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Jacob Klintowitz vem a Goiânia para roda de conversa sobre frei Confaloni

Redação DM

Publicado em 23 de janeiro de 2018 às 00:22 | Atualizado há 6 meses

O dia 23 de janeiro, data em que frei Nazareno Confaloni, um dos ar­tistas mais importantes de Goi­ás, completaria 101 anos, será repleto de atividades em sua homenagem na exposição in­dividual “ABC Confaloni – Mo­dernidade Inaugural e Outras Obras”, aberta em dezembro, no Museu de Arte Contempo­rânea de Goiás (MAC), no Cen­tro Cultural Oscar Niemeyer. O evento culminará em uma roda de conversa com um dos críticos de arte mais atuantes do Brasil, Jacob Klintowitz, ci­ceroneado por Siron Franco.

As atividades começam às 10 horas da manhã com uma cele­bração realizada pelo Frei Lou­renço Papin, contemporâneo de Confaloni na congregação do­minicana, e que mora no inte­rior de São Paulo; seguida pelo lançamento dos livros Tempo Confaloni, do curador geral da exposição PX Silveira, e História da Salvação, segundo frei Con­faloni, do frei Lourenço Papin; e pela apresentação do Coral 40 vozes. A entrada é franca.

RODA DE CONVERSA

Conhecedor profundo da arte que se faz no Brasil e na Améri­ca Latina, o crítico Jacob Klin­towitz vem a Goiânia para visitar a exposição ABC Confaloni – Mo­dernidade Inaugural e Outras Obras. Ao lado de Siron Franco, ele acompanhará a celebração, o lançamento dos livros, a apre­sentação do coral e depois parti­cipará de roda de conversa sobre frei Confaloni e a arte brasileira.

Jacob Klintowitz é um dos principais críticos de arte do Bra­sil. Publicou mais de uma cente­na de livros com seus ensaios ar­tísticos. Foi curador da Bienal de São Paulo e um crítico mordaz de seu papel e de sua importân­cia internacional. Também de­senvolveu intensa atividade jor­nalística sobre as artes para os principais jornais do País.

APRESENTAÇÃO DO CORAL 40 VOZES

O frei Lourenço Papin, que mora em Santa Cruz do Rio Par­do, interior de São Paulo, vem a Goiânia especialmente para a celebração em homenagem aos 101 anos de Confaloni e para o lançamento de seu livro História da Salvação, segundo frei Con­faloni. Ele foi contemporâneo de frei Confaloni na congregação dominicana e conviveu com ele por mais de uma década.

LIVROS

O dia 23 janeiro traz ainda o lançamento de dois livros sobre frei Nazareno Confaloni. His­tória da Salvação, segundo frei Confaloni, de autoria de frei Lou­renço Papin, retrata com simpli­cidade e poesia os afrescos gi­gantescos realizados pelo artista, em 1969, na igreja da Fonte, em Araraquara, interior de São Pau­lo. A obra estudada foi feita du­rante o período de convivência dos dois religiosos.

Tempo Confaloni, do crítico de arte e biógrafo do artista, PX Sil­veira, é uma linha do tempo que registra os fatos mais importan­tes da vida do artista e apresenta, por meio de imagens, as transfor­mações pelas quais passou a ex­pressão artística de frei Confalo­ni, testemunhando a evolução de sua técnica, seu amadurecimen­to pictórico e as alterações temá­ticas em suas obras.

A EXPOSIÇÃO

Em comemoração ao cente­nário do artista, o Museu de Arte Contemporânea de Goiás (MAC Goiás) abriu em dezembro a maior mostra já realizada sobre Frei Nazareno Confaloni (1917-1977) – e a mais completa sobre um artista “goiano”. A exposição fica aberta ao público até o dia 25 de fevereiro. A entrada é franca.

