Arbitragem goiana: referência nacional e rigorosa preparação física
Diário da Manhã
Publicado em 25 de fevereiro de 2018 às 01:28 | Atualizado há 7 anos
É de amplo conhecimento a necessidade de profissionalizar a nobre função de árbitro de futebol. O esporte movimenta bilhões de dólares anualmente. Alguns jogadores possuem salários milionários e se tornam celebridades. Centenas de profissionais entre comerciantes, militares, jornalistas, dentre outros, complementam renda com o futebol.
O árbitro, entretanto, sofre as conseqüências de ser um ator do meio e não do fim do espetáculo. Ele é essencial, mas é alvo constante, por má fé ou desinformação, sempre que algo polêmico ocorre em campo. A partir disso, ele se torna combustível a propensas execrações de honras, principalmente na era digital, que criou um ambiente ávido por audiência fácil – mesmo que esteja em jogo a integridade moral de dignos profissionais. Mas vale mais o like do que propriamente a construção de um debate salutar para evolução do ofício?
A arbitragem goiana é de ponta. Em janeiro, três membros da arbitragem goiana participaram da cerimônia de entrega das insígnias da Federação Internacional de Futebol (FIFA) para a Temporada 2018. Outros tantos, no ano passado, foram destaques nas quatro divisões do Campeonato Brasileiro. Tudo isso prova que esses profissionais colocam Goiás na vanguarda da arbitragem continental, quando excluídas as paixões coléricas.
A realidade goiana não caiu do céu, é fruto de um processo que une vocação individual e trabalho coletivo perene. Costumo dizer que o sucesso de toda função coletiva é mais holística (ramo filosófico que considera a soma das partes maior que o todo) que qualquer tentativa de heroísmo individual. Todas as transformações são lentas e nada triviais.
Nessa construção holística para construir uma arbitragem decente, optamos por descruzar os braços e construir pilares nesse alicerce cotidiano de sentinela desta nobre função em que buscamos oferecer suporte: físico, técnico, mental e social, mesmo com os obstáculos materiais (financeiros) e motivacionais (reconhecimento). É um leão por dia.
Críticas são mais que bem vidas são inerentes quando se trata do árbitro. Além de todo preparo físico, realizada semanalmente com total transparência que a sociedade merece, nos preparamos a separar tudo aquilo que corrobora pelas correções, pelo bem de um esporte e para garantir um espetáculo semanal que atrai milhares de torcedores.
(Antonio Bento é economista, jornalista e professor do arbitragem da Safego)