Política

Delegado Waldir Soares: “Repudio perseguição a Alison Maia”

Redação DM

Publicado em 9 de fevereiro de 2018 às 02:08 | Atualizado há 8 anos

O deputado federal Dele­gado Waldir Soares se uniu aos políticos de Goiás que manifestaram repúdio à per­seguição sofrida em Caldas Novas pelo radialista e po­licial militar Alison Maia. Ele foi candidato a prefei­to pelo Democratas nas úl­timas eleições e, por razões políticas, transferido no fim do mês passado pela Polí­cia Militar para Iporá, cida­de que fica a 400 quilôme­tros de Caldas Novas.

Em um vídeo divulgado na internet, o Delegado Wal­dir lembra que sua carrei­ra também foi marcada por este tipo de perseguição e pede mudanças em Goiás. “Ao longo da minha carrei­ra de delegado de polícia eu fui muito perseguido por to­mar decisões duras. Fui re­movido de uma cidade para outra, sofri uma dura perse­guição política, mesmo de­pois de ser eleito suplente de deputado federal”, lembrou.

O Delegado Waldir afir­ma que soube na última se­mana da perseguição a Ali­son Maia. “Soube de uma perseguição semelhante a um amigo meu, Alison Maia, sargento da PM da gloriosa polícia militar de Goiás de Caldas Novas. Foi transferido por ter sido can­didato a prefeito nas últi­mas eleições, ter ficado em segundo lugar e neste mo­mento está em primeiro lu­gar nas pesquisas. Fizeram uma sacanagem com ele e com a família, os amigos, com o povo de Caldas Novas e região. Tiraram ele de Cal­das e mandaram para Iporá, mais de 400 quilômetros. A esses coronéis de Goiás: a vai cair a casa”, afirmou.

Segundo ele tal ação, co­mandada pelo grupo políti­co do prefeito cassado Evan­dro Magal (PP), que é ligado ao governador Marconi Pe­rillo (PSDB), é covarde. “Pa­rem de fazer covardia. Já fizeram comigo e agora que­rem fazer com Alison Maia, e fazem com um monte de policial em Goiás. Pare de perseguir os policiais, coro­nel de Goiás. Seu tempo está acabando”, afirmou.

Esta semana, outros dois políticos comentaram o fato. O deputado estadual Major Araújo denunciou o uso Po­lícia Militar pelo atual gover­no para perseguir adversá­rios políticos, o que para ele é uma prática antidemocrá­tica inadmissível.

“Sou policial militar e já passei por este tipo de cons­trangimento. Esse ato do co­mando da Polícia Militar, tendo à frente o governador, é repulsivo e lamentável na atual conjuntura em que o País busca se guiar pelas prá­ticas democráticas”, lamentou.

Para o parlamentar, con­tudo, a prática não é nova. “Vem ocorrendo há muitos anos. Sempre que um poli­cial manifesta o desejo de ir para a política ele enfren­ta represália, especialmente se pretende disputar fora da base do governo. Já quise­ram tirar meu nome ‘Major’ e me tirar também da Asso­ciação dos Policiais Milita­res depois que passei para o lado da oposição”, relata.

Para o deputado estadual José Nelto (PMDB), Alison Maia é vítima de persegui­ção e autoritarismo “de um prefeito cassado, um fora da lei, que trata Caldas Novas como se fosse sua proprie­dade”. Ao comentar sobre os perfis falsos que trabalham dia e noite para manchar a imagem do radialista, José Nelto diz tratar-se de “jagun­ços usados pelo prefeito cas­sado para atacar pessoas de boa fé”, completou.

SOBRE O CASO

Esta semana o radialis­ta denunciou estar sofrendo perseguição política em Cal­das Novas, o que tem cau­sado revolta nos morado­res. Com carreira militar de 22 anos, sendo 15 deles em Caldas Novas, Alison Maia re­clama que desde que decidiu ingressar na política como candidato a prefeito pelo De­mocratas, partido do senador Ronaldo Caiado, tem enfren­tado dificuldades. No último dia 31 de janeiro foi publica­do no Diário Oficial da Polí­cia Militar o documento que pediu a sua transferência para Iporá, a 400 quilôme­tros de Caldas Novas.

Alison Maia entrou na política em 2015, quando se filiou ao Democratas com a intenção de se candidatar à Prefeitura de Caldas Novas, com o apoio do senador. Ele conta que sempre teve um histórico impecável na Po­lícia Militar, chegando a ser promovido a primeiro-sar­gento por ato de bravura.

Porém, nos últimos anos começou a enfrentar perse­guições. Várias sindicâncias foram abertas contra ele, uma delas pelo prefeito Evandro Magal, que o acusou sem pro­vas de ingressar na PM com diploma falso. “Houve uma sindicância e a Corregedoria da PM concluiu que a denún­cia era falsa”, lembrou. “Eles têm usado a instituição e o Estado para me atacar. Feliz­mente eu tenho a verdade ao meu lado”, reforçou.

Alison Maia disputou as eleições de 2016 con­tra Evandro Magal e obte­ve mais de 11 mil votos, fi­cando em segundo lugar na preferência dos eleito­res. Alison Maia agora se apresentou como pré-can­didato em uma eventual eleição extemporânea em Caldas Novas, sendo um dos candidatos mais bem colocados nas pesquisas. Para ele, esse foi o motivo dos ataques mais recentes.

“Foi algo totalmente sem critério, desrespeitando a minha família e a minha história de vida. Isso gerou uma revolta muito grande dentro da própria PM. Te­nho recebido apoio de todo o Estado. Uma coisa é eu ter uma conduta incorreta e so­frer uma punição. Outra é isso. Tenho histórico de ser­viços prestados e de defesa à sociedade de Caldas Novas e à instituição da PM”, dis­se o policial, que pretende entrar com ações na Justi­ça para reverter a decisão.

 


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