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Alcançando metas

Redação DM

Publicado em 10 de fevereiro de 2018 às 00:22 | Atualizado há 7 anos

Vivemos em uma socie­dade que busca fórmu­las mágicas, que vão desde o emagrecimento a qual­quer outro objetivo como, por exemplo, desenvolver a compe­tência de liderança, em quem não tem minimamente o perfil para tal. Nesse cenário, a figura do coach aparece como mági­co, e estes são especialistas em diversas áreas. Mas como dis­tinguir um profissional prepa­rado de um despreparado?

Para a professora dos MBAs da Fundação Getulio Vargas (FGV), executive coach, men­tora de carreira e coordenadora acadêmica do curso de Analista e Capacitação em RH em nível Brasil, Anna Cherubina Scofa­no, alguns coaches sem a devi­da formação e um quantitativo mínimo de clientes e horas de atendimentos, simplesmente se aproveitam de uma onda de modismo do termo coaching, de forma insipiente e por vezes até irresponsável. Segundo ela, isto representa um risco para os desavisados na contratação deste tipo de serviço.

“Alguns, ditos coaches se uti­lizam de conhecimentos tera­pêuticos, outros do marketing pessoal, de retórica, holístico e, principalmente, das fragilida­des e necessidades humanas. No mercado qualquer pessoa pode se dizer e se diz coach”, alerta Anna Cherubina Scofano.

HABILIDADES

A professora esclarece, no en­tanto, que o coaching é um pro­cesso voltado, especificamente, ao desenvolvimento de compe­tências. Que não se trata de um processo de aconselhamento, tampouco de autoajuda. Muitas pessoas confundem chegan­do a chamá-lo até de consulto­ria, quando esta é voltada a pro­cessos organizacionais ou de negócios. “Ambos são comple­tamente distintos em sua apli­cação, objetivos, meios e fins”, explica Anna Cherubina.

A professora da FGV ressal­ta que um coach desprepa­rado pode prejudicar pesso­as ludibriando-as, ou mesmo, prometendo aquilo que não está apto a entregar. De acor­do com ela, atendendo como coaches, esses profissionais lesam seus clientes, quando na verdade eles, em grande parte, precisam de outro tipo de apoio, seja de um psicólo­go, psiquiatra, mentor, enfim, algo que não esteja contido no processo do coaching.

“O fato de mantê-los como clientes, em detrimento de orientá-los na busca de outro tipo de serviço profissional, pode representar algum tipo de prejuízo considerável ao in­divíduo. As principais creden­ciais de um coach são suas re­ferências de outros clientes e, as experiências com uma quanti­dade mínima de horas/atendi­mento realizadas. Quem atua na área deve ter a formação como coach, em uma Escola de coaching, credenciada pela ICF (International Coach Federa­tion)”, explica a especialista.

 


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