Política

Silio Junqueira: “Entra e sai de Magal causa instabilidade política”

Redação DM

Publicado em 1 de fevereiro de 2018 às 01:48 | Atualizado há 8 anos

Vereador de Caldas Novas, Si­lio Junqueira (PRTB), reclamou para o Diário da Manhã que a si­tuação instável da prefeitura de Caldas Novas gera insegurança na população e desnorteamen­to da classe política. “Todo mun­do fica desorientado, a começar pela população. É uma instabili­dade muito grande”, comenta Si­lio sobre o entra e sai do prefeito Evandro Magal (PP). Condenados pelo Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) por abuso de poder por meio de veículo de co­municação, Magal e seu vice, Fer­nando de Oliveira Resende (PPS), foram afastados no início de no­vembro, reassumiram no fim do mesmo mês e foram novamen­te afastados na semana passada.

Desde semana passada, o presidente da Câmara Munici­pal, Marinho Câmara (SD), as­sumiu a prefeitura interinamen­te. Depois de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgar o recurso do prefeito cassado, o TRE pode convocar eleições extemporâ­neas. Nesse caso, Silio Junquei­ra é um dos pré-candidatos à prefeitura, como também o pre­feito interino Marinho Câmara e o militar Alison Maia (DEM).

PROBLEMAS

Enquanto a situação não se re­solve, Silio Junqueira conta so­bre diversos problemas de Cal­das Novas que continuam sem solução: inúmeros buracos nas rodovias, falta de placas na en­trada da cidade, trânsito conges­tionado no centro, poucos hospi­tais e poucas escolas. Além disso, outra preocupação é a aborda­gem agressiva dos captadores de vendas imobiliárias, o que tem desgastado turistas e moradores da cidade. Há reclamações de que esses captadores, pressiona­dos pelos hotéis que represen­ta, atravessam indevidamente as ruas e incomodam e até agri­dem verbalmente os abordados.

Para esse problema específico, o vereador defende a regulamen­tação dessa atividade, limitando a abordagem para dentro dos ho­téis. A segunda opção seria disci­plinar o comportamento desses captadores por meio de cursos e leis municipais. “O poder público tem que ser parceiro da rede ho­teleira, porque ela gera impostos, mas nunca ser submisso a ela–o que acontece muito. Grandes em­presários financiam campanhas de vereadores, prefeitos e depu­tados para eles serem submissos. Mas não é esse nosso projeto para candidato”, argumenta Silio.

O turismo é a principal fonte de recursos do município, seguido pela pecuária e agricultura. No entanto, o vereador vê a necessidade de ex­pandir a economia de Caldas No­vas, investindo por exemplo em in­dústrias. Ele também reclama que o município não dá assitência para a atividade agropecuária: “não há estradas de escoamento dos grãos”.

Silio Junqueira reconhece a ne­cessidade de atrair cursos de nível superior na cidade, já que a unida­de da Universidade do Estado de Goiás (UEG) no município con­ta com apenas dois cursos. Além disso, Silio Junqueira fala da gran­de demanda por vagas nos Centros Municipais de Educação Infantil (Cmei) e da pequena quantida­de de escolas de Ensino Médio– de responsabilidade do governo estadual, atualmente há somente cinco. A estrutura na área de saú­de também é precária: existem so­mente dois hospitais municipais e uma Unidade de Pronto Atendi­mento (UPA) do Governo de Goiás.

“Hoje quem assumir a Prefei­tura de Caldas Novas vai assumir uma empresa quebrada”, decla­rou o pré-candidato. Ele afirma que a falta de recursos munici­pais é uma evidência de corrup­ção, já que a prefeitura arrecada, em média, 20 milhões de reais por mês com turismo. Silio tam­bém contou que atualmente a Secretaria de Saúde de Caldas Novas tem uma dívida de cerca 10 milhões de reais com os forne­cedores de materiais hospitala­res, o Caldas Prev (instituto previ­denciário do município, análogo ao Ipasgo no estado de Goiás) e o Sindicato de Servidores Públicos de Caldas Novas (Sindicaldas)

 


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