas”, declara.
Para Bia de Lima, as negociações com a SME precisam avançar. Ela destaca que, da forma com que a SME quer, vai achatar a carreira. “O Sintego já esteve reunido, por três vezes, com o secretário de Educação de Goiânia, Marcelo Costa, e com o secretário de Finanças, Alessandro Melo. Ainda falta falar com o prefeito para resolver a questão do piso e da data-base entre outras questões que também estão pendentes, como progressões, titularidade, entre outros”, pontuou.
Ela ressalta que sem o pagamento do piso dos professores de 2018, sem o pagamento da data-base dos administrativos deste ano e sem a diferença da data-base de 2017, os trabalhadores esperam que, até a próxima assembleia, as negociações entre Sintego e Prefeitura de Goiânia tenham avançado e os reajustes da categoria sejam concedidos.
“Precisamos fortalecer nosso sindicato para lutar por nós e defender nossos reajustes que já deveriam ter sido pagos em janeiro. Esta assembleia é o primeiro passo para encaminharmos a pauta dos professores e administrativos, entre outras questões que ainda estão pendentes na rede municipal”, acrescentou a servidora Teresinha Neves, filiada ao Sintego.
Bia de Lima informou, durante a assembleia, que está buscando audiência com o prefeito de Goiânia para que, até a data da nova assembleia, possa ser repassado à categoria resultados positivos destas negociações. A categoria decidiu também, durante a assembleia, que será confeccionado material informativo para cobrar solução para os problemas que o Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia – Imas, vem passando, principalmente no que diz respeito à falta de prestadores de serviço