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11 de janeiro na História

Redação DM

Publicado em 11 de janeiro de 2018 às 00:25 | Atualizado há 7 meses

ACONTECIMENTOS HISTÓRICOS:

532 – Revolta de Nika em Cons­tantinopla: uma disputa entre tor­cedores de corrida de bigas – os Azuis e os Verdes – no hipódromo, resulta em violência. – Revolta de Nika ou motim de Nika aconteceu no ano de 532 no Hipódromo de Constantinopla durando cerca de uma semana até que fosse conti­da pelo Imperador Justiniano I. Ela eclodiu porque houve uma dúvi­da sobre qual dos cavalos vencera a corrida, “Nika” era o cavalo pelo qual a população torcia, e que che­gara quase que empatado com ou­tro concorrente, o do time do Im­perador. Consultado para resolver o dilema, Justiniano declarou que o vencedor era o seu cavalo. A plebe, enfurecida, se rebelou e começou uma discussão entre as várias clas­ses sociais. A revolta, de fato, não se deu simplesmente por causa do re­sultado de uma corrida de cavalos, mas sim por uma série de moti­vos que já estavam acontecendo há muitos anos e incomodavam a população. A fome, a falta de mora­dia e, sobretudo, os altos impostos eram os maiores motivos de revol­ta da população. Em Constantino­pla, existiam organizações espor­tivas rivais, que defendiam suas cores no hipódromo, onde a riva­lidade esportiva refletia divergên­cias sociais, políticas, e religiosas. Eram os Verdes, os Azuis, os Bran­cos e os Vermelhos. Esses grupos haviam se transformado em “par­tidos políticos”. Os Azuis reuniam representantes dos grandes pro­prietários rurais e da ortodoxia da Igreja Romana. Já os Verdes, em matéria política, eram partidários da democracia pura ou anárqui­ca,e tinham, em suas fileiras altos funcionários nativos das provín­cias orientais, comerciantes, ar­tesãos e adeptos da doutrina mo­nofisista (que queria ver em Jesus Cristo apenas a natureza divina), condenada pelo Concílio de Cal­cedônia. Até então, os imperado­res tinham tentado enfraquecer um grupo, apoiando o outro. Justiniano recusou essa solução, o que provo­cou a união dos Verdes e Azuis, que se rebelaram. A rebelião se propa­gou rapidamente por toda a capi­tal e ganhou grandes proporções. A população queria uma diminui­ção dos altos impostos cobrados. Aos gritos de “Nika!” (quer dizer “Vi­tória”), os rebeldes massacraram a guarda real e dominaram quase toda a cidade, proclamando um novo imperador. Como descreve Auguste Bailly, a população atacou os edifícios que por sua majestade ou riqueza lhe pareciam simboli­zar a ordem social que queria aba­ter. Assim foi incendiada quase to­talmente a Igreja de Santa Sofia, e o Palácio Imperial sofreu grandes devastações. Diante da gravidade da situação, Justiniano ameaçou deixar o trono, mas foi aconselha­do por sua mulher Teodora. A altiva imperatriz disse: “Ainda mesmo que a fuga seja a única salvação, não fu­girei, pois aqueles que usam a coroa não devem sobreviver à sua perda. Se quiseres fugir, César, foge. Tens dinheiro, teus navios estão pron­tos e o mar aberto. Eu, porém, fico. Gosto desta velha máxima: a púr­pura é uma bela mortalha.” Dian­te disso, Justiniano decidiu reagir e encarregou o general Belisário de cercar o hipódromo e aniqui­lar os revoltosos. A revolta foi rapi­damente reprimida pelo general, que, ao lado de seu exército, de­golou cerca de trinta mil pessoas. Com a oposição controlada, Justi­niano pôde, a partir de então, rei­nar como um autocrata.

1787 – William Herschel desco­bre Titânia e Oberon, duas luas de Urano. – Ele foi um astrônomo e compositor alemão naturalizado inglês. Aos 19 anos mudou-se para a Inglaterra onde passou a ensinar música, antes de se tornar um orga­nista. Com o tempo passou a estu­dar astronomia e ficou famoso por sua descoberta do planeta Urano, assim como de duas de suas luas (Titania e Oberon). Também desco­briu duas luas de Saturno e a exis­tência da radiação infravermelha. É também conhecido pelas vinte e quatro sinfonias que compôs. Foi o primeiro presidente da Royal As­tronomical Society.

