Desigualdades x oportunidades
Redação DM
Publicado em 31 de janeiro de 2018 às 22:24 | Atualizado há 7 anosTodos merecem ter uma vida digna e feliz. Muitos trabalham duro, estudam com dificuldades e vencem. Outros preferem o comodismo, não trabalham, não estudam, e preferem se queixarem da vida. Ainda tem aqueles que perdem tempo alegando falta de sorte e colocando a culpa nos políticos.Tem também os que trabalham e não economizam, são descontrolados e incapazes de administrar o que ganham. Geralmente as oportunidades aparecem para todos, alguns aproveitam e outros nem tomam conhecimento. Logo, se você não dá o mínimo, jamais pode esperar qualquer coisa diferente do nada. Não há, salvo raras exceções, nenhuma política de governo que consiga dar o que o destinatário nem sequer foi buscar por capricho ou vontade própria.
A desigualdade tem preocupado muito a sociedade, porque é considerada uma forte ameaça à democracia. Mesmo com esse receio, o Brasil está entre os países mais desiguais do mundo. Enquanto isso, os 05 (cinco) homens mais ricos do Brasil detém mais de 50% (cinquenta por cento) da riqueza do País. É uma situação que depõe contra o moral e a estabilidade dos brasileiros. Caracteriza também uma nódoa que mancha a nossa história e dificulta o nosso crescimento. O governo tem tentado minorar esse problema com políticas assistencialistas e temporárias, tipo bolsa família e tantas outras. Esse tipo de ajuda, quase de forma permanente, de graça e sem contra partida, segundo o saudoso Rei do Baião, Luiz Gonzaga, é esmola.”E dá esmola à um homem que é são, ou lhe mata de vergonha, ou vicia o cidadão.” Essa frase está escrita numa das melhores canções do nosso Rei Luiz Gonzaga.
O combate as desigualdades se faz com oportunidades, trabalho e estudo. Foi assim que muitos países saíram do buraco para o progresso. Não sou contra as bolsas e nem contra as cotas adotadas pelo governo. Apenas acho que nada deveria ser de graça e nem por tempo indeterminado. Que se doe a sexta básica para quem tem fome, mas os beneficiários têm que pagarem com serviços no município onde moram, respeitada as qualificações profissionais de cada um. Não acho justo justo e nem humano, que qualquer brasileiro passe fome no território nacional. Contudo, não se deve alimentar a preguiça, estimular os pedintes e muito menos fomentar a cultura do comodismo. É preciso ter cuidado porque o abismo que ronda entre os ricos e os pobres promove a desigualdade e fortalece os grupos extremistas. O melhor combate que se pode fazer contra os grupos extremistas é eliminar a miséria, reduzir as desigualdades sociais e oportunizar trabalho para todos.
(Gercy Joaquim Camêlo, coronel da Reserva Remunerada da Polícia Militar de Goiás)