Vereadores querem saída de presidente da Câmara Municipal
Redação DM
Publicado em 1 de fevereiro de 2018 às 01:51 | Atualizado há 5 meses
O vereador Elias Vaz (PSB) vai tomar providências em relação aos aumentos contínuos de IPTU em Goiânia já na primeira sessão do ano da Câmara Municipal, nesta quinta-feira, a partir de 9 horas.
Além de defender a nulidade da sessão do Tribunal de Justiça que garantiu a cobrança do imposto acima do reajuste da inflação na capital, Elias e Jorge Kajuru (PRP) irão apresentar pedido de afastamento do presidente da Casa, Andrey Azeredo (PMDB), por omissão.
“Mais vereadores tinham interesse em assinar, mas os denunciantes não podem participar do sorteio da comissão formada por três membros que vai decidir sobre a destituição. Por isso, resolveram não assinar”, explica Elias.
A Câmara não enviou representante ao TJ para defender a lei aprovada pelos vereadores no ano passado. Só a prefeitura pôde argumentar e a decisão foi favorável ao Paço, mantendo o aumento. O artigo 14 do Regimento Interno da Câmara de Goiânia informa que são atribuições do presidente “agir judicialmente em nome da Câmara” e “zelar pelo prestígio da Câmara e pelos direitos, garantias e respeito devido aos seus membros”.
Já o artigo 11 estabelece que “os membros da Mesa são passíveis de destituição, desde que exorbitem das atribuições a eles conferidas por este Regimento ou delas se omitam, mediante Resolução aprovada por maioria absoluta dos membros da Câmara, em votação nominal, assegurando o direito de ampla defesa”.
Elias defende que a postura do presidente feriu o Regimento Interno da Câmara. “Ele não representou esse Poder de forma adequada e atropelou uma decisão da maioria qualificada dos vereadores, desrespeitando essa Casa ao agir como um despachante da prefeitura. Mais do que isso, a negligência do presidente atinge diretamente a sociedade, que pena com altos impostos, pagando a conta da má gestão da prefeitura. A função do presidente da Câmara é representar o Legislativo e não o Executivo. E não sou eu que estou dizendo, é o Regimento”.