1879 – Começa a Guerra Anglo­-Zulu. – A Guerra Anglo-Zulu foi um conflito que aconteceu em 1879 en­tre o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda e os Zulus. Os nativo afri­canos da tribo Zulu habitavam a região do sul da África. A partir de 1838, essa tribo se insurgiu primei­ro contra os bôeres (holandeses), depois contra os portugueses e de­pois contra os ingleses, pelos quais foram derrotados em 1879. As pin­turas, típicas da época, mostram sol­dados ingleses atacados por Zulus.

1886 Tem início a primeira edi­ção oficial do campeonato mun­dial de xadrez. – O Campeonato Mundial de Xadrez de 1886 foi a primeira edição do Campeonato Mundial de Xadrez sendo disputa­da por Wilhelm Steinitz e Johannes Zukertort. A competição ocorreu no EUA, sendo as primeiras 5 par­tidas disputadas em Nova Iorque, as quatro seguintes em St. Louis e a última em Nova Orleans. O ven­cedor foi Wilhelm Steinitz que ven­ceu por um placar de 10 – 5, ven­cedo o seu 10º jogo em 20, tendo havido 5 empates.

1890 Ultimato britânico de 1890: os ingleses intimam Portugal a re­tirar suas tropas do território com­preendido entre Moçambique e An­gola incluídos no conhecido Mapa cor-de-rosa.

1908 Criação do Parque Nacio­nal do Grand Canyon.

1923 Ocupação do Ruhr: tro­pas francesas e belgas ocupam o Vale do Ruhr para forçar a Alema­nha a fazer os pagamentos de repa­ração da Primeira Guerra Mundial.

1935 Amelia Earhart é a pri­meira pessoa a fazer um voo solo do Havaí à Califórnia.

1946 Enver Hoxha, secretário­-geral do Partido Comunista da Albânia, declara a criação da Re­pública Popular da Albânia com ele próprio como chefe de Estado.

1972 Paquistão Oriental passa a se chamar Bangladesh.

1996 Lançamento do STS-72 do Centro Espacial John F. Kenne­dy marca o início da 74ª missão do ônibus espacial e o 10º voo do Endeavour.

2003 Entra em vigor o atual Có­digo Civil brasileiro.

2013 França intervém no nor­te do Mali contra conflito inicia­do em 2012.

2015 Marcha pela República em memória das vítimas dos ata­ques de janeiro de 2015 (que co­meçou com o ataque ao conselho editorial do Charlie Hebdo) reúne em Paris 47 líderes governamentais de todo o mundo e mais de 4 mi­lhões de pessoas na França.

 

 

NASCIMENTOS:

1503 Parmigianino, artista italia­no (m. 1540).

1638 Nicolaus Steno, cientista di­namarquês (m. 1686).

1856 Christian Sinding, composi­tor norueguês (m. 1941).

1859 Francisco d’Andrade, baríto­no português (m. 1921).

1864 Augusto Severo de Albuquer­que Maranhão, aviador brasileiro (m. 1902).

1890 Oswald de Andrade, escritor brasileiro(m. 1954). Erafilhoúnicode José Oswald Nogueira de Andrade e de Inês Henriqueta Inglês de Sousa de An­drade(irmãdoescritorInglêsdeSousa). Foi um dos promotores da Semana de ArteModernaqueocorreu1922emSão Paulo, tornando-seumdosgrandesno­mes do modernismo literário brasilei­ro. Ficou conhecido pelo seu tempera­mento “irreverenteecombativo”, sendo omaisinovadorentreestes. Colaborou narevistaContemporânea(1915-1926). De 1926 a 1929 foi casado com Tarsila do Amaral e de 1930 a 1935 foi marido de Pagu, com quem teve seu único fi­lho, Rudá de Andrade.