“ABC Confaloni” traz cer­ca de 300 obras, entre pinturas, desenhos, gravuras, esculturas, afrescos e objetos pessoais per­tencentes a colecionadores lo­cais, nacionais e familiares do artista. O conjunto engloba di­versas técnicas, suportes e te­mas, entre eles retratos, pai­sagens, casarios, personagens populares e religiosidade. Há obras que nunca foram expostas, em especial as que vêm da Itá­lia. E há ainda a reconstituição, em tamanho real, de seu último ateliê, conforme deixado quan­do de seu falecimento, em junho de 1977, aos 60 anos de idade – 27 deles vividos em Goiás.

Os itens foram mapeados e reunidos pelo produtor cultu­ral, biógrafo e pesquisador PX Silveira, idealizador da mostra. Silveira pesquisa a obra do frei desde a década de 1980 e é autor de Conhecer Confaloni (premia­do pela PUC, em sua 3ª edição) e Tempo Confaloni (a ser lançado com a mostra). Também reali­za o projeto Raisonné Confalo­ni, iniciado em 2013. A curado­ria pensada por ele – e dividida em curadorias setoriais, para as quais convidou Dayalis Per­domo (história), Sáida Cunha (obras internacionais) e Neusa Baiocchi (documentos) – per­mite conhecer as diferentes fa­ses da vida e da obra do artista, mostrando-o por inteiro, sem recortes.

Já a expografia, assinada con­juntamente por PX Silveira, Gil­mar Camilo e Cleandro Jorge, conta com recursos cênicos e ele­trônicos para levar o observador a um percurso que se estende de 1935 a 1977, de forma a inspirá-lo e fazê-lo se aproximar do artista, transparecendo seu processo de criação e sua visão de mundo.

TRAJETÓRIA

Giuseppe Confaloni nasceu em Grotte di Castro, Itália, em 1917. Chegou a Goiás em 1950 como parte da missão evange­lizadora da Igreja Católica na América. Sua primeira tarefa foi pintar os afrescos da Igreja do Rosário, na antiga capital do Es­tado, a cidade de Goiás.

Já em Goiânia, pintou tam­bém os afrescos da Igreja de São Judas, no Setor Coimbra, da Es­tação Ferroviária de Goiás e da antiga sede da Companhia Energética de Goiás (Celg), pré­dio hoje ocupado pela Secreta­ria de Estado da Educação, Cul­tura e Esporte (Seduce).

Fundou a Escola Goiana de Belas Artes – primeira escola de arte, precursora do movimen­to modernista e fomentadora da arte em Goiás. Entre os artistas influenciados por Confaloni es­tão nomes referenciais das artes visuais no Estado, como Amaury Menezes, Siron Franco e Ana Maria Pacheco.

CRÉDITOS

“ABC Confaloni – Moderni­dade inaugural e outras obras” é uma realização da Comissão de Registro e Comemorações do Centenário de Nascimento de Giuseppe Confaloni, da Ponti­fícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), do Institu­to ArteCidadania, do Fundo de Arte e Cultura de Goiás, do Mu­seu de Arte Contemporânea de Goiás (MAC Goiás), do Cen­tro Cultural Oscar Niemeyer (CCON), da Secretaria de Estado da Educação, Cultura e Esporte (Seduce) e do Governo de Goiás.

Tem apoio cultural da Metro­bus, Infraero, Ordem dos Domi­nicanos, Época Galeria de Arte, Buena Vista Shopping e Projeto Raisonné Confaloni. O projeto foi premiado pelo Fundo de Arte e Cultura de Goiás e tem o patro­cínio da Saneago – 50 Anos.

VISITAÇÃO

“ABC Confaloni – Modernida­de inaugural e outras obras” está aberta ao público de terça a sexta­-feira, das 9 às 17 horas, e aos sába­dos, domingos e feriados, das 11 às 17 horas. O Museu de Arte Con­temporânea de Goiás (MAC) inte­gra o complexo do Centro Cultu­ral Oscar Niemeyer (CCON).

O Frei Giuseppe Confaloni

ATIVIDADES COMEMORATIVAS PELOS 101 ANOS DE FREI CONFALONI

Onde: Museu de Arte Contemporânea de Goiás (MAC), no Centro Cultural Oscar Niemeyer

Quando: 23 de janeiro de 2018, a partir das 10 horas

Entrada franca

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