Entretenimento

Alegria das cidades

Redação DM

Publicado em 30 de janeiro de 2018 às 23:37 | Atualizado há 6 meses

 

Três artistas goianos partici­pam de exposição voluntá­ria Poética Contemporânea no Hospital Alberto Rassi (HGG), que fica na Avenida Anhangue­ra, Setor Oeste. As obras estão, a partir de hoje, às 19h, distribuídas pelas paredes do hospital, e têm como objetivo levar as cores, a alegria e a dinamicidade do mun­do contemporâneo. Brenda Lee, Carlos Catini e Pedro Galvão dis­ponibilizaram várias obras que transmitem a alegria de viver. Em busca de um espaço mais huma­nizado, as pinturas foram escolhi­das para que possam contribuir na inclusão cultural de pacien­tes do hospital (e seus familia­res), além de trazer inspiração em forma de terapia alternativa para aqueles que lutam contra enfer­midades. Cores vibrantes se fa­zem presentes na seleção.

De acordo com os organizado­res do evento, a seleção de obras visa transmitir positividade. “Um mundo de cores, que se mostram em cenas cotidianas numa pra­ça, de jovens nas ruas, em casais apaixonados sob a luz do luar, no corpo, no gesto e no olhar.” Os ar­tistas que compõem a mostra têm destaque no cenário atual da ci­dade, e carregam a responsabi­lidade da primeira exposição no HGG em 2018. “Três artistas com técnicas distintas, mas que, em comum, expressam alegria e ou­tros sentimentos bons em cor e movimento nas telas.” O lança­mento ao público da nova ex­posição do Projeto Arte no HGG acontece hoje, 31 de janeiro, após vernissage para imprensa e con­vidados na noite de ontem, dia 30, às 19 horas.

INTERNET

O pintor Carlos Catini, que é natural de Araguaína, no norte do Tocantins, desenvolve um tra­balho que sublinha a presença da internet na vida contemporânea, mostrando a grande mudança na forma de comunicar das pesso­as a partir da virada do milênio. O artista, que também ficou co­nhecido por seu trabalho com pe­dras, mostra através de suas pin­turas o poder da imagem, através das redes sociais. “Quis retratar a relação do homem com as redes sociais e a arte. Hoje todos fazem algum tipo de intervenção quan­do publicam uma foto e usam um filtro, mas eu quis utilizar a pin­tura”, explica Catini, que nos úl­timos anos inovou seu trabalho dando-lhe mais cor, com influên­cias que remetem à proposta do pop-art. “Espero que as obras le­vem alegria, tranquilidade e paz às pessoas que tiverem a chance de observá-las.”

MOVIMENTO DA CIDADE

O pintor Pedro Galvão, que também tem bastante experiên­cia na área da comunicação, tra­balha em suas telas um retra­to do que se observa nas ruas de grandes cidades. São represen­tações de cenas urbanas que en­volvem transeuntes e artistas de rua, malabaristas, músicos e mo­numentos e prédios históricos de Goiânia. Para a exposição Poética Contemporânea, o artista sepa­rou, além das cenas goianienses de seu catálogo, outra série, que reproduz cenas clássicas do cine­ma e da vida boêmia dos cantores de jazz. “Estou levando algumas obras que mostram um trabalho que faço com os artistas de rua, que retratam os problemas so­ciais da cidade e outra série de te­las que homenageia o jazz, os clás­sicos de cinema e celebridades marcantes”, conta o pintor.

De acordo com Pedro Galvão, para representar a alegria atra­vés de cantores, não há nada me­lhor do que as cores e a excentri­cidade de Carmem Miranda. “É uma personalidade que tenho um carinho especial pelo seu trabalho, pela sua alegria e tro­picalismo. Por isso acredito que as obras que estarão expostas transmitem muita alegria e po­sitividade e farão com que aque­le tem um pouco de sofrimento, possa se encantar com as cores”, comentou o artista sobre a esco­lha das obras.

ROMANTISMO

Outra artista que é especialis­ta em transmitir vida através das cores, a goianiense Brenda Lee es­colheu o romantismo como con­tribuição à exposição do HGG. “Em retratos de casais apaixo­nados ou corpos reluzentes em meio a praças ou na abundância do cerrado, mostrarão expressão e sentimento que transbordam no trabalho da artista”, descre­vem os organizadores do evento.

As escolhas de Brenda visam ainda criar familiaridade com o público, através de visões co­muns a quem vive em Goiânia. “Escolhi obras com a temática do cotidiano, pessoas na pra­ça, na Avenida Goiás que tives­sem em comum o sentimento da alegria ou demonstrassem o romantismo”, explica Brenda Lee, que considera que a iniciati­va proporciona que o público se utilize da arte como abstração à dor e aos problemas. “Esse proje­to é maravilhoso para que o ar­tista divulgue seu trabalho para um público novo. E sei que essas obras terão uma influência mui­to boa nas pessoas que estão ali, por ser uma distração enquan­to elas esperam uma consulta, vendo obras alegres e coloridas, e que acredito que transmitem muita coisa boa”, completa.

Obra de Pedro Galvão, que tem como cenário de fundo o Coreto da Praça Cívica

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