1902 MauriceDuruflé, compositor francês (m. 1986).

1905 Manfred B. Lee, escritor nor­te-americano (m. 1971).

1945 GeraldoAzevedo, compositor, cantor e violonista brasileiro.

1946 Stuart Angel Jones, revolu­cionário brasileiro (m. 1971). Foi um integrante da luta armada contra a di­tadura militar no Brasil e militante do grupo guerrilheiro revolucionário de extrema esquerda MR-8, preso, tor­turado, morto e dado como desapa­recido político brasileiro. Stuart era fi­lho do americano Norman Jones e de Zuleika Angel Jones, mais conhecida como Zuzu Angel, figurinista e estilis­ta conhecida internacionalmente. Bi­campeão carioca de remo pelo Clube de Regatas Flamengo na adolescên­cia, ele foi estudante de Economia da UniversidadeFederaldoRiodeJaneiro. Possuía dupla nacionalidade, brasileira e americana. Na virada das décadas de 60/70, passou a militar no MR-8, gru­po de ideologia socialista que fazia a luta armada contra o regime militar, onde usava os codinomes “Paulo” e “Henrique”. Preso, torturado e mor­to por membros do CISA (Centro de Informações de Segurança da Aero­náutica) em 14 de junho de 1971, aos 25 anos de idade. Preso próximo a seu “aparelho”, no bairro do Grajaú, perto da Avenida 28 de Setembro, na Zona Norte do Rio, Stuart foi levado pelos agentes do CISA à Base Aérea do Ga­leão para interrogatório. Dele, os mili­tares queriam a informação da locali­zação do ex-capitão Carlos Lamarca, chefe do MR-8 e então o grande pro­curado pelo regime. Negando-se a fa­lar, foi então barbaramente torturado e espancado. Depois, foi conduzido ao pátio da base, vindo a morrer em con­sequência dos maus tratos. Foi casado com a também militante e guerrilhei­ra Sônia Morais Jones, presa, torturada e morta dois anos depois e também dada como desaparecida.

  • 1958 Gil Jardim, músico brasileiro.

 

MORTES:

1494 — Domenico Ghirlan­daio, pintor italiano (n. 1449).

1771 — Jean-Baptiste Boyer d’Argens, escritor e filósofo fran­cês (n. 1703).

1801 — Domenico Cimarosa, compositor italiano (n. 1749).

1882 — Theodor Schwann, biólogo alemão (n. 1810).

1896 — João de Deus de No­gueira Ramos, pedagogo por­tuguês (n. 1830).

1945 — Ada Negri, poetisa italiana (n. 1870). – Ada Negri nasceu em Lodi em uma fa­mília de artesãos de Giuseppe Negri, e sua mulher Vittoria Cornalba. Tornou-se profes­sora de aldeia. Seu primeiro livro de poemas, Tempeste (1891), conta a tragédia dos pobres abandonados, através de palavras de uma veemente beleza. Seu segundo volume poético, Fatalità, confirmou sua reputação como poetisa, e levou a sua nomeação para a escola normal em Milão, mas seus versos, mais tarde, embora marcados pela since­ridade, fazem do sofrimento uma tendência à repetição e ao consequente maneirismo. Ada era uma visitante frequen­te de Laglio, no lago de Como, onde escreveu o seu único ro­mance Stella Mattutina(Estre­la da Manhã), publicado em 1921. Tornou-se a primeira mulher membro da Acade­mia da Itália em 1940.

1941 — Emanuel Lasker, en­xadrista e matemático alemão (n. 1868).

1950 — Karin Michaëlis, es­critora dinamarquesa (n. 1872).

1966 — Alberto Giacometti, artista plástico suíço (n. 1901).

1971 — José Pedro de Freitas, médium brasileiro (n. 1922).

1981 — Beulah Bondi, atriz estadunidense (n. 1888).

1996 — Ênio Silveira, soció­logo brasileiro (n. 1925).

2003 – Jorge Lafond, ator, transformista e comediante brasileiro (n. 1952). – Foi um ator, comediante, dançarino e drag queen brasileiro. Seu prin­cipal personagem foi Vera Verão.

2003 – Maurice Pialat, cineas­ta e ator francês (n. 1925)

 

 

 